Archive for ‘Dicas de Viagem’

21/04/2015

Visitando Las Vegas


Las Vegas Logo

  • O que acontece em Vegas fica em Vegas (“What happens in Vegas stays in Vegas”) é o lema da cidade e é até uma brincadeira divertida: todos devem fazer este juramento e não devem ficar espalhando por aí o que acontece na cidade. O site oficial da cidade tem até uma página específica sobre este juramento (em inglês)

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23/04/2013

Que tal participar do InsideOut em NY?


JR era apenas mais artista de rua que colocava seu nome em spray pelas ruas de Paris, até que ele decidiu começar a colocar a face de outros, seus rostos, impressos em tamanho grande, como lambe-lambe por uma causa maior.

Murs de l'Espace des Blancs Manteaux, Paris, 2006

Murs de l’Espace des Blancs Manteaux, Paris, 2006

Em 2006 ele criou o projeto “Portrait of a Generation” (Retrato de uma Geração), como uma reação aos distúrbios que atingiram a periferia de Paris no ano anterior. JR produziu retratos dos jovens que viviam nos suburbios da cidade. Estes retratos foram, então, aplicados ilegalmente nas paredes do “Espace des Blancs Manteaux“, no bairro parisiense do Marais (na zona central da cidade); a idéia era confrontar as pessoas com retratos de pessoas que só eram vistas ‘às margens’ da sociedade.

A idéia repercutiu e as fotos foram expostas na Maison Européenne de la Photographie em Paris, em Manhattan, NY, e até na Tate Modern de Londres.

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29/04/2012

Deu no NYTimes: 36 Hours no leste de Londres


Pronto, demorou mas até o New York Times agora descobriu o quanto “cool” é a parte leste de Londres, ou East London.

Na coluna de viagens deles desta semana – 36 horas em … – estão dando as dicas de galerias, clubes e restaurantes desta área da cidade que foi sempre preterida em relação aos bairros mais chiques do West End.

Eu saí algumas noites bem legais em Dalston, onde tem clubes muito bons, com um público bastante desencanado, divertido e interessante. Uma das dicas é o Dalston Superstore.

Fui no Columbia Rd Flower Market, um dos mercados mais interessantes da cidade. Também fiz comprinhas nos brechós perto de Brick Lane e fui em aberturas de exposições em galerias de Hackney. Até mesmo a minha primeira tatuagem eu fiz em um estúdio por lá…

É legal pensar que esta área, que foi muito atacada durante a Segunda Guerra e que foi sempre uma das mais pobres da cidade está se mostrando um destino tão rico em atrações.

Sunflower

Girassóis no Columbia Road Street Market

#FicaADica!

East London is by far the city’s trendiest area (just ask Ralph Fiennes and Keira Knightley, who both live here), crowded with shoppers during the day and clubbers at night. Wear comfortable walking (and dancing) shoes to discover its neighborhoods east of the Tower of London, namely, Shoreditch, Bethnal Green, Hackney Wick and Dalston.

via 36 Hours in East London – NYTimes.com.

28/11/2011

Free Ice Skating in The Scoop @ More London | Londonist


É inverno em Londres e a cidade começa a receber diversos rinques de patinação, nos lugares mais turísticos: desde a London Eye, a roda gigante, passando pela Sommerset House, o Museu de História Natural e até no fosso da Torre de Londres. Estes que eu listei são todos pagos, mas tem um que será gratuito por alguns dias agora em Dezembro, o do MoreLondon, o empreendimento na margem sul do Tâmisa, bem perto da Tower Bridge, onde fica a prefeitura da cidade.

MoreLondon na Primavera

MoreLondon na Primavera

No ano passado eu estive no rinque da Sommerset House e foi uma delícia!

Veja aqui (em inglês) uma lista completa dos rinques pagos.

Somerset House Ice Skating

Eu e o Brendan, na Somerset House no ano passado

Fica a dica!

For three days from 9 December, you can enjoy free festive fun as an ice rink opens in More London. It’s all down to the new Tesco on Tooley Street, who are offering free mince pies, mulled wine and hot chocolate in store for skaters. (Pick up your cup at the rink, and take it in store…)

via Free Ice Skating in The Scoop @ More London | Londonist.

18/11/2011

24 horas em fotos, numa exposição em Amsterdam


Quantas fotos você acha que são publicadas no Flickr em um dia? Dez mil? Um Milhão?

Se quiser saber a resposta é só ir na exposição “What’s next“, lá em Amsterdam, e contar as fotos que o artista Erik Kessels imprimiu e espalhou em uma das salas do Foam (The Future of Photography Museum Amsterdam – All about Photography).

Creative Review - 24 hours in photos

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 100, 1.000, 5.000, 5.003, 6.008... perdi a conta!

Como dá pra imaginar, são milhares de imagens, uma verdadeira avalanche de fotos.

“Somos expostos a uma sobrecarga de imagens hoje em dia. Este excesso se dá, em grande parte, como resultado de sites de compartilhamento de imagens como o Flickr, redes sociais como o Facebook e mecanismos de buscas baseados em imagens. Seu conteúdo mescla o que é público e o que é privado, com o que seria muito pessoal sendo abertamente e inconscientemente apresentado. Ao imprimir todas estas imagens publicadas num período de 24 horas, eu pude visualizar o sentimento de se afogar nas representações das experiências de outras pessoas” Erik Kessels

Creative Review - 24 hours in photos

Can there ever be too many images in the world?

O objetivo da exposição “What’s Next” (O que será o próximo, numa estranha tradução literal) é provocar uma conversa sobre o futuro da fotografia, no décimo aniversário do Foam. Ao ver a instalação do Kessel é difícil não se sentir nostálgico em relação ao passado da fotografia e pensar em como seria compartilhar todas estas fotos em negativos… um sinal de que precisamos pensar um pouco mais na edição e seleção daquilo que publicamos.

This installation by Erik Kessels is on show as part of an exhibition at Foam in Amsterdam that looks at the future of photography. It features print-outs of all the images uploaded to Flickr in a 24-hour period…

via Creative Review – 24 hours in photos.

What’s Next?

The Future of the Photography Museum
Guest curators: Lauren Cornell, Jefferson Hack, Erik Kessels, Alison Nordtröm
5 de Novembro a 7 de Dezembro de 2011
Keizersgracht 609
1017 DS Amsterdam
+31 20 5516500
17/09/2011

Retrospectiva de Willem de Kooning abre no MoMA de Nova York


Essa vai para os ratos de museu, como eu, que não deixo de frequentar nenhum daqueles mais importantes do mundo sempre que posso.

Estar em lugares como estes é sempre uma experiência única, mais ou menos aprazível, mas sempre diferente. Mesmo quando você volta a algum museu, hábito que também pratico com frequencia.

Woman I, after de Kooning, 2011

Woman I, after de Kooning, 2011

Enfim, tudo isso pra dar a dica que o Museum of Modern Art (MoMA) de Nova York vai abrir pra estes dias uma grande retrospectiva – são mais de 200 obras – do artista holandês Willem de Kooning.

O legal de retrospectivas é que você pode ser inundado pela obra de certo artista de uma maneira que a experiência se torna inesquecível.

Seven Eras of Willem de Kooning – Interactive Feature – NYTimes.com.

“The Cat's Meow” (1987), “Untitled VI” (1986) and “Conversation” (1987). W. De Kooning

“The Cat’s Meow” (1987), “Untitled VI” (1986) and “Conversation” (1987). W. De Kooning

20/01/2011

Viajantes escolhem os melhores hotéis do mundo, no Trip Advisor


O site de viagens Trip Advisor inglês (www.tripadvisor.co.uk) publicou hoje suas listas com os melhores hotéis do mundo, considerando apenas as avaliações dos viajantes cadastrados no site.

São diversas listas diferentes (Top 25 no Mundo, nos EUA, no Japão etc.; Melhores Bed & Breakfast do mundo; Hotéis de Luxo, e assim vai) e o Brasil aparece nas listas de melhores B&B da América Central e Sul, de hotéis “barganha” e na de hotéis de Romance.

Paraty, Brazil: Church

A bela cidade de Paraty/RJ

Vale a pena lembrar que tudo depende apenas das avaliações dos viajantes, o que pode ser considerado um pouco tendensioso, já que os votos não são exatamente auditados. Por outro lado, em temos de Web 2.0 colaborativa, estas listas também representam as experiências de viajantes comuns, como qualquer um de nós.

Aqui vão alguns dos destaques:

  • Brasil:
    • Vivenda Paraty, com 100% de avaliações 5 estrelas (74 avaliações), o quarto melhor B&B das Américas Central e do Sul
    • Cachoeira Inn, de Búzios, também com 100% de 5 estrelas (52 avaliações), em oitavo lugar nos B&B, Américas Central e do Sul.
    • Pousada Vila Pitanga, também de Búzios, com mais de 220 avaliações 5 estrelas, em quinto lugar na lista de “Bargain Hotels” das Américas Central e do Sul.
    • Boutique Hotel Varanda das Bromelias, em Gramado (32 avaliações), como quinto melhor Hotel de Romance das Américas Central e do Sul. Este eu já visitei há alguns anos e concordo com seu charme!
    • Hotel Casa do Amarelindo, em Salvador (335 avaliações), como nono na lista de melhor serviço.
  • Melhor hotel de Luxo do mundo: Golden Well (U Zlate Studne), em Praga na República Checa, com mais de 670 avaliações 5 estrelas (com diárias a partir de USD 220, em uma busca que fiz há pouco).
Prague: Stained Glass, Cathedral

Um dos vitrais da Catedral de S. Jorge, em Praga

Amsterdam: Canal

Detalhe de um dos canais de Amsterdam

28/11/2010

Marks and Stencils: Street Art Gallery


Uma loja temporária – pop up store – acabou de ser inaugurada no Soho londrino, com obras de diversos artistas ingleses, entre eles o já mundialmente famoso Banksy.

London: Marks & Stencils Shop, Banksy style

O velho stilo Banksy

São dois andares – térreo e subsolo – e mesmo que não tenha interesse (ou grana) pra comprar as obras, cujos preços chegam a mais de £400, vale a pena visitar, até porque no subsolo tem uma venda de cartões postais especiais.

London: Marks & Stencils Shop, Postcards

Postcards personalizados

London: Marks & Stencils Shop, Modern Alice

Alice Moderna

É um postal “inacabado”, “I have chalks” (Eu tenho giz, tradução literal), que você pode personalizar no próprio local e ainda concorrer a uma peça de arte se seu trabalho for escolhido como o melhor. Leve um selo, pois os postais já selados serão enviados, uma recordação especial e personalizada desta loja. Eu fiz os meus! Pra se ter uma idéia, 7 versões deste desenho foram finalizadas pelo artista Dran e estão sendo vendidas, em séries de 100 cópias, por £500, imposto excluído, já emoldurado.

London: Marks & Stencils Shop, Layered Kid

Street art: Kid & Dog em 4 partes

A loja é uma parceria com a loja POW (Pictures On Walls, 46-48 Commercial St, E1 6LT), um showroom de street art fundada em 2001.

Cabe aqui uma reflexão, já que Bansky começou seu trabalho como um “anti-capitalista” assumido, e agora vende suas peças em lojas – nesta aqui do Soho tem uma peça, de 60 x 60 cm, em série de 5 cópias, por £450 cada.

Novas peças serão adicionadas todos os dias, até o final de dezembro, quando a loja fecha.

London: Marks & Stencils Shop, Made in Brazil

Crítica social, Made in Brazil

Serviço:

– Marks and Stencils pop up street art shop

– Até 22/dezembro, aberto das 11AM – 7PM (seg-sáb) e meio-dia – 5PM (dom)

– Endereço: 1 Berwick Street, W1F 0DR

– Estações mais próximas: Piccadilly Circus, Leicester Sq ou Oxford Circus

– Informações no site da POW (www.picturesonwalls.com).

London: Marks & Stencils Shop, Queuing

Marks & Stencils, no Soho

22/11/2010

Hyde Park Winter Wonderland


Uma deliciosa feira de natal, com um parque de diversões no meio do Hyde Park londrino.

London: Hyde Park Winter Wonderland

Roda Gigante

O Winter Woderland voltou neste ano prometendo ser ainda mais interessante que a edição de 2009. O melhor de tudo é que a entrada é gratuíta!

London: Hyde Park Winter Wonderland

Elevador

Logo na entrada você encontrará o mercado de natal – Angel’s Christmas Market, com mais de 100 chalés de madeira vendendo artesanato, enfeites de natal, vidros, jóias, cachecóis e gorros (está fazendo bastante frio aqui e a previsão é de vermos os primeiros flocos de neve nas próximas semanas).

Também tem várias barracas de comida, a maioria com delícias alemãs, mas também de outros países, como Hungria (comi um Goulash delicioso!).

Atrações tradicionais dos velhos parques de diversões também estão presentes, como tobogãs, casa de espelhos, montanha russa, carrossel, uma bela roda gigante e um elevador daqueles que despencam que oferece uma lindíssima vista de Londres. Para estas atrações é necessário comprar os tickets nas bilheterias, a maioria deles custando entre £2 e £8.

Você ainda pode encontrar aqui um circo, um rinque de patinação e um bar “super cool”, montado num enorme cubo inflável, com sushi, ostras e champagne. Para patinar ou assistir ao show do circo, compre os ingressos diretamente nestas atrações.

Serviço:

– Winter Wonderland, no Hyde Park

– De 20 de novembro a 4 de janeiro, das 10hoo às 22h00 (fechado no dia 25/12)

– Estação mais próxima: Hyde Park Corner, da linha Piccadilly

– Entrada: gratuíta. Atrações: de £2 a £8; patinação no gelo: £10 para adultos e £8, antes das 18h30 até 17/12.

