Not Really There

Not Really There | Não Propriamente Lá apresenta uma abordagem da Fotografia que parte da missão pessoal de retratar o mundo a partir de um ponto de vista único e particular.

London Eye: Not there

London Eye: Not there

Inspirada na afirmação de Gerard Richter que diz que “o espelho mostra algo que realmente não está lá, pelo menos não onde estamos vendo”, esta série registra paisagens e ícones de diversos lugares do mundo sem propriamente fotografá-los, mostrando-os através apenas de seus reflexos.

London black cab: Not Really There

London black cab: Not Really There

São pontos de vista geralmente inexplorados que apresentam uma nova relação com o espaço e com a verdade na imagem fotográfica. Resultado de uma busca pessoal por uma maneira particular de mostrar o mundo, a série Not Really There | Não Propriamente Lá traz imagens feitas pelo fotógrafo e artista visual Jaime K. Scatena em diversas cidades do mundo, que registram ícones e paisagens destes lugares a partir de pontos de vista inusitados, sem fotografá-los diretamente.

London: Churchill Gardens and Battersea

London: Churchill Gardens and Battersea

Nesta busca pessoal por pontos de vista únicos e particulares, o fotógrafo quer, de certa maneira, usar a câmera fotográfica como um “instrumento que ensina as pessoas a verem sem a câmera”. Sendo a câmera fotográfica um dispositivo que se coloca entre os olhos do fotógrafo e o objeto retratado, aqui o fotógrafo insere algo mais no espaço entre a câmera e o assunto da imagem: uma superfície que intermedia o registro da imagem do que está sendo mostrado. A intenção aqui é chamar a atenção ao observador de que existem muitos mais modos de se observar o mundo, com ou sem intermediários entre este mundo e nossos olhos.

London: Battersea and Churchill Gardens

London: Battersea and Churchill Gardens

Os pontos de vista aqui mostrados são realmente únicos. Segundo Stephen Shore a fotografia é uma disciplina inerentemente analítica já que, diferente do pintor que parte de uma tela branca, o fotógrafo começa com a bagunça do mundo para selecionar uma imagem; simplifica esta confusão ao lhe dar estrutura, impondo esta ordem ao escolher seu ponto de vista, o enquadramento, o momento da foto e o plano de foco. Ao descrever o nível representativo da natureza da fotografia diz: “dê um passo e algo escondido vem à vista”. Fosse um passo dado pelo fotógrafo e as imagens aqui apresentadas teriam deixado de existir.

Para ver a galeria completa das fotos desta série, acesse o site: ©JKScatena Photography << Not Really There

Este texto também está publicado no site do Projeto Multigraphias: http://multigraphias.com/not-really-there/

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