– Mais informações em: www.hydeparkwinterwonderland.com

London: Hyde Park Winter Wonderland

Vista do elevador

27/10/2010

Dois museus em Amsterdam


Uma visita rápida a museus de Amsterdam (originalmente publicado em 2009, com comentários atualizados)

Minha estada em Amsterdã – decidi voltar a esta cidade que adorei por causa do show do U2 –  foi muito rápida, mas tive tempo de conhecer dois museus que não tinha visitado: a casa de Rembrandt (meu pintor favorito) e o novíssimo Hermitage, filial holandesa do famoso museu russo. Alem de breves passeios pelos encantadores canais desta incrível cidade.

Atualmente Em agosto de 2009 o Museu da Casa de Rembrandt (Rembrandthuis) está estava exibindo o trabalho de Jan Lievens, um amigo de Rembrandt de sua fase inicial em Leiden, cidade onde ambos nasceram e iniciaram suas carreiras. Se separaram quando Lievens mudou-se para Londres e Rembrandt para Amsterdã, mas continuaram amigos por toda a vida.

Amsterdam: Rembrandthuis

Fachada do Rembrandthuis - o predio da direita Žé a casa original

O que mais me interessava é a propria casa de Rembrandt, decorada exatamente como na época em que ele viveu la (1639-58), antes de “falir” financeiramente. Os móveis são originais, de seu inventário de falência, e cada ambiente foi recriado permitindo que se conheça um pouco mais do ambiente em que ele viveu e trabalhou.

O custo da entrada inclui o áudio-guia que explica todos os ambientes e tambem o contexto das obras expostas, além do trabalho de Jan Lievens. Os principais trabalhos de Rembrandt aqui expostos são os desenhos com a técnica de agua-forte (etching), com poucas pinturas, estas no Rijiksmuseum – atualmente parcialmente fechado para reforma (que durará até 2019).

Amsterdam: Rijiksmuseum Facade

Amsterdam: Rijiksmuseum Facade

O Rijiksmuseum está apenas com a exibição de suas principais obras-primas (Masterpieces), entre elas o imenso (4 m x 3 m, uma parede inteira!) “Ronda Noturna” (Night Watch) de Rembrandt, que por si só já valeu a minha visita do ano passado. Clique aqui para ver uma imagem deste belo quadro.

O novissimo Hermitage, fruto de uma parceria cultural da Rússia com a Holanda, foi a maneira encontrada pelo museu russo de conseguir exibir itens de seu acervo que não são geralmente expostos por falta de espaço na já gigantesca sede de São Petesburgo. O edifício holandês, as margens de um canal, é claro, conta com um lindo jardim interno que pode ser visitado sem necessidade de ingresso, bem como um deck/pier no canal.

Amsterdam: Hermitage Museum

Jardins do Hermitage

A exposição atual de inauguração do museu é era sobre a cultura russa na época dos czares – “Na Corte Russa“, contada por meio de roupas e objetos. E um enorme fashion show! Uma das alas recria uma recepção “real”, com os trajes de gala dos personagens do mais alto escalao da sociedade, além do lindíssimo trono real – com cabeças de águia no lugar dos braços e patas de leão nos pés, inteiro dourado.

A outra ala recria um salão de baile, que ganha vida a cada meia hora, com os manequins “girando” sobre plataformas, música e filmes projetados nas paredes.

Outras exposições complementares mostram objetos da vida cotidiana no palácio: a caça, brinquedos, jogos, teatro, fumo, banquetes, vida íntima, joias e condecorações. Este museu, definitivamente, vale o ingresso.

 

Amsterdam: Tram @ Reguliersbreestraat

Tram @ Reguliersbreestraat

E circular pela cidade em seus agradáveis trams (bondes) – na minha opiniao a melhor maneira de se locomover – ficou mais fácil agora que os anúncios das paradas ganharam também uma versão em inglês após o difícil anúncio em holandês.

Amsterdam: Canal

Passeando pelos canais da cidade

Ainda não tive a oportunidade de passear de bicicleta pela cidade – esta sim a maneira mais típica e tradicional – mas vai ficar para a próxima visita. Aliás, é mais um motivo para voltar a Amsterdã!

Amsterdam: Bike Panning

Andar de bicicleta fica pra próxima!

Originalmente publicado no Blog Panrotas em Viagem, em 02/08/2009:

Veja mais fotos de Amsterdam, no photo.jkscatena.com, clicando no mosaico abaixo:
Amsterdam Collage

Amsterdam @ photo.jkscatena.com

26/10/2010

U2 em Amsterdam: eu fui!


Fui no show do U2 em Amsterdam! (originalmente publicado em 2009)

Hoje em dia fica mais facil, porque dá pra fazer tudo pela internet.

Eu bem que queria voltar para Amsterdã, já que na minha última viagem para lá, há cerca de um ano, acabei só passando duas noites na cidade, que mal tive tempo de conhecer.

Mas antes precisava conhecer Paris (dizem que ir a Europa e não ir a Paris, é como não ir a Europa), Roma, ou mesmo Viena, Budapeste (tá, tem uma lista enorme e vocês já devem ter entendido) antes de voltar, por mais que eu tenha gostado.

Só que, uma semana antes de viajar, caiu a ficha: a turnê europeia do U2 (show U2 360º) tinha acabado de começar, em Barcelona. “Será que consigo assistir a algum dos shows?”

Entrei no u2.com – show dates – Amsterdã 20 e 21 de julho, exatamente na semana quando eu não tinha programação nenhuma! Comprei pelo site – lugar marcado, arquibancada lateral, já que a pista estava esgotada -, paguei no cartão de crédito, reservei noites no mesmo hotel em que fiquei no ano passado (Hotel Plantage, que não é muito caro, mesmo sendo na área mais central de Amsterdã, perto do zoo – info@hotelplantage.nl), comprei as passagens e comecei a atiçar minhas expectativas.

Quem gosta do U2 deve reconhecer que este último CD – No Line on the Horizon – é um dos melhores e tem músicas muito fortes e marcantes, como Breathe, Moment of Surrender e Magnificent. Procurei na internet o set list do show de Barcelona, programei no meu iPod e comecei a me preparar.

Ao chegar em Amsterdã, na tarde de segunda-feira, 20, fui ao posto de informações turisticas, na estação central, para comprar o passe do transporte público e pedi orientações de como chegar na Arena. “Você também vai??”, foi a pergunta-resposta da atendente… pelo jeito muita gente viajou para cá para esta balada! Tive tempo para dar uma voltinha pelos canais da cidade, antes de voltar ao hotel para ir para a Ajax Arena, no sul de Amsterdã.

O acesso à arena é fácil, direto pelo metrô – estava muito cheio, mesmo!, com pessoas esperando por mais de um trem para poder embarcar – e a entrada, superorganizada, também foi simples. Poltronas de couro, estádio todo coberto, tudo muito civilizado. Pra falar a verdade, até demais – perde um pouco em animação, comparando com shows no Brasil, mas ok, eu estava nas cadeiras e não na pista, onde certamente a animação era maior. Mas estamos anos aquém em organização e infraestrutura de transportes e disso eu não senti saudade nenhuma!!

Um ponto que achei interessante, é que a confiança no cidadão, que se manifesta em diversas maneiras, é tanta que não passei por nenhum tipo de revista. Apenas uma olhada do segurança, sem equipamento nenhum, nem aquele detector de metais de aeroportos, e pronto.

O show é excelente, mais focado nas músicas do último CD, mas com os principais sucessos também presentes: Pride (in the name of love), Where the streets have no name, Sunday Bloody Sunday, Vertigo, Beautiful Day, City of Bliding Lights e One – essa última com uma pegada politizada, como sempre tem sido. Além de uma manifestação em suporte à situação do Irã, quando o palco todo ficou verde.

U2 @ Amsterdam: Breathe

Começa o show: Breathe

U2 @ Amsterdam: Stage

O palco, uma estrutura gigantesca, com um belo telã‹o

U2 @ Amsterdam: The Edge

The Edge vai pra galera!

U2 @ Amsterdam: Screen

O telão abre e desce, em um efeito fantástico

U2 @ Amsterdam: City of Bliding Lights

City of Blinding Lights

U2 @ Amsterdam: Faces

O telão, fechado novamente, desce e parece ainda maior

Tenho que admitir que esta brincadeira toda não saiu muito barata, mas é DEMAIS, e valeu cada centavo (de euros).

U2 @ Amsterdam: JKScatena

U2 de Arquibancada

U2 @ Amsterdam: Green for Iran

Going green for Iran

Originalmente publicado no Blog Panrotas em Viagem, em 22/07/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/07/22/u2-em-amsterda-eu-fui/

 

Veja mais fotos deste show, no photo.jkscatena.com, clicando no mosaico abaixo:

U2: Amsterdam 2009 - Collage

U2: Amsterdam 2009 - Collage

26/10/2010

Anish Kapoor vira Londres de cabeça pra baixo


 

Anish Kapoor @ Kensington Gardens: Sky Mirror, Red

Anish Kapoor @ Kensington Gardens: Sky Mirror, Red

Anish Kapoor, o artista indiano (nascido em Bombay, em 1954), mas que vive em Londres desde os anos 70 está de volta à cidade com suas impressionantes obras geométricas e altamente reflexivas.

 

Anish Kapoor @ Kensington Gardens: Sky Mirror

Anish Kapoor @ Kensington Gardens: Sky Mirror

Depois de uma temporada na Royal Academy of Arts em 2009, a maior exibição solo de suas obras aqui em Londres, uma nova leva de obras será exposta até 13 de março de 2011 no Kensington Gardens, um dos oito parques reais (Royal Parks) da cidade.

Anish Kapoor @ Kensington Gardens: C-Curve

Anish Kapoor @ Kensington Gardens: C-Curve

A exposição “Turning the World Upside Down” (Virando o mundo de cabeça para baixo), organizada pelo Royal Parks e a Serpentine Gallery apresenta 4 obras – Sky Mirror (2006), C-Curve (2007), Sky Mirror, Red (2007) e Non-Object (Spire), também de 2007 – espalhadas pelo parque, “refletindo as diferentes cores, elementos e humores da mudança das estações”, como descrito no folheto da exposição. “Apesar da monumentalidade, as obras parecem existir pelo reflexo do seu entorno: o céu, árvores, água, os cisnes que passam ou as pessoas. Os reflexos nas superfícies espelhadas das obras fazem os visitantes se questionarem sobre a relação com as obras e com o ambiente que as circunda”.

A exposição é gratuita e o parque fica aberto todos os dias das 6h00 até o final da tarde. As estações de metrô mais próximas são Lancaster Gate, Queensway e South Kensington. Mais informações no site (em inglês): kapoorinkensington.org.uk.

Para ver mais fotos de obras do Anish Kapoor, no photo.jkscatena.com, incluindo algumas da exposição na Royal Academy of Arts do ano passado clique no mosaico abaixo.

London: Anish Kapoor @ Kensington Garden, Collage

Anish Kapoor no photo.jkscatena.com

07/10/2010

Passeios legais em Londres


Mais dicas de Londres (originalmente publicado em 2009, com comentários atualizados)

  • National Gallery: é um paraíso para quem admira pintura. Rembrandt (para suas pinturas, minhas favoritas, vá direto à sala 24), Van Gogh, Ticiano, Vermeer, enfim, todos os mestres e com entrada gratuita. Então você pode entrar, ver uma parte, talvez seus prediletos e sair. Voltar outro dia, das mais uma olhada e sair. Entrar novamente, pois teve uma dúvida ou ficou curioso sobre alguma coisa… e sair. Sem pagar nada. Importante: doações são encorajadas, até para manter a visitação do acervo de graça. E além do acervo, aqui algumas das exposições temporárias também não têm custo e vale a pena dar uma espiada no cinema que há na ala Sainsbury (prédio anexo), pois são apresentados filmes sobre os pintores – como um sobre o Caravaggio que assisti nesta semana. Além fato dela estar na Trafalgar Square… ficar observando o movimento, sentado nas escadas ou junto à Nelson’s Column já é um passeio!
London: National Gallery at Trafalgar Sq

National Gallery, que fica na Trafalgar Square, vista da base da Nelson's Column

  • Greenwich Park: um lindíssimo passeio! Se você tiver tempo e disposição, pegue a Jubilee Line até o Canary Wharf – um empreendimento moderno, com arranha céus, praças e fontes, na área das docas do sudeste da cidade – e vá caminhando, ao longo do Tâmisa, para os Island Gardens.
    London: Pedestrian Tunnel below the Thames River

    Eu, no túnel sob o rio

    Atravesse o rio andando (?!?) por um túnel para pedestres construído em 1902 para chegar a Greenwich, um lugar que é um descanso da loucura e agitação de Londres! No Old Royal Naval College, projetado pelo Sir Cristopher Wren, o mesmo da Catedral de Saint Paul, visite o Painted Hall (com suas “colunas falsas”, teto e paredes completamente decorados com pinturas) e a Capela, antes de rumar para o topo da colina onde está o famoso Royal Observatory – o marco zero de latitude da terra, o meridiano 0º. Dica importante: a última entrada no observatório é as 16h30 e a estação da Jubilee Line de “North Greenwich” atende à O2 Arena (antigo Millenium Dome), e é longe deste parque.

    London: Greenwich, Royal Naval College

    Parada para aproveitar o sol, no Old Royal Naval College

    Para o Greenwich Park, use o DLR, que tem a estação Island Gardens bem perto do túnel sob o rio – uma alternativa se não quiser/puder vir caminhando de Canary Wharf. Na volta, depois de visitar o observatório, aproveitar a incrível vista panorâmica da cidade, tirar fotos no marco do Meridiano 0 e fazer compras na lojinha de souvenires, desça a colina e passe pelo centrinho comercial de Greenwich antes de embarcar na estação Cutty Sark (o whisky? sim e não, um antigo navio que fica ancorado aqui, aberto a visitação, mas ainda fechado para reforma – veja a situação atual aqui) do DLR, em direção a Central London.

London: Canary Wharf

London: Canary Wharf

London: Painted Hall, Old Royal Naval College

Painted Hall do Old Royal Naval College

  • Barbican: um empreendimento imobiliário inspirado nos conceitos do arquiteto Le Corbusier, é outro lugar que merece ser visitado.
    London: Barbican fountain

    London: Barbican

    Um conjunto de torres residenciais, comerciais, centro de artes, escola (para meninas), lagos e praças, junto às antigas muralhas da City of London. Passear por suas passarelas (high walks), aproveitar o sol (quando tem!) nas praças e junto aos lagos é um passeio super agradável. O Museu de Londres, que conta a história da cidade, desde a pré-história, passando pela ocupação romana e a Londres medieval – além de uma exposição sobre o Grande Incêndio que destruiu a city em 1666, também gratuito, está bem perto deste complexo. O Barbican tem uma estação de metro própria, mas está muito perto da St. Paul, que também atende à catedral de mesmo nome.

    London: Barbican Estate

    Barbican

  • Tate Modern: para aproveitar melhor o passeio neste enorme museu de arte moderna, gratuito, exceto pelas exposições especiais, vale se programar para acompanhar uma das visitas guiadas (gratuitas também). Atualmente tem uma ao meio-dia e outras duas às 14h e 15h, cada um em uma ala específica da galeria.
    London: Tate Modern's terrace

    Terraço panoramico da Tate Modern e o painel com marcos arquitetô™nicos

    Aliás, para aproveitar mais mesmo, pegue o tube até St. Paul e venha descendo a rua até chegar na Millenium Bridge, que atravessando, dá direto na Tate Modern. No quinto andar, passe pela loja e o café e acesse o terraço panorâmico, que, além da vista, tem um painel que explica os destaques arquitetônicos visíveis daqui. Chega a ser uma brincadeira interessante tentar identificar cada prédio, fazendo a conexão com seu destaque no painel. Não perca a loja de arte do térreo! Além de pôsteres, cartões postais e livros de arte, pode-se encontrar uma enorme variedade de presentes e souvenires, todos ligados ao tipo de arte exposto por aqui.

  • Pub: essa é uma dica rápida. Ficamos (eu, meu irmão e uns amigos) querendo achar um “traditional british pub”, para tomar um pint (a medida de volume específica para a cerveja inglesa, de 473 ml) longe de turistas. Do nada, ao lado da Houses of Parliament, onde tem o Big Ben – aliás o Ben é só o sino, não o relógio nem a torre – achamos a St. Stephen Tavern – 10 Bridge Street (que só descobrimos o motivo do nome, mais tarde, em casa, olhando um mapa que compramos durante a tarde). Só a vista do relógio, pela janela, e o ambiente cheio de ingleses em seu happy hour já vale a visita. Tome aqui um pint rápido para recarregar as energias!
London: St Stephen's Tavern & Big Ben

St. Stephen Tavern

  • Stanfords (explore – discover – inspire): quer um guia de viagens, um mapa, ou qualquer outra coisa relacionada? Aqui você encontra. Esta loja, bem perto do Covent Garden Market (12 – 14 Long Acrewww.stanfords.co.uk) é repleta de guias de viagens, mapas e tudo mais a ver com o tema – globos, balões com o mapa mundi, mapas de parede, cortinas de banheiro estampadas com mapas, acessórios (canivetes, lanternas, roupas) e tudo o que você possa imaginar.
    Stanfords - The World's largest map and travel bookshop

    Stanfords: a loja de viagem mais legal da cidade

    São três andares repletos! Tem uma parede enorme só de guias de Londres, dos mais diversos, além do enorme mapa no chão, que faz a alegria das crianças (tá, eu também fiquei curtindo e procurando lugares). Adorei quando ouvi uma criança dizendo ao pai “Não temos nada como isso aqui lá em Iowa” – e em nenhum outro lugar que eu já tenha visitado.

Vou deixar para completar outros passeios especiais mais tarde, porque agora quero sair para aproveitar um pouco mais desta linda, apaixonante e fantástica cidade. Quando estive aqui pela primeira vez no ano passado eu já tinha me apaixonado. Voltar, explorar novos lugares e re-visitar outros “is quite lovely indeed”.

Originalmente publicado no Blog Panrotas em Viagem, em 17/07/2009: http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/07/17/passeios-legais-em-londres/

03/10/2010

Londres: como ser econômico em pounds?


Adote o “Quem converte não se diverte”, tenha em mente seu orçamento e aproveite tudo de bom que Londres oferece DE GRAÇA. Mas, pra facilitar as coisas, consulte a cotação de Libras/Pounds (£) x Reais (R$) no site do BC.

Sim, o diferencial é a cidade em si, com seus inúmeros parques e museus, todos de graça! Você pode entrar e sair, quantas vezes quiser, durante todos os dias do ano em que estiverem abertos, da maior parte dos museus britânicos – National Gallery, Victoria and Albert, British Museum, Natural History, Imperial War, Science Museum, Tate Britain, Tate Modern

Tate Modern Terrace View

Terraço panoramico da Tate Modern e o painel com marcos arquitetô™nicos

Sempre há uma exposição especial, esta sim com entrada paga (8 a 10 libras), mas os acervos permanentes estão todos abertos. É incrível! Eles solicitam uma doação voluntária, então decida o quanto quer gastar e procure as caixas de pagamento – muitas com um toque lúdico – e vale depositar desde 1 pennie a algumas libras, ou dólares, ou euros, o quanto quiser, ou até nada, se decidir.

Compre um cartão de transporte – Oyster Card – e já carregue com o total que você prevê gastar em transporte na cidade – £25 para 3 dias é uma boa referência. Porque tem a curtição de viajar de ‘Tube’ (como o metrô é conhecido na cidade) em Londres, que é, mesmo sendo caro em reais, o jeito mais barato de se locomover – o Oyster é aceito em toda a rede do tube, ônibus, Docklands Light Rail (DLR) e trens urbanos, debitando automaticamente suas viagens, resolvendo toda aquela cobrança complicada de zonas. E tem uma tarifa máxima diária que, quando atingida, passa a liberar sua viagem sem custo. É possível comprar seu Oyster, online, pelo site VisitBritain e recebê-lo em casa antes de viajar, ou mesmo comprar diretamente nas estações do Tube.

E se sua estada for maior que 4 dias, vale mais a pena usar o Oyster com a carga por dias. Para sete dias, por exemplo, sai por pouco mais de £25, e você usa o sistema inteirinho, só tocando o Oyster na entrada e saída das estações, ou quando embarcar no ônibus e trens. Há um centro de atendimento do Transport for London no aeroporto de Heathrow e diversos outros nas estações do tube por toda a cidade. Pagamento em dinheiro ou cartão de crédito.

Arrange um bom guia – é essencial para você conseguir dar uma direcionada no passeio. E um mapa! Aliás esta é a sugestão básica para qualquer viagem: ao chegar em uma nova cidade, arranje um mapa local. E, é claro, um mapa do extenso sistema de metrô da cidade – este você pega direto nas estações (e o site da TfL é ótimo pra planejar viagens!). Se acostume a fazer conexões para chegar a seu destino e preste bastante atenção aos avisos espalhados nas estações: o sistema está em ampliaçao e melhoria constante, com diversas obras que podem suspender a operação de algumas linhas por uns dias, principalmente nos finais de semana, ou mesmo atrapalhar e/ou impedir conexões em determinadas estações.

London: Stanfords Bookstore, Map

Trafalgar Square, no mapa da Stanfords

Aproveite os parques reais e praças da cidade, o South Bank, Picadilly, Trafalgar, Hyde Park, St. James Park, próximo ao Palácio de Buckingham – a troca da Guarda é passeio obrigatório, mas é um tanto longa e a melhor parte está perto do final: a banda toca, entre outras, algumas músicas pop mais conhecidas. Eu ouvi o tema de 007, quando assisti à troca em 2008, na minha primeira visita à cidade.

Para aproveitar as vistas mais legais do Rio Tâmisa, o ideal é passear pelo South Bank, onde está a London Eye (£17 pounds – adultos ou £27, usando o ticket “fast track”, sem filas, ambos com desconto se comprados via internet – www.londoneye.com), o The Globe e a Tate Modern, fora a melhor vista panorâmica do Big Ben e Houses of Parliament. Para melhores fotos, vá pela manhã.

Tem mais dicas vindo por aí, aguardem os próximos posts!

London, Eye

London, Eye

Jaime Scatena
Fotógrafo e engenheiro
Especial para o Blog PANROTAS Em Viagem

Originalmente publicado no Blog Panrotas em Viagem, em 17/07/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/07/17/ja-em-londres-mas-como-ser-economico-em-pounds/

Revisado (texto e novas fotos) em Out/2010.

22/09/2010

Bath: os romanos na Inglaterra


No mesmo dia em que estive em Salisbury para conhecer Stonehenge fui para Bath para visitar esta pequena, mas muito bela cidade inglesa. Na verdade não foi a melhor das idéias, já que Bath merece mais tempo para ser devidamente apreciada: não tive muito tempo para conhecer a cidade, tive que acelerar a visita aos banhos romanos e nem tive chance de aproveitar os spas que existem aqui.

Bath: Avon River & Pulteney Bridge

Bath: Rio Avon & Ponte Pulteney

Pelo menos pude dar uma volta pela cidade, conhecer o “Royal Crescent” e o “The Circus“, que são ruas/praças de enorme apelo arquitetônico, projetadas no estilo Neo-Clássico pelos arquitetos, pai e filho, John Wood no séc. XVIII.

Bath: Royal Crescent

Bath: Royal Crescent

Mas a principal atração, e até a razão da fundação da cidade é a existência de uma fonte termal aqui, que atraiu os celtas e depois os romanos, que construíram enormes banhos que acabaram originando a cidade de Aquae Sulis, a predecessora de Bath.

Romans Baths: Pool

A grande piscina dos Banhos Romanos

Bath Abbey

Bath: Abadia

A visita aos Banhos Romanos, localizados bem à frente da abadia da cidade, é um verdadeiro mergulho no passado. A qualidade da exposição toda, o audio guia e o ambiente fazem com que você se sinta como que transportado ao tempo dos romanos.

A entrada custa cerca de £12 (varia de acordo com os meses do ano, mais caro em jul/ago) e inclui o audio guia, em oito línguas (mas não em português). São recomendadas 2h para visitar todo o complexo com calma, tempo que eu realmente não tive. Ainda assim curti muito e recomendo a visita.

Romans Baths: Model

Maquete dos Banhos Romanos

Um amigo meu brasileiro que mora aqui em Londres já me convidou pra voltar a Bath, mas, segundo ele, o ideal é chegar muito cedo e passar todo o dia, inclusive aproveitando os novos e modernos spas que se aproveitam desta fonte termal que fez a fama do local. Bath é um dos Patrimônios Mundiais da Humanidade da UNESCO, tanto pelos banhos quanto pelas atrações arquitetônicas da cidade.

Roman Baths: Façade

A antiga fachada dos Banhos Romanos

21/09/2010

Visitando Stonehenge


Stonehenge é, para muitos, um local místico, um daqueles lugares que se deseja conhecer desde sempre, às vezes até esperando uma visita mágica ou algo assim. Pelo menos era mais ou menos o que eu sentia a respeito deste intrigante círculo de pedras com propriedades astronômicas. E admito que fiquei muito admirado ao finalmente visita-lo há algumas semanas.

Stonehenge

Stonehenge: Vista geral

Já planejava conhecer o local desde a última vez que estive em Londres, entre março e junho deste ano, no meu circuito extra-Londres, mas acabei não fazendo e, quando um amigo meu inglês sugeriu a visita, agora em setembro, aceitei sem pestanejar. Programamos então um passeio a Stonehenge e Bath, no mesmo dia.

Stonehenge: Alignment

O incrível alinhamento das pedras de Stonehenge

Existem tours que partem de Londres (tem um posto que vende logo na estação Tower Hill do metrô) e custam cerca de £45. Nós fomos por conta própria e o passeio saiu mais ou menos pelo mesmo preço, mas com a vantagem do agradável passeio de trem (os tours são de ônibus) e da liberdade de fazer nosso próprio programa. O trem para Salisbury, a estação de trem mais perto do monumento, parte da Victoria Station londrina, leva cerca de 1h30 e custa £30,50. Eu acabei pagando bem menos, porque tivemos um desconto na compra, direto na bilheteria da estação, por sermos um grupo (3 pessoas) – e, ao final, compramos o bilhete Londres – Salisbury – Bath – Londres por £21. Como escrevi no meu post sobre Bath, a minha conclusão é que fazer tudo no mesmo dia não vale a pena… passamos pouquíssimo tempo em Bath e não deu pra aproveitar bem a visita.

Ao chegar na estação de Salisbury procure o posto de venda do tour para Stonehenge e compre o bilhete diretamente ali. O embarque no ônibus que leva ao monumento é logo na saída da estação, parte a cada meia hora, durante o verão e custa £18, incluindo o transporte e a entrada para Stonehenge e para Old Sarum (ruínas da antiga cidade de Salisbury). Por £11 você pode fazer apenas o passeio de ônibus (no caso de ser sócio do English Heritage, que opera o monumento, e não pagar pela entrada – aliás, acabei de descobrir o Visitor Pass do English Heritage, que oferece entrada em uma série de monumentos e castelos por apenas £20, válido por uma semana).

O passeio de ônibus é muito agradável e uma gravação faz o papel de guia durante o percurso de ida e volta, contando a história de Salisbury, dos principais prédios da cidade, do importante papel da base militar (aeronautica) nos arredores da cidade durante a Segunda Guerra Mundial etc. E, é claro, informações sobre Stonehenge e Old Sarum.

Stonehenge: Visitors

Os visitantes circulam as pedras, sem acesso ao centro

Reserve cerca de 1h30 a 2h00 para conhecer Stonehenge, especialmente se estiver por lá num belo dia de sol. A entrada inclui um audio guia (em 10 línguas) que conta a história e explica todos os detalhes do circulo de pedras, construído entre 2500 e 2000 AC – mas a mística ocupação do local começou ainda antes, em 3000 AC. Desde 1978 o acesso é permitido somente ao redor do monumento, o que ajuda a obter boas fotos sem turistas dentro dele. Na verdade, com visitas agendadas, é possível entrar no círculo em pequenos grupos. O acesso a Stonehenge no solstício de verão (cerca de 21 de junho) é diferenciado, já que é uma data “mágica” e segue regras bem específicas para receber os cerca de 30.000 visitantes que circulam no local a cada ano. Ao total, o local recebe mais de 850.000 visitantes ao ano (dados de 2008).

A visita é realmente mágica e extremamente agradável. Vale muito a pena!

Completando, acabei de descobrir que dá sim pra visitar o centro do círculo, ao menos virutalmente. É que o Google Maps já tem mapeado o local com sua ferramenta Street View. Veja aqui.

Old Sarum: Cathedral

Old Sarum: Ruínas da antiga Catedral

Na volta a Salisbury há a possibilidade de parar em Old Sarum, as ruínas do castelo e da catedral que, mais ou menos, deram origem à cidade de Salisbury. Os resquícios de ocupação desta colina chegam ao ano 3000 AC e a primeira fortificação foi construída em cerca de 500 AC. Os romanos, quando ocuparam a Grã-Bretanha (de 43 a 410 DC) construíram uma base no local (Sorviodunum) e o castelo das atuais ruínas data de 1069. Sua decadência iniciou com a construção da nova catedral de Salisbury, depois do rompimento do bispo com o rei, nos anos 1200. A entrada nas ruínas está inclusa no bilhete do Tour e é também bastante interessante. Pra voltar a Salisbury de Old Sarum, você pode pegar qualquer um dos ônibus que passam na estrada local e sua passagem está também incluída no bilhete do Tour.

19/08/2010

Genebra: um passeio na cidade junto ao lago


Para mim, uma das atrações mais interessantes de Genebra é exatamente o Lago Genebra, ou Lac Leman, como também é conhecido. Sim, porque a bela cidade se espalha em torno do lago, abraçando-o em seu lado sul, onde se encontra a cidade velha de Genebra.

Genebra - Jet d'Eau - Inclinado

Jet d'Eau, visto dos Pâquis

Genebra - Jet d'Eau Pier

Jet d'Eau: por aqui se chega na base do jato

O belo Jet d’Eau, um enorme jato d’água que atinge a altura de 140 metros domina a paisagem e pode ser visto de qualquer ponto às margens do lago e de qualquer ponto alto da cidade. Mas não é só para ser apreciado de longe, já que se pode chegar bem perto de sua base e, na verdade, até banhar-se na sua bruma. Para poder aprecia-lo de perto é só dirigir-se à Quai G. Ador, onde tem um pier que liga a margem à base do jato. Mesmo se não quiser se molhar, vale muito a pena dirigir-se a este local para observar o jato mais de perto.

Genebra - Jet d'Eau - Arco Iris

Jet d'Eau, visto dos Pâquis

Aparte dos meses de inverno (novembro a fevereiro, na temporada 2010-2011), é ligado às 10h00 e vale a pena observar este momento, quando o primeiro jato é lançado. A cada segundo 500 litros de água são atirados ao alto, saindo a uma velocidade de 240 km/h! Foi inaugurado em 1891 e renovado em 1951.

Circular na cidade é bastante simples, principalmente se você estiver hospedado em algum hotel da cidade ou mesmo se possuir um passe de trem suíço. Em ambos os casos, você tem acesso a todos os meios de transporte – ônibus, trens, trams/bondes e até barcos – dentro da Zona 10, que cobre praticamente toda o centro expandido da cidade, incluindo o Aeroporto.

Genebra - Barco

Uma das linhas de transporte pùblico da cidade

Aqui os meios de transporte não tem catraca e você deve apenas portar um passe válido – no caso, o passe de trem ou o cartão Geneva Transport Card, que você pode pedir quando fizer o check in no hotel. Não deixe de usar os deliciosos barcos das linhas M1 a M4 que cruzam o lago. São passeios curtos mas muitíssimo agradáveis!

Genebra - Saint Pierre

Catedral de Saint Pierre

Uma parte da cidade que não pode deixar de ser visitada é a cidade velha, dominada ao alto pela Catedral de São Pedro. As estreitas ruas da Genebra medieval podem ser visitadas tranquilamente a pé – deixe-se perder por elas, explorando sem preocupar-se, já que não é muito grande e depois é só descer em qualquer direção para chegar ao lago ou às linhas de tram, que circundam esta zona.

Genebra - Cidade Velha

Uma das praças da cidade velha

Aliás, a Catedral é uma visita imperdível, seja para conhecer o local onde Calvino começou a Reforma Protestante da igreja, que tanto influenciou a história da cidade. Por estar livre do domínio da igreja católica, a cidade de Genebra atraiu muitos artistas, poetas e pensadores que ajudaram a formar esta que é a segunda cidade mais populosa do país. Na catedral dá pra ver a cadeira usada por Calvino e também a bela Capela dos Macabeus, transformada por ele durante muito tempo em uma sala de aula, e hoje restaurada.

Genebra - Vista Catedral

A bela vista da torre da Catedral de St. Pierre

Subir nas torres da catedral custa apenas ChF 4,00 e proporciona uma bela vista panorâmica da cidade. A Torre Norte é mais interessante, já que tem terraços abertos excelente para fotos – se tiver pouco tempo pode até abrir mão de visitar a Torre Sul… só que desta se pode fotografar a Torre Norte com o lago ao fundo.

Genebra - Capela Macabeus

O belo teto da Capela dos Macabeus

Junto à loja da catedral, onde se adquire o bilhete para subir às torres e que fica ao lado do altar – hoje o edifício não é um templo religioso, mas um local que sedia eventos importantes da cidade e do país – tem um breve vídeo (inglês e francês) que conta a história da catedral e que vale a pena ser visto.

Genebra - Cafe Saint Pierre

O charmoso Café Saint Pierre

Bem ao lado da catedral fica o Café Creperie Saint Pierre, no mesmo local há mais de 500 anos. É uma excelente opção para um almoço leve e extremamente agradável, principalmente nas mesas externas, ao lado da praça e com uma vista belíssima da catedral. Uma refeição com crepe, cerveja e café sai por cerca de ChF 23,00. Aprecie também o toque dos sinos da torre, a cada 15 minutos. Aliás, este é um hábito que estou adquirindo aqui na Itália, com suas cidades repletas de igrejas. Os sinos aqui não soam apenas as badaladas das horas, mas melodias completas, principalmente nas horas cheias e perto das missas. Nestes momentos o ar fica tomado pelo som dos sinos. Cativante!

Saindo da cidade velha ao final do dia, desça até o lago e pegue o barco M1, da parada Molard e dirija-se ao Pâquis, na Quai du Mont-Blanc para apreciar o pôr do sol.

Os Bains des Paquis são uma verdadeira praia no limpido e fresco Lac Leman. Com toda a estrutura necessária para banhar-se – desde praias de seixos até piscinas, vestiários, banheiros e bares – dá pra passar um tempão por aqui curtindo o lago, especialmente num lindo dia de sol como o que eu peguei.

Genebra - Bain des Paquis

Bain des Pâquis: a praia do Lago

A entrada custa ChF 2,00, então vir aqui só para  apreciar o pôr do sol, com uma vista diferenciada do Jet d’Eau, é um bom passeio. Até o início de setembro aqui tem também uma série de espetáculos no nascer do sol – os Aubes Musicales – que valem muito a pena.

Genebra - Les Brasseurs

Restaurante Les Brasseus, bem perto da estação de Cornavin

Outra dica legal de restaurante é o Le Brasseurs (Place Cornavin 20 – www.les-brasseurs.ch), bem na frente da estação de trem. Aqui a cozinha fica aberta até as 23h45 (0h45 sextas e sábados) e se pode apreciar um tipo de comida que eu não conhecia – e que tão pouco arrisco pronunciar o nome – os Flammenkueches: uma fina massa, que parece de pizza, do tamanho de um prato, com coberturas diversas. Comi uma com ovo e queijo que era leve e saborosa. Custam entre ChF 15,00 e 25,00, mas com promoções especiais no almoço durante a semana. Outro prato que vale a pena, mas só para os apreciadores de carne, é o Tartar – carne moída, crua e temperada, com torradas e fritas a ChF 26,50. O local oferece ainda cervejas de diversos tipos e tamanhos, até uma coluna de 10l, perfeita para grupos.

E, é claro, o Café Pessoa, que tem a DELICIOSA Picanha à Brasileira aos sábados.

Fora tudo isso, Genebra é ainda um destino de compras e, em Agosto, as Fêtes de Geneve agitam a cidade. Um belo destino a descobrir!

16/08/2010

Genebra: Fêtes de Genève


Fêtes de Geneve

Fêtes de Geneve: os belos fogos de artifício

Um dos principais motivos da minha viagem foi o espetáculo, na noite de sábado, que encerra o “Fêtes de Genève”, um festival anual que agita a cidade no mês oficial de férias europeu. Como os habitantes locais viajam e os árabes vem aos montes (dizem as más línguas que vem para fazer a visita anual ao seu dinheirinho, guardado nos bancos suíços), o Turismo de Genebra montou esta festa anual e já muito tradicional.

Genebra - Fetes

Brinquedo da feira, ao redor do Lac Leman

São, na verdade, dois grandes blocos de eventos: as pré festas, em julho e as festas propriamente ditas, em agosto. Durante estes dias as margens do lago se tornam um grande parque de diversões, com os brinquedos tradicionais e inúmeras barracas de comidas e doces. Apresentações em palcos agitam as tardes e noites – durante as festas de agosto, em 4 áreas distintas. É realmente uma delícia.

A edição deste ano iniciou com as pré festas em 15 de julho e encerrou na noite de 8 de agosto. O maior evento é, sem dúvida, o show pirotécnico e musical na noite do último sábado das festas.

Genebra - Fetes

Voando sobre o Lac Leman

É a noite mais agitada do ano na cidade, que fica repleta de turistas de todas as partes do mundo e que lotam as margens do Lac Leman para ver o espetáculo. Dei uma sorte enorme e assisti tudo de uma varanda, uma vista privilegiada pois pude também ouvir a trilha sonora (conheci um casal de jovens brasileiros no trem, de volta para Milão, que estavam em outra parte do lago e não podiam ouvir nada, somente ver o espetáculo). A apresentação deste ano foi em torno do tema Circo. Como não falo francês, pude apenas descobrir que os diversos números eram ligados às atrações circenses, então teve a parte dos elefantes, da foca, os palhaços, as contorcionistas chinesas, o mágico e assim por diante. Cada uma delas com fogos diferentes, que estouravam sobre o Lac Leman, num efeito visual e sonoro fantástico. Acho que foi um dos espetáculos pirotécnicos mais bonitos que vi na minha vida – e digo isso já tendo visto o reveillon de Copacabana diversas vezes.

Fêtes de Geneve

Fêtes de Geneve: mais dos belos fogos de artifício

Se você estiver programando viajar para a Suíça no ano que vem, faça de tudo para estar na cidade no segundo sábado de agosto, pois esta festa é realmente imperdível.

Mais fotos dos fogos meu website fotográfico, em http://photo.jkscatena.com/tag/fetes-de-geneve/

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14/08/2010

Genebra: compras e mais compras


Nunca fui muito de ficar viajando para fazer compras, mas algumas vezes também sou mordido pelo bichinho do consumismo e acabo gastando minhas economias. Aqui em Genebra nem tentei muito resistir, já que procurava coisas específicas e tradicionais de se comprar por aqui: canivetes (sou um colecionador) e um relógio (já estava na hora de comprar um extra, pra variar um pouco).

Genebra-Victorinox-Poster

Victorinox: a evolução da pedra lascada

Tá bom que acabei comprando mais um monte de coisas, mas aí eu já estava contaminado pela onda compradora e aproveitei também as liquidações, tradicionais nesta época do ano. Vale a pena comentar que os preços, apesar de Genevra ser conhecida como uma das cidades mais caras do mundo, estavam muitíssimo parecidos com aqueles que encontrei em Milão ou mesmo em Londres – sempre considerando o câmbio, já que aqui se usa o Franco Suíço (ChF), e não o Euro (mas que também pode ser retirado nos caixas eletrônicos e é aceito na maioria das lojas, neste caso com um câmbio mais desfavorável).

Minhas dicas aqui são:

Genebra - Compras - Rue Croix d'Or

Rue Croix d'Or, a de lojas de luxo

Manor (6 rue Cornavin, aberta a partir das 9h00): uma imensa (5 andares) loja de departamentos, repleta de opções para os mais diversos tipos e gostos. Uma dica bem legal é comprar comida pronta aqui, logo no piso térreo (onde também estão os chocolates), que não é muito cara, e comer nas praças da cidade. Um monte de gente faz isso. Além dos chocolates, tem também uma área legal, ainda no térreo, de souvenires suíços (canecas, imãs, camisetas, bichos de pelúcia etc.). No sub-solo estão as coisas para casa; subindo se encontra moda masculina, feminina, perfumes, esporte, papelaria, eletrônicos e, no topo um restaurante panorâmico. Nos andares de roupas, não deixe de procurar uma ‘área adicional’, com as coleções mais “modernas” de marcas famosas, cheia de araras e estantes com peças de coleções antigas a preços mais baixos.

Genebra - Compras - Victorinox

Victorinox Flagship Store

Victorinox Flagship Store (2 rue du Marché): esta era realmente meu alvo principal, já que coleciono aqueles pequenos canivetes desta marca tradicional suíça. Seus produtos podem ser encontrados em praticamente todas as lojas da cidade, mas comprar aqui tem um charme adicional. Os canivetes da coleção 2010 são muito charmosos – comprei 3 dos mais baratinhos, mas tinha um, daqueles bem pequenos, que custava a bagatela de ChF 25.000,00 – isso mesmo, vinte e cinco mil francos – aceito presentes de aniversário, agora em novembro, ok? Além disso: malas e mochilas, roupas, perfumes e relógios.

Genebra - Compras - Rue Mont-Blanc

A agradável Rue du Mont-Blanc

Swatch (endereços diversos na cidade, mas recomendo a loja da Rue du Mont-Blanc): esta é para aqueles que querem um bom relógio a preços razoáveis. As coleções são, em geral, as mesmas encontradas nas lojas da marca no Brasil, mas os preços são definitivamente menores. Comparando o preço do relógio que comprei aqui em Genebra no ano passado, a economia chegava a cerca de 30% em relação ao preço brasileiro.

As principais lojas de luxo se concentram nas ruas perto da cidade velha – Rue du Rhône, Rue de Rive e Rue Crux D’Or, mas eu não tenho a carteira deste calibre, então só passei rapidinho, a caminho da loja da Victorinox, que fica nesta área.

E pra terminar, tem a Substation X-World (14 rue du Neuchâtel), mas esta, só para maiores, é uma fetish store de 240 m2. Só estou dando a dica porque descobri que gosto deste tipo de produtos na minha temporada londrina.

12/08/2010

Valeu a pena acordar tão cedo? Sim, valeu muito a pena!


Acordar as 5h00 da manhã de uma segunda feira e pegar um ônibus em direção ao centro da cidade só pra ver um show musical… parece coisa de louco, e até é um pouco, mas a experiência foi tão bonita e rendeu fotos tão belas, que posso dizer que sim, valeu a pena.

Genebra - Paquis - Casal

Aubes Musicales

Genebra - Paquis - Dançarina e PlateiaConheci o “Bains des Pâquis” (30, quai du Mont-Blanc) na tarde de domingo e já tinha decidido passar minha última manhã em Genebra por ali, para poder nadar no Lac Leman. Só que, quando deixava o local encontrei este panfleto do “Aubes Musicales”, um programa que traz apresentações musicais no amanhecer, durante o nascer do sol – das 600 as 7h00. São concertos e apresentações musicais gratuitas, todas as manhãs até o dia 5 de setembro. Se você estiver na cidade nestes dias recomendo fortemente.

Quando estive lá se apresentava um grupo de musica e um casal de bailarinos indianos. Genebra - Paquis - DançarinoA música, que é um mantra, os dançarinos, muito expressivos, o sol nascendo, por detrás de uma montanha e se refletindo no lago… tudo isso fez deste início de manhã uma experiência realmente inesquecível.

A programação é bastante variada, desde musica africana (12/Ago), chilena folclórica revisitada (15/Ago), nepalesa (16/Ago), jazz e funk (17 e 23/Ago) a orquestras e clássica (19-22, 24-27 e 30/Ago a 4/Set), passando até por corais (18/Ago). Até artistas brasileiros já se apresentaram por lá.

Genebra - Paquis - Poster

Aubes Musicales - link externo

Pelo menos, depois da apresentação eu pude tomar um belo café no próprio local e ainda tirar um cochilo aproveitando o calor gostoso do sol que se levantava. Sim, antes de ir embora fazer as últimas compras ainda nadei nas cristalinas e frescas águas do Lac Leman.

Fotos adicionais desta bela apresentação estão disponíveis no meu website fotográfico em: photo.jkscatena.com/tag/paquis.

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04/08/2010

Londres: fechando com chave de ouro a jornada ferroviária


Esta é minha terceira viagem a Londres, mas a primeira que chego (convenientemente, diga-se de passagem) de trem, diretamente na estação St. Pancras, renovada para ser a parada na capital inglesa do Eurostar.

Grupo RailEurope na estação londrina de St.Pancras

Grupo RailEurope na estação londrina de St.Pancras

E chegar nesta estação vitoriana, com sua bela cobertura metálica azul foi um fechamento com classe desta nossa jornada ferroviária pela Europa.

St. Pancras, a estação de Londres do Eurostar

St. Pancras, a estação de Londres do Eurostar

Achava que a viagem no Eurostar, de Bruxelas a Londres, por baixo do Canal da Mancha seria algo espetacular, mas não é nada mais do que um grande túnel, até um pouco sem graça, para falar a verdade. A maior diferença está no serviço de bordo, já que neste trecho é servida uma refeição, como aquelas que estamos acostumados nos nossos voos de maior distância. Nada de especial, mas diferente daquilo que estávamos nos acostumando nos diversos trechos que percorremos. Pra ser correto na manhã deste dia recebemos também uma breve refeição no trecho Paris – Bruxelas, com o Thalys.

Também para ser justo, fiquei um pouco desapontado com o percurso do Thalys, já que ao invés de usarmos o trem normal deste trecho – o único com Internet a bordo, diga-se de passagem – a composição foi substituída por um TGV, equivalente em conforto e velocidade, mas sem a cobertura de wi-fi móvel que seria o diferencial desta viagem.

Aliás, continuando com a série de justiça, Bruxelas foi realmente uma parada especial. Maria Corinaldesi, da RailEurope, fazia sempre questão de frisar que esta aparente loucura – acordar em Paris, almoçar em Bruxelas e dormir em Londres – tinha o propósito de mostrar que é possível conectar três grandes cidades européias em um único dia de trem. E foi muito mais que isso!

A bela praça principal de Bruxelas

A bela praça principal de Bruxelas

A capital belga surpreendeu positivamente a todos do grupo com seu charme – a praça principal da cidade é uma beleza -, com o humor do seu povo – a começar pelo nosso guia, mas completando o time com os dois profissionais do turismo belga que nos acompanharam (ambos casados com brasileiras e falando um português genuíno) -, e com o fantástico restaurante do chefe Bruneau – onde adicionamos mais duas estrelas Michelin ao nosso álbum de viagem.

Chefe (estrelado) Bruneau, que foi mestre do nosso brasileiro Alex Atala

Chefe (estrelado) Bruneau, que foi mestre do nosso brasileiro Alex Atala

Manneken Pis é um monumento ideal da cidade que se gaba de ter as melhores cervejas da Europa

Manneken Pis é um monumento ideal da cidade que se gaba de ter as melhores cervejas da Europa

E as breves viagens de trem – menos de duas horas em cada trecho, Paris – Bruxelas e Bruxelas – Londres, não foram nada cansativas e provaram que é realmente muito simples conectar três grandes cidades européias de trem em um único dia. Tenho certeza que fazer a mesma proposta de conexão voando seria muitíssimo mais cansativo.

Para encerrar nossa viagem passamos a noite hospedados em Gloucester Park, uma alternativa muito interessante para hóspedes “long stay” em Londres, já que só aceitam permanências acima de 90 dias. É como ter seu próprio apartamento na cidade, completamente mobiliado e equipado e em localizações verdadeiramente diferenciadas, mas com serviço de hotel, como arrumadeira, lavanderia, academia, recepção/portaria etc..

Uma casa, completamente mobiliada em Londres

Uma casa, completamente mobiliada em Londres

E o apartamento ainda tem uma belíssima vista!

E o apartamento ainda tem uma belíssima vista!

O que ficamos é perto do Hyde Park, mas o Cheval Residences tem empreendimentos semelhantes em outras áreas valorizadas da cidade.

Londres - Tamisa

“Good day, sunshine!”, dos Beatles, na London Eye

“Good day, sunshine!”, dos Beatles, na London Eye

O dia seguinte começou com um passeio na London Eye; demos muita sorte com o céu lindamente azul, foi seguido de um almoço na Regent Street Food Quarter, na Heddon Street – no primeiro restaurante a quilo de Londres, o charmoso e trendy Tibit e terminou com um shopping tour na Regent Street, a primeira rua projetada para ser um centro de compras na cidade, e na Carnaby Street, o centro de compras mais cool de Londres.

Regent Street Food Quarter, uma “praça de alimentação” chiquérrima, uma ótima dica!

Regent Street Food Quarter, uma “praça de alimentação” chiquérrima, uma ótima dica!

Alguns dos companheiros de viagem retornaram ao Brasil, na business class da TAM, no final do dia, mas outros, como eu, aproveitaram para estender a estadia na Europa. Agora estou na Italia, em uma parada pessoal na busca de documentos de meus ancestrais. Depois parto para a Espanha onde vou receber meu prêmio da Comissão Européia de Turismo pelos meus blog posts neste Blog PANROTAS em Viagem – como vocês leitores já devem estar sabendo.

Aliás, encerro mais esta série com um agradecimento a equipe do PANROTAS pela oportunidade de escrever neste nobre espaço e a todos vocês leitores que me acompanharam nestas minhas jornadas durante este ano.

Um grande abraço e até as próximas viagens.

Um grande abraço e até as próximas viagens.

Originalmente publicado no Blog PANROTAS em Viagem em 30/10/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/10/30/londres-fechando-com-chave-de-ouro-a-jornada-ferroviaria/

Atualizado em 19/04/12.

03/08/2010

Paris: infelizmente não foi amor à primeira vista


Acho que foi como tentar se apaixonar por uma mulher aos prantos, de mau humor e com a maquiagem borrada. Cheguei à Cidade Luz cheio de expectativas, afinal a primeira vez em Paris deveria ser memorável, certo? Além de toda a propaganda da cidade, que é a cidade perfeita, que é linda, que é agitada. Sim, é muito bonita. Sim, é bastante agitada. Mas estava chovendo e frio… desculpe Paris, mas fiquei frustrado.

Mesmo com o tempo ruim, as vistas são lindas!

Mesmo com o tempo ruim, as vistas são lindas!

Por outro lado o hotel Fouquet’s Barrière onde nos hospedamos superou qualquer expectativa que eu pudesse ter. Aqui, realmente o luxo está nos detalhes. E no serviço. E na localização, é claro – ainda que a Champs Elysées estivesse toda molhada e fria (chorando e com a maquiagem borrada…), sentar no centenário restaurante Fouquet’s para o café da manhã, rodeado de deputados franceses e assistindo ao desfile de pedestres em uma das calçadas mais emblemáticas da cidade (quiçá do mundo) é realmente mágico.

Cama super confortável e frutas, como pedi com antecedência

Cama super confortável e frutas, como pedi com antecedência

Aliás, a história do hotel começa com a compra do restaurante Fouquet pela cadeia Barrière, que posteriormente foi adquirindo outros prédios ao redor – 5 ao todo – que foram reformados/restaurados e interligados, chegando na estrutura atual, com 107 quartos de altíssimo luxo, dois restaurantes (o Fouquet e o Diane) e um bar, Spa com piscina e academia e a imensa suite presidencial onde Nicolas Sarkozy aguardou a confirmação de sua vitória nas eleições presidenciais.

O atendimento diferenciado começou ainda antes da viagem, já que o hotel encaminha ao hóspede um questionário de preferências no qual uma das primeiras perguntas já dá o tom: “Você gostaria que o mordomo (sim, tem um mordomo à sua disposição durante a estada) desfizesse sua mala?”. E segue com outras do tipo: quarto fumante ou não – se sim, charuto ou cigarro? -, tipo de cama e travesseiros, flores da decoração (rosas ou orquídeas? de que cor?) e até o tipo de música e de chocolate preferidos. Ao chegar no quarto o hóspede tem tudo para se sentir em casa.

Impressora à disposição no quarto

Impressora à disposição no quarto

Detalhes como wi-fi em todo o hotel, sem cobrança adicional, uma impressora à disposição no quarto, televisão na banheira – com controle remoto à prova d’água -, cofre com tomada interna, frigobar “free” e um perfume Hermès de “presente” dentre as amenities no banheiro não passam despercebidos pelos hóspedes mais exigentes. E ainda é fácil dizer que é um luxo sem o tipo de imponência que chega a incomodar. É o verdadeiro luxo, da melhor qualidade.

Televisão na banheira, com controle à prova d’água

Televisão na banheira, com controle à prova d’água

Por estas e outras a estadia em Paris – aqui, como em Berlim, passamos duas noites desta jornada ferroviária – será realmente memorável, mas eu ainda tenho que retornar à cidade para tentar me apaixonar por esta nobre dama francesa, podendo vê-la no seu maior esplendor.

Champs Elisées, uma das mais charmosas avenidas do mundo

Champs Elisées, uma das mais charmosas avenidas do mundo

Escrevo este post do trem Thalys que faz a conexão Paris – Bruxelas, Bélgica, onde passaremos o dia para depois embarcar para Londres, nossa última parada.

Originalmente publicado no Blog PANROTAS em Viagem, em 27/10/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/10/27/paris-infelizmente-nao-foi-amor-a-primeira-vista/

Para ver mais fotos de Paris, visite meu website fotográfico, em Paris << ©JKScatena Photography, ou clique no mosaico abaixo:

Paris: Mosaic

Paris << ©JKScatena Photography

 

02/08/2010

Chegando na França: Lyon e as vinicolas de Beaujolais


Chegamos em Genebra, vindos de Montreux no final da tarde de domingo, mas imediatamente pegamos um taxi para a França, onde passamos a noite. Sim, Divonne está a quinze minutos de Genebra e a única noite que passamos neste agradável castelo de origens medievais foi uma verdadeira festa gastronômica.

Na manhã seguinte voltamos a Genebra um pouco mais cedo do que o inicialmente programado para termos algum tempo para conhecer a cidade. E lá fomos nós, com apenas uma hora e meia para conhecer a cidade e fazer algumas compras, como relógios e canivetes legitimamente suíços.

Genebra, vista com bandeira suíça

Genebra, vista do relógio floral

Duas vistas da parte mais moderna de Genebra, junto ao Lac Léman (Lago Genebra)

No meu caso consegui comprar meu Swatch, mas fiquei morrendo de vontade de conhecer melhor esta linda cidade! Pude dar uma volta, bastante corrida pelas ruas da antiga cidade medieval, às margens do Lac Lemán, mas foi o suficiente apenas para dar mais vontade de voltar.

De Genebra chegamos “oficialmente” à parte francesa da viagem na capital gastronômica do país e da região de Rhône-Alpse, a bela Lyon, onde ficamos hospedados no hotel Cours do Lodge, um conjunto de quatro prédios medievais restaurados e transformados em um estabelecimento verdadeiramente diferenciado.

Rue du Bœuf, na Vieux Ville de Lyon

Rue du Bœuf, na Vieux Ville de Lyon, a rua do Cours do Lodge

“Somos um dos pouquíssimos hotéis na Vieux Ville de Lyon, a área original da cidade, com um jardim interno. E temos muito orgulho disso!” diz o Gerente Geral do hotel, Franck Sciessere.

Franck Sciessere, do Cours do Lodge

Franck Sciessere, do Cours do Lodge

Céline Gomes, a francesa filha de portugueses do órgão de turismo da região de Rhones-Alpes ressalta que  o escritório de turismo pode prestar serviços de apoio para grupos, bastando entrar em contato com ela pelo e-mail celine.gomes@rhonealpes-tourisme.com. “Outra coisa que é importante falar é que o Lyon City Card – que inclui a entrada em diversos museus da cidade e o uso de todo o transporte urbano de Lyon durante sua validade, que pode ser de 24, 48 ou 72 horas – oferece comissão de vendas para os agentes e operadores”, completa Céline. Ela diz que o volume de brasileiros visitando a região não é muito grande, mas também porque eles ainda não haviam realizado grandes ações promocionais, intensificadas em 2008, aproveitando a oportunidade do Ano da França no Brasil. “Em 2008 fizemos ações em São Paulo e em Curitiba, até porque Rhone-Alpes e o estado do Paraná são regiões irmãs. E em abril de 2010 faremos um workshop juntamente com a Atout France (ex-Maison de France). Já confirmamos as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro outras duas ou três ainda dependem de confirmação”.

Fizemos um passeio guiado pelo bairro antigo de Lyon, iniciando pela Basilica de Fourvière, no alto do morro de mesmo nome, de onde pudemos ter uma vista panorâmica de toda a cidade.

Uma das praças de Lyon, vista da Basilica de Fourvière

Uma das praças de Lyon, vista da Basilica de Fourvière

“No dia da consagração da estátua dourada da Virgem Maria, 8 de dezembro, todas as casas da cidade colocaram velas nas janelas, o que deu início ao agora permanente Festival das Luzes, 4 dias nos quais diversos eventos “luminosos” enfeitam a cidade trazendo mais de 4 milhões de turistas. Este ano será de 05 a 08/12”, diz o guia Jérome Trevy que nos acompanhou.

A Virgem Dourada de Fourvière

A Virgem Dourada de Fourvière

E só mesmo com um guia credenciado para descobrirmos as passagens secretas do bairro velho, as traboules. Criadas para facilitar o trânsito dos trabalhadores da seda da Lyon medieval, existem mais de 500 destas passagens por dentro dos quarteirões, passando por dentro das casas.

Traboule de Lyon

Entrada de uma das traboules mais longas de Lyon

“Algumas delas continuam abertas para o público em geral, principalmente pelo seu valor cultural e histórico, depois de acordos entre os moradores, que tem que deixa-las destrancadas das nove da manhã as sete da noite, e a prefeitura, que passou a arcar com a limpeza e a iluminação delas”, explica Jérome que também nos contou que a área era muito degradada e desagradável até que se tornou área de proteção nacional em 1964. Em 1998 o esforço de restauração foi reconhecido pela Unesco que tornou a parte antiga de Lyon e mais uma área da “península” entre os rios Rhone e Scena patrimônio da humanidade.

Ainda no monte Fouvier, a primeira área real de ocupação cidade estão os dois anfiteatros romanos, resquícios de uma época em que Lyon era a capital romana da Gália. Entre junho e agosto de todos os anos é realizado aqui o festival “Noites de Fouvier” com apresentações musicais, de teatro e cinema.

Nosso grupo

Nosso grupo: Maria, Silvio, Jérome, Veronica, Bruna, Marco, Anita e eu, no Teatro Romano do Fouvier

Nosso jantar foi no restaurante do hotel Villa Fiorentina, uma estrela no Guia Michelin. O hotel está localizado no monte Fouvier, com uma lindíssima vista da cidade, em um prédio histórico que foi restaurado. Parte da cadeia “Relais & Chateaux” o Villa Fiorentina conta quartos de alto luxo, muito usados por turistas de negócios, mas principalmente por casais.

Vista noturna de Lyon, a partir do Villa Florentina

Vista noturna de Lyon, a partir do Villa Florentina

A manhã do dia seguinte foi reservada ao passeio pela região vinícola de Beaujolais, onde são produzidos três tipos de vinhos – Beaujolais, Beaujolais Village e Cru, nesta ordem de qualidade – que estão dentre os mais exportados pela França e são vinhos “D.O.C.” – Denominação de Origem Controlada, ou seja só os realmente produzidos na região de Beaujolais podem receber este nome.

Michèle Callandras

Michèle Callandras nos serve um pouco de Beaujolais para degustação

A visita começou na propriedade de Michèle e Jean Callandras, um típico casal idoso francês que conta com a ajuda de diversos trabalhadores temporários na época da colheita das uvas – início de setembro – mas que toma conta de toda a propriedade praticamente sozinhos.

Jean Callandras

Jean Callandras e um dos cachos da uva Gamay, usada no Beaujolais

Aliás, na época da vindima a região recebe também muitos jovens turistas que se hospedam nas casas dos proprietários só para poderem participar desta grande comemoração que praticamente dá início a temporada francesa de vinhos. Diz-se que o Beaujolais é o primeiro vinho da temporada e que deve ser consumido ainda novo.

Passamos ainda no pequeno vilarejo de Oignt, com suas casas todas construídas com pedras douradas, o que dá um aspecto realmente único à todas as vilas desta região.

Uma das casas de Oignt

Uma das casas de Oignt

Oignt tem uma torre de vigia e uma igreja da época medieval e está virando moradia de diversos artistas que montam seus ateliês por aqui.

O almoço, no também estrelado restaurante do hotel (também Relais & Chateaux) do Chateau de Bagnols, do chef Matthieu Fontaine. O Chateau de Bagnols é um castelo medieval convertido em hotel, com instalações maravilhosas e que tem recebido mais e mais brasileiros a cada ano.

Vista externa do Chateau de Bagnols

Vista externa do Chateau de Bagnols

Um dos salões do Chateau de Bagnols.

Um dos salões do Chateau de Bagnols. Imaginem fazer uma festa de casamento aqui…

Já estamos embarcados o TGV com destino a Paris onde passaremos as próximas duas noites. Demos um pouco de sorte, já que os trabalhadores das ferrovias francesas resolveram fazer uma greve – na verdade uma operação tartaruga – exatamente hoje e o trem originalmente previsto para nossa viagem foi cancelado. Tivemos que pegar  o anterior, mas sem reservas, o que poderia nos trazer – mas não trouxe – alguns problemas. Perguntamos a alguns franceses o porquê desta greve e a resposta foi basicamente a mesma: “na verdade eu nem sei porquê, mas podemos sempre esperar entre duas e três grandes paralisações todos os anos, então não é surpresa alguma!”.

Originalmente publicado no Blog PANROTAS em Viagem em 23/10/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/10/23/chegando-na-franca-lyon-e-as-vinicolas-de-beaujolais/

30/07/2010

Na Suíça, a 2.000 metros de altura


Depois de vários dias de chuva e frio estávamos realmente merecendo um belo dia de sol e hoje o dia amanheceu perfeito (sim, com frio, mas céu azul e sol). Ao acordar em Montreux nem podia acreditar ao ver pela janela o dia nascendo com o céu completamente limpo, a cidade ainda nas sombras das altas montanhas e os primeiros raios de sol já batendo nos picos nevados do lado oposto do Lac Léman (Lago Genebra).

Amanhecer em Montreux

Amanhecer em Montreux

Saímos cedo de nosso hotel para pegar um outro trem panorâmico da GoldenPass, só que este era um pequeno trem turístico que nos levaria em um parque no alto da montanha “Les Rochers-de-Naye”, a dois mil metros de altura.

Estação de trem de Montreux

Estação de trem de Montreux

GoldenPass Rochers-de-Naye

GoldenPass Rochers-de-Naye

O trem lembra muito aquele do Cristo Redentor carioca: pequenos vagões, sem nenhum luxo, montanha acima com ajuda do terceiro trilho – a cremalheira -, numa estrada com bastante curvas que atravessa florestas e túneis até chegar a um ponto com uma vista maravilhosa dos arredores. A diferença aqui é que a subida é muito maior e que, a partir de certo ponto, chegamos a uma altura onde a neve já não derrete sem bastante sol – as folhas começam a ficar brancas da neve do dia anterior, e as casas, e as árvores até que, já mais perto do topo, está tudo maravilhosamente branco e brilhante, refletindo o sol forte daquele céu impecavelmente azul.

Ok, admito que fiquei um tanto maravilhado, mas para quem estava vendo neve pra valer pela primeira vista é realmente a reação esperada, não é?

A chegada em Rochers-de-Naye (1)

A chegada em Rochers-de-Naye (2)

A chegada em Rochers-de-Naye

Na estação do topo tem um hotel com dois restaurantes e um parque chamado “Paraíso das Marmotas”. Este pequeno roedor, que só existe no hemisfério norte parece ter encontrado aqui em Rochers-de-Naye seu habitat perfeito, seu verdadeiro paraíso, já que aqui foi construído um parque somente para a criação e pesquisa e seus hábitos. Só que com o frio de hoje elas já estavam em suas tocas, preparando para a hibernação do inverno. E além do hotel é possível também se hospedar em Yourtes, uma reprodução fiel de cabanas mongóis para aqueles que quiserem passar pela experiência de dormir a 2.000 metros de altura. Existem trilhas que podem ser percorridas a pé, com diversos níveis de dificuldade, mas é recomendável sempre experiência prévia, pois aqui a neve e o frio são coisas sérias e ainda assim vimos muitos grupos chegando e saindo da montanha, cheios de equipamentos.

Os Yourtes de Rochers-de-Naye (1)

Os Yourtes de Rochers-de-Naye (2)

Os Yourtes de Rochers-de-Naye

Nas quatro semanas que antecedem o natal Rocher-de-Naye se transforma na casa de Papai Noel e milhares de crianças sobem aqui para visitar o velhinho barbudo. Para aquelas que se hospedam nos Yourtes um pacote especial permite que o Papai Noel em pessoa entregue presentes para as crianças numa visita surpresa (e realmente mágica) durante a noite. Os pais nem precisam se preocupar, pois podem dizer antecipadamente ao Papai Noel o que eles querem que seja falado para as crianças – um pedido especial do Papai Noel em pessoa, para que o menino seja bonzinho no ano seguinte certamente terá mais efeito.

Os panoramas daqui são realmente maravilhosos e nem o frio cortante e a neve que já devia ter seus 10 centímetros me afugentaram de ficar passeando e tirando milhares de fotos. É um passeio realmente imperdível.

Tem que enfrentar o frio para tirar fotos!

Tem que enfrentar o frio para tirar fotos!

Restaurante panorâmico, com vista para Montreux

Restaurante panorâmico, com vista para Montreux

Voltando da montanha almoçamos em Montreux antes de partirmos para a estação rumo a Genebra.

Estação Central de Genebra

Estação Central de Genebra

Mas não dormiremos nesta bela cidade às margens do lago, as em Divonne, já em território francês, mas a apenas quinze minutos de Genebra. Estamos hospedados no belo Château de Divonne, um dos charmosos hotéis da rede  Grandes Etapes Françises, que possui ao todo dez unidades neste conceito por toda a França.

Chateau Divonne, que fica na França, mas a 15 min. de Genebra

Chateau Divonne, que fica na França, mas a 15 min. de Genebra

Amanhã já partimos para Lyon no veloz trem TGV, onde iniciamos verdadeiramente a parte francesa de nossa jornada ferroviária.

Originalmente publicado no Blog PANROTAS em Viagem, em 19/10/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/10/19/na-suica-a-2000-metros-de-altura/

28/07/2010

Trens panorâmicos da Suíça, uma experiência emocionante


Tenho que admitir que não esperava me emocionar nesta viagem… na verdade não tão cedo. Sim, estou com uma grande expectativa para conhecer Paris, afinal de contas já estive na Europa dois anos seguidos e não conheço a “Cidade Luz” (e ainda tenho fresco na memória o comentário: “Se não for para Paris não pode dizer que foi para a Europa”), mas um dos trechos do GoldenPass que fizemos hoje na Suíça foi de arrancar lágrimas.

 

Niklaus Mani da GoldenPass

Niklaus Mani da GoldenPass

 

O GoldenPass é, na verdade, uma associação de “marketing e vendas” de três ferrovias diferentes, separadas por uma questão técnica: a distância entre trilhos, conhecida como bitola ferroviária. A rota Lucerna (Luzern) – Montreux é bastante conhecida e nem é tão longa, mas por diferença na bitola tem que ser feita por três trens diferentes, com baldeações nas estações de Interlaken e Zweisimmen, o que pode ser um pequeno transtorno para viajantes cheios de bagagens pesadas. Aqui fica a primeira e mais importante dica para viajantes de trem: só carreguem um volume (e mais uma bolsa de colo ou mochila) e mesmo assim, não muito pesada, já que na enorme maioria dos trens você carrega sua própria bagagem. “Testaremos um protótipo de equipamento no ano que vem e esperamos que em 2013 já tenhamos um trem que possa alterar sua distância entre rodas para poder circular em trilhos com diferentes bitolas. Assim, o mesmo equipamento poderá seguir o trajeto inteiro, numa viagem única de três horas”, diz Niklaus Mani, da área de Marketing da GoldenPass Line. “E o Swiss Pass, comercializado pela RailEurope é realmente o melhor jeito de aproveitar toda a malha ferroviária suíça, já que cobre todos os trechos e também o transporte público das cidades. Na GoldenPass só seria necessário pagar uma taxa extra para os assentos VIP do trecho Zweisimmen – Montreux”, completa. E estes assentos VIP são realmente especiais, já que ficam exatamente na frente do trem, sem nada mais entre o para brisas e o trilho. Segundo Niklaus, nenhum outro trem do mundo tem assentos como estes.

 

Nos assentos VIP não há nada à sua frente

Nos assentos VIP não há nada à sua frente

 

Saímos da Basiléia (Basel) pela manhã e logo chegamos a Lucerna para iniciar esta viagem panorâmica.

 

Estação Central da Basiléia – Basel BSB – na noite em que chegamos

Estação Central da Basiléia – Basel BSB – na noite em que chegamos

 

“Como a segunda classe dos trens já é muito boa, poucos pagam o adicional da primeira classe, mas estes vagões oferecem diferenciais interessantes”, comenta María Corinaldesi, da RailEurope. E ela está certa! Tem um vagão com vidros até o teto, oferendo muito mais espaço para visualização das belíssimas paisagens dos alpes suíços.

 

Uma breve parada em Lucerna – menos de meia hora para dar uma olhada na cidade

Uma breve parada em Lucerna – menos de meia hora para dar uma olhada na cidade

 

 

Vagão panorâmico com vidros até o teto: só na 1ª Classe

Vagão panorâmico com vidros até o teto: só na 1ª Classe

 

Em Interlaken fizemos a primeira troca de trens – malas para baixo e para cima – e começamos a subir os alpes. E logo na subida uma bela surpresa para alguns de nós, já que começou a cair uma neve fina.

 

A neve já começa a cobrir as estações

A neve já começa a cobrir as estações

 

A segunda troca em Zweisimmen é de precisão de relógio suíço, já são somente sete minutos entre a chegada do trem que em de Interlaken e a saída do que vai para Montreux – mas dá tempo e funciona tranquilamente! E este último trecho é o mais bonito e emocionante.

 

Troca de trens em 7 minutos: só na Suíça…

Troca de trens em 7 minutos: só na Suíça…

 

Chegando próximo a cidade de Gstaad – “uma das estações de esqui mais caras da Suíça”, segundo María – a vista dos Alpes, com montanhas e árvores já cobertas de neve em panoramas cinematográficos que se revelam aos poucos nas curvas da estrada é realmente de tirar o fôlego e de arrancar algumas lágrimas – pelo menos minhas. Fiquei realmente emocionado com a beleza de tudo isso e de poder ter a sorte de apreciar uma maravilha como essa.

 

A emoção é grande com a incrível vista dos panoramas alpinos

A emoção é grande com a incrível vista dos panoramas alpinos

 

O trem começa então sua descida a Montreux, o balneário da Riviera suíça muito famoso pelo seu festival de Jazz. Esta é nossa parada de hoje e conseguimos apreciar um pouco do clima da cidade ao visitar o bar “Harry’s”, filial do original nova iorquino, onde ouvimos uma ótima e eclética cantora que misturou em seu repertório uma versão jazz de “Billie Jean”, sua interpretação de “My Way” e até “Virtual Insanity” do Jamiroquai.

 

Harry’s Bar de Montreux – “Billie Jean” em levada jazz

Harry’s Bar de Montreux – “Billie Jean” em levada jazz

 

Agora vou descansar (escrevo este post às 00h30 no fuso suíço), pois amanhã vamos subir – de trem, claro – uma montanha de 2.000 m de altura, almoçar em Montreux, pegar um trem para Genebra e dormir na França.

Originalmente publicado em 17/10/2009, no Blog PANROTAS em Viagem:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/10/17/trens-panoramicos-da-suica-uma-experiencia-emocionante/

27/07/2010

Berlim – Uma visita nunca será suficiente


Estar de volta a Berlim foi uma bela surpresa para quem conheceu a (e se apaixonou pela) cidade há pouco mais de 3 meses – estive aqui de férias em julho deste ano, quando escrevi os posts: “Balada, balada, balada – em Berlim”, “Berlim de Bicicleta” e “Muro de Berlim: 20 anos depois, ainda com cicatrizes”. E a maior diferença foi em relação ao tempo – enquanto em julho aproveitei de bicicleta, inclusive, ótimos dias de sol, agora enfrentamos temperaturas sempre abaixo de 10ºC, frequentemente com chuva. Mas ainda assim pude me maravilhar com novas descobertas e rever locais interessantes nesta cidade que é uma das mais agitadas da Europa.

Berlim: Portão de Brandemburgo, a imagem do Euro alemão

Berlim: Portão de Brandemburgo, a imagem do Euro alemão

“Berlim é uma capital cheia de contrastes” diz Christian Tänzler, Relações Públicas da área de Marketing da Berlin Tourismus (www.visitBerlin.de). A cidade é uma terra de imigrantes, devido, principalmente às grandes colônias de russos, franceses e ingleses, resquício da ocupação pós-guerra, que convivem com alemães de diversas regiões do país, além de turcos, chineses e, é claro, brasileiros. “Costumo dizer que a cidade não chega nem a representar bem o que é a Alemanha devido ao grande mix de culturas e a mentalidade super aberta. É realmente uma cidade única”, concorda e completa Thomas Guss, Gerente Geral do hotel Marriot Berlim, estrategicamente localizado bem perto da Potsdamer Platz, onde ficamos hospedados.

Thomas Guss, Gerente Geral do Marriott Berlim

Thomas Guss, Gerente Geral do Marriott Berlim

E o hotel está construído literalmente sobre o muro, que na verdade não era só um, mas dois, com uma zona morta no meio, cheia de arame farpado, guardas e cachorros. “No dia seguinte à queda do muro, em nove de novembro de 1989, grandes empresas compraram os terrenos aqui da Potsdamer Platz e somente no final dos anos noventa as obras de construção destes imensos complexos foram concluídas”, explica Walter Rohr, guia do Turismo de Berlim que acompanhou nosso grupo numa caminhada nesta fria e chuvosa manhã na capital alemã. Walter se refere aos novíssimos prédios cuidadosamente concebidos para atender a todas as demandas de mercado – tem restaurantes, lojas, serviços, cinemas e residências, com uma arquitetura moderna que se tornou uma referência no skyline da cidade.

Árvores e fachada do Ritz Carlton iluminadas para o Festival das Luzes, perto da Potsdamer Platz, com o prédio da DB iluminado em destaque

Árvores e fachada do Ritz Carlton iluminadas para o Festival das Luzes, perto da Potsdamer Platz, com o prédio da DB iluminado em destaque

“Desde 2008 temos recebido crescentes demandas de brasileiros interessados em viajar para Berlim. Para mim a razão principal foi a boa imagem projetada pelas festas que fizemos aqui durante a copa de 2006. Acho que muita gente via aquilo tudo pela TV e começou a pensar ‘acho que visitar Berlim deve ser muito legal’. Espero que tenhamos um voo direto do Brasil quando o novo aeroporto da cidade for inaugurado em 2011”, diz Christian. O BBI – Berlim Brandemburg International está em construção na área sudeste da cidade e quando for inaugurado será o único em funcionamento, já que Tegel e Schonefeld serão fechados. Atualmente os brasileiros podem voar pela TAM para Frankfurt e pegar um trem para Berlim, em uma viagem que pode durar mais de quinze horas – onze voando e mais quatro de trem.

Chegando em Berlim – pegou sua bagagem?

Chegando em Berlim – pegou sua bagagem?

Berlim Hauptbahnhof

Berlim Hauptbahnhof

Christian comenta também que o Muro de Berlim ainda é referenciado como uma das principais atrações da cidade, apesar de apenas pequenos trechos dele estarem ainda de pé. “Temos o desafio de encontrar o equilíbrio entre a memória de algo que dividiu famílias, como a minha, e o futuro da cidade sem o muro. Chego a ficar arrepiado sempre que falo que durante anos eu e minhas irmãs ficamos impedidos de nos ver, já que uma era casada com um membro do exército soviético e outra com um inglês. A queda, há vinte anos, possibilitou nossa reunião após muitos anos separados”, completa.

Christian Tänzler, do Turismo de Berlim

Christian Tänzler, do Turismo de Berlim

Um dos trechos restantes do Muro

Um dos trechos restantes do Muro

Mas agora a cidade está em festa, com exposições e eventos por todos os lugares, da Alexander Platz à novíssima estação principal de trens, a Hauptbahnhof, onde chegamos de Frankfurt e já partimos para a Basiléia (Basel), na Suíça, nossa próxima parada. Na grande festa programada para o dia nove de novembro, crianças simularão a queda do muro com grandes peças como uma cadeia de dominós distribuídas no trajeto do muro, terminando no Portão de Brandemburgo, onde a queda da última peça acionará uma grande queima de fogos.

Nestes dias de outubro (de 14 a 25/10) a cidade está especialmente iluminada pelo “Festival das Luzes”, quando mais de cinquenta locais da cidade recebem iluminação especial e tours noturnos podem ser feitos de ônibus, barcos e até ciclo-táxis. Cerca de sessenta eventos estão previstos e os visitantes poderão votar pela Internet no hotel mais bem iluminado (www.festival-of-lights.de). Uma boa dica para apreciar este festival “de camarote” é o bar e restaurante Solar, perto da estação Anhalter Bahnhof do S-Bahn.

Bar e restaurante Solar, com sua bela vista da cidade iluminada

Bar e restaurante Solar, com sua bela vista da cidade iluminada

A cidade que teve quase dezoito milhões de pernoites registrados em 2008, com turistas alemães e do exterior não para de se recriar, renovar e se firmar como um destino cultural, com museus sendo abertos (o de Dali, perto da Potsdamer Platz, o Neues Museum, na ilha dos museus e o Palácio Schonhauser, um museu-castelo), grandes exposições (Bauhaus, no Martin Gropius e Bicentenário de Charles Darwin no Museu de História Natural), festivais anuais (musikfest e JazzFest) e novas atrações, como uma nova roda gigante, a única da Alemanha, com 185 metros de altura que será inaugurada em 2010 próximo ao Zoologischer Garten.

É, definitivamente, um destino a ser visitado, aproveitado e revisitado.

Hoje chegamos à Suiça, onde passaremos o final de semana visitando cidades em trechos panorâmicos de trem. O próximo post provavelmente será escrito nas “terras neutras” deste montanhoso país, certamente já vendo neve nestes frios dias do outono europeu.

Originalmente publicado no Blog PANROTAS em Viagem em 16/10/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/10/16/berlim-uma-visita-nunca-sera-suficiente/

21/07/2010

Frankfurt am Main


Frankfurt am Main

Frankfurt am Main

Um dos principais hubs de transporte da Europa – com seu movimentado aeroporto que tem voos para as principais capitais europeias – e da Alemanha, pelas conexões ferroviárias, Frankfurt já era considerado um entreposto comercial de grande importância desde a época dos romanos, que fundaram esta cidade às margens do rio Main.

Frankfurt Hauptbahnhof

Frankfurt Hauptbahnhof

Um dos destinos europeus da Tam, é aqui que começo esta jornada ferroviária pela Europa, a convite da Rail Europe, da própria Tam e com cobertura da GTA, nesta que é a primeira ação da Rail Europe com jornalistas brasileiros. “Muita gente faz confusão entre a Rail Europe e a Euro Rail, até pela semelhança do nome, mas a Rail Europe vende os passes Euro Rail, que têm uma grande cobertura nos paises europeus, mas tambem outros como o Swiss Pass, que utilizaremos nesta viagem, além de compra on-line dos produtos de trem da Europa, Ásia, América do Sul, África e Oriente Médio, e os serviços de reservas, necessárias em alguns trechos”, diz María Corinaldesi, representante da Rail Europe para a América do Sul, através do escritório da Argentina, em Buenos Aires. “E somos os únicos com site em português para atendimento do passageiro brasileiro”.

O primeiro desafio da Rail Europe, aberta há 10 anos, foi a consolidação do trem como um meio de transporte confiável, prático e que realmente concorre com o avião. “Este passo já foi dado e agora entendo que é importante trabalhar a marca Rail Europe separadamente do Euro Rail, que é apenas um dos produtos que vendemos”, completa María.

Frankfurt Hauptbahnhof - Vista Interna

Frankfurt Hauptbahnhof - Vista Interna

Voamos na Business Class da Tam, num dos novos Boing 777 da companhia, em uma cabine “privativa” que deverá ser transformada na primeira classe desta aeronave, como fez questão de ressaltar a acompanhante do serviço de atendimento especial da Tam em Guarulhos.

A longa viagem de 11 horas de voo não termina em Frankfurt, onde faremos apenas uma conexão ferroviária – do terminal do aeroporto até a estação principal Frankfurt HBF – partindo para Berlim onde passaremos duas noites.

O frio assusta um pouco – chegamos em Frankfurt com 6º C e a previsão para os próximos dias em Berlim apresenta mínimas de 0º C! Nossa jornada ferroviária passará ainda pela Suíça, França, uma escala para almoçar em Bruxelas, na Bélgica e termina em Londres daqui a dez dias.

Aguardem notícias e fotos especiais desta interessante viagem, nos próximos dias aqui no Blog PANROTAS em Viagem.

Business Class TAM: Poltronas

Business Class TAM: Poltronas

Business Class TAM: Jantar

Business Class TAM: Jantar

Business Class TAM: Sobremesa

Business Class TAM: Sobremesa

Jaime K. Scatena, Fotógrafo, especial para o Panrotas

Originalmente publicado no Blog Panrotas em Viagem, em 14/10/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/10/14/frankfurt-am-main/

12/07/2010

Paris oh là là – Parte 3


Musée D'Orsay

Musée D'Orsay

  • Musée D’Orsay: uma antiga estação de trens revitalizada e transformada em um dos mais interessantes museus do mundo, posso arriscar dizer. Sim, a Gare D’Orsay, construída em 1900 e utilizada até 1939, quase foi demolida nos anos 70, mas foi salva deste terrível destino e reaberta como museu em 1986. O prédio guarda as principais características do projeto original, principalmente a incrivelmente ampla e iluminada área das antigas plataformas, hoje repleta de esculturas, o belo relógio e os salões de chá – hoje um agradável restaurante e o de festas, com seus incríveis lustres e espelhos. O acervo cobre principalmente arte – pinturas e esculturas, além de peças de arte decorativa e móveis – do período entre 1840 e 1914. Entre as obras primas estão ‘Le Déjeuner sur l’Herbe’, de Manet, ‘Moulin de la Gallete’, de Renoir, além de obras de Van Gogh e Gauguin. Reserve algumas horas para visitar mais esta jóia às margens do Sena. Rue de la Légion d’Honneur, Metrô Solférino (linha 12) ou Musée D’Orsay (RER C); www.musee-orsay.fr.
La Defénce e Arco do Triunfo

La Defénce e Arco do Triunfo

  • La Défence: Paris tem pouquíssimos arranha-céus em seu grande centro, por isso a área oeste da cidade foi escolhida em 1957 para um novo empreendimento urbano, um dos maiores da Europa, com torres de escritórios, órgãos governamentais e um arco monumental, em estilo moderno e alinhado ao eixo do Champs Elysés.
    Grand Arche

    Grand Arche

    La Defénce é hoje uma atração por si só, com sua grande esplanada e o Grande Arche, que é grande o suficiente para se colocar a Notre Dame dentro dele. Ligada à cidade por metrô e trem (Linha 1,  ou RER A, estação La Defénce; aliás, com o seu cartão Visit Paris, zonas 1 e 2, La Defénce é inclusa), vale a pena tirar algumas horas para visitar esta área. Suba as escadarias do grande arco (que estava fechado à visitação quando estive lá, mas que oferece belas vistas da cidade) e preste a atenção no incrível alinhamento do arco com a mais charmosa avenida da cidade: dá pra ver, pequeno, lá ao longe, o Arco do Triunfo.

Cemetiere du Montparnasse

Cemetiere du Montparnasse

  • Cimetière du Montparnasse: esta é uma atração que não faz muito o meu gênero, mas ainda assim é bastante
    Cemetiere Montparnasse

    Cemetiere Montparnasse

    visitada. Nem o Cemitério de La Recolleta, em Buenos Aires, eu quis visitar, mas acabei dando uma volta neste, parisiense, onde estão enterrados os escritores Maupassant, Sartre e Beauvoir (estes dois juntos, na mesma sepultura), Samuel Beckett, Julio Cortazar, além do poeta Baudelaire, o escultor Brancusi, e o pintor e fotógrafo Man Ray. O cemitério é repleto de belas esculturas, mas já vou avisando que é bastante difícil encontrar as sepulturas dos famosos, mesmo seguindo o mapa com a indicação das lápides. Aberto diariamente das 8h30 às 17h30 e com entrada gratuita. Estações Vavin ou Raspail (linha 4).

Sartre e Beauvoir

Sartre e Beauvoir

  • Restaurantes:
  1. Le Pave, 7 rue des Lombards (01 44 54 07 20). Bem localizado, perto do Forum Les Hales, este restaurante serve belos pratos de comida francesa a preços justos. Não deixe de espiar o menu do dia, que oferece boas sugestões. Se o dia estiver agradável, peça uma mesa na rua e aproveite.
  2. Bistrot Beauburg, 25 rue Quincampoix (01 42 77 48 02). Este é para a pedida econômica, já que os pratos do dia custam entre 6€ e 8€, mas são bastante saborosos e de bom tamanho. Bem ao lado do Centre Georges Pompidou.
  3. Para os chocólatras, tem uma loja em Paris que vende um tal de “Chocolate Inalável”. Segui a dica de uma amiga amante do chocolate e fui lá experimentar. Pra falar a verdade, chega a ser estranho aspirar um negócio, como um apito plástico e, em seguida, sentir o sabor de chocolate na boca. Enfim, tem louco pra tudo! Le Whif, Le Labo Shop, 4 rue du Buloi. Aberto das 12h às 19h, fechado às quintas-feiras.
  4. Para a real experiência francesa, passe num mercado, compre algumas guloseimas e um vinho francês e se dirija às margens do Sena (a Port de la Tournelle, que já indiquei antes é perfeita) para um tradicional pic nic. Melhor ainda se for perto do pôr do sol.
Le Whif

Le Whif: o chocolate que se aspira

É isso aí. Com este post encerro minha série de dicas de viagem da Cidade Luz, que aprendi a apreciar e a amar – não um amor à primeira vista, como esperava, mas em parcelas, nas 3 vezes que estive na cidade nestes últimos tempos. E definitivamente vou voltar!

Pôr do Sol Parisiense

Pôr do Sol Parisiense

Para ver mais fotos de Paris, visite meu website fotográfico, em Paris << ©JKScatena Photography, ou clique no mosaico abaixo:

Paris: Mosaic

Paris << ©JKScatena Photography

10/07/2010

Berlim de bicicleta


Bike! Unter den Linden

Bikes! Unter den Linden

Sim, apesar da maior fama de cidade de bicicletas ser de Amsterdã, mesmo os holandeses gostam mais de pedalar em Berlim – enquanto a cidade holandesa é compacta e bastante movimentada, a alemã é também movimentada, mas muito ampla, com grandes avenidas, ciclovias e praças, além do trânsito organizado (german style), o que facilita muito o passeio. E não só o lazer, pois muitos berlinenses usam “a magrela” para se locomoverem praticamente de graça, por esta linda cidade europeia, tanto durante o dia, para trabalhar, quanto à noite, para sair para bares e “baladas”. Praticamente de graça? Sim, pois se quiser carregá-la nos trams (bondes) e no metrô é preciso um bilhete adicional. Fora isso, pedalar só vai custar umas calorias a menos.

De bike no Metrô

De bike no Metrô

Passando de bike numa parte preservada do Muro

Passando de bike numa parte preservada do Muro

Bikes da DB

Bikes da DB

Para mim foi uma grata surpresa, pois adoro pedalar, mas só conhecia esta fama de Amsterdã.

Consegui uma bicicleta emprestada (mas também é muito fácil alugar – até a empresa de trens DB, tem seu serviço de call-a-bike, o que também já existe nas estações de metrô em São Paulo, vale lembrar), um bom mapa da cidade, meus ipod e óculos escuros, reservei um bom fôlego e sai para um city-bike- tour.

Bike no Portão de Brandemburgo

Bike no Portão de Brandemburgo

No lado oriental (mesmo com a reunificação, ainda existe esta referência) é preciso cuidado e atenção redobrados, pois a roda da bicicleta encaixa direitinho nos trilhos dos bondes – que praticamente só existem deste lado da cidade – e aí o tombo é certo! Também vi alguns causados por celulares… não dirija e fale ao celular ao mesmo tempo.

Fora isso é só seguir as ciclovias, existentes nas principais avenidas, todas bem sinalizadas, e guiar como se fosse um veículo (afinal é um!), parando nos sinais/semáforos/faróis, dando a preferência aos pedestres – algumas ciclovias são nas calçadas – e tomando muito cuidado com os outros ciclistas, afinal são muitos: jovens e idosos, homens e mulheres, trabalhadores e executivos, pais com crianças na garupa e, é claro, grupos de turistas.

Um passeio divertido, saudável e barato. Aproveitem!

Jaime Scatena
Engenheiro, fotógrafo, especial para o Blog PANROTAS Em Viagem

Originalmente publicado no Blog Panrotas em Viagem, em 11/07/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/07/11/berlim-de-bicicleta/

09/07/2010

Estate at the Navilgi and the Aperitivi*


I’m living now on Milan’s south side, in a room I’ve rented from a guy who posted his advert in the website Easystanza.com (a nice suggestion for those looking for temporary residence in town), reasonably central, close to the XXIV Maggio Square and to my lessons, at Scuola Leonardo Da Vinci. And also nearby there’s a zone of Milan, the Navigli, that gets very busy during the summer.

Naviglio Grande

Naviglio Grande

As the very important city it was, Milan required a port to improve the commerce. During the 12th century construction began of the Grande and Pavese canals, the Navigli, which connects the Ticino River and the Maggiore Lake. I was told that there were several other canals all over Milan and that they were land-filled during the WW II to allow the transit of the war tanks, but also for hygienic reasons. I also heard that there’s a project for resurrecting them for the 2015 Milan World Exhibition. Anyway, nowadays there are only this two Navigli and the Darsena (that connects both).

Navigli_SuperGulp_Comics

Super Gulp! Comics

The Navigli zone is Milan’s bohemian quarter, filled with trendy shops – like “Punti di Visti”, (with beautiful cards, posters, signs) and SuperGulp! (a comics store). By dawn the local artists exhibit their work by the canals and bars and restaurants filling the streets with tables, chairs and sofas for the best bohemian tradition I’ve seen in ages, the Aperitivo. When you by a drink during the happy hour, usually from 18h30 until 21h00, you pay an extra – usually from 5€ to 10€ for a drink – but you can enjoy a full buffet with traditional finger food and sometimes even pizza and pasta, in a “all you can eat” policy. You can easily have dinner! All bars in Milan have the Aperitivo a real local tradition. I’d love if the bars around the globe also adopted this tradition…

Naviglio Grande

Naviglio Grande

I recommend the bar ¡Mas!, at the Naviglio Grande, with a amazing buffet, tables and sofas just by the canal and a competitive pricing policy. The first pint (San Miguel and, unfortunately not Foster’s, which reminds me London’s Soho) costs 8€, but from the second on, you pay only 5€ (yes, expensive, but that’s the regular price over here… another reason I miss Soho and the £3.30/pint!). Be careful because some new waiters may not includethe discount on the subsequent pints.

During August, the official Italian holiday month, Milan is a ghost (and hot!!) town with all the shops closed and the Milanese heading to the beaches. All you can do is head to the Navigli which stays busy during this month.

Naviglio Grande

Naviglio Grande

*Language Comment: in Italian the plural is not as in English, or even Portuguese, where all you need is an ‘s’ on the end of most of the words. Here the rule for masculine words, finished with an ‘o’, they get the plural form by changing it for an ‘i’; the feminine words, finished with an ‘a’, change for an ‘e’. So, you have a ragazza (lady) and many ragazze (ladies); a macchina (car) and two macchine; one ragazzo (guy) and several ragazzi (guys) etc. Of course you’ll find some exceptions. Anyway, this post’s title is about the summer (Estate) at the canals – Navigli (plural of Naviglio, canal) – Grande and Pavese and the (many) Aperitivi.

09/07/2010

Castelo de Praga


Vista do Castelo e da Ponte Karluv Most

Vista do Castelo e da Ponte Karluv Most

Novamente a dica é começar o passeio, logo pela manhã, pela Ponte Carlos. Digo isso porque durante a manhã o sol favorece as fotos da ponte com o castelo ao fundo e dá para tirar lindas fotos das estátuas de santos que existem em ambos os lados da ponte.

A ponte foi construída por Carlos IV em 1357, depois que a antiga foi destruída por uma enchente do rio Vltava (ou Moldavia, como alguns dizem). Aliás, em diversos prédios de Praga, principalmente perto do rio, existem marcas nas paredes do nível a que o rio chegou na enchente de 2002. Imagina o estrago, já que muitas casas e prédios tem também contam com instalações nos seus porões…

A subida ao castelo é um belo passeio pelas ruas da parte mais antiga de Praga. Recomendo uma caminhada rápida, deixando para conhecer Mala Strana na descida, após visitar o castelo, que é um grande complexo com diversos locais a serem visitados.

Os principais requerem a compra de ingresso, de dois tipos – short tour e long tour – o segundo com acesso a alguns locais a mais. Vale a pena também alugar o audio guide, que além de trazer todas as explicações dos locais visitados, dá isenção da enorme fila para a entrada na linda Catedral de São Vito, a primeira parada da visita (a entrada é gratuita, mas a fila é enorme mesmo!).

Repleta de vitrais magníficos, tumbas de reis, relíquias religiosas e a capela de São Venceslau, que guarda a coroa real da República Checa, a catedral é realmente admirável. Não deixe de ver a tumba de São Vito, toda de prata. Os primeiros sinais de ocupação da área do castelo são do sec. 9, mas ele foi reconstruído e completado pelos diversos monarcas checos ate o sec. 18.

Outros locais a serem visitados (e que também requerem ingresso) são o Palácio Real, com o monumental salão que serviu de mercado e até de palco para disputas de cavaleiros; a basílica e convento de São Jorge (patrono do meu Corinthians!!) e a simpática Golden Lane, um conjunto de pequenas casas do sec. 17, restauradas na década de 1950, e que abriga uma série de lojinhas de artigos como livros, vidros da boemia, armaduras (isso mesmo!) e outros souvenires. Na casa n. 22 Franz Kafka morou por alguns meses entre 1916/17.

Os jardins do castelo, de visitação gratuita, oferecem uma incrível vista da cidade. Reserve entre quatro e seis horas para a visitação, mas não esqueça que, no verão, o pôr do sol é às 20/21h e as igrejas e muitos outros monumentos e museus fecham às 18h, com o sol ainda alto.

Vista a partir do Castelo

Vista a partir do Castelo


Pátio de entrada do Castelo

Pátio de entrada do Castelo

Jaime Scatena

Engenheiro, fotógrafo, especial para o Blog PANROTAS Em Viagem

Originalmente publicado no Blog Panrotas em Viagem, em 11/07/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/07/11/castelo-de-praga/

08/07/2010

Praga – A encantadora Cidade Velha e suas passagens e galerias


Vale a pena começar o passeio de manha entrando na Cidade Velha pela Rua Karlova, ao lado da ponte de mesmo nome (Karluv Most). A vista da ponte, em uma limpa manhã de verão, com o Castelo de Praga ao fundo é de fazer o riso correr solto. Cuidado para não ficar maravilhado e pedir um café para aproveitar a vista no pequeno restaurante ao lado da ponte, pois seu double espresso sairá por Kc 120, algo como R$ 12 (como referência, o Starbucks da praça central, a poucos quarteirões, cobra Kc 55, muito perto do preço médio da cidade). Mais uma vez paga-se pelo algo a mais (a vista), mas um café pode esperar alguns metros e a vista continuará sendo maravilhosa.

Ponte Carlos (Karluv most) e com o Castelo de Praga ao fundo

Ponte Carlos (Karluv most) e com o Castelo de Praga ao fundo

Lição 1 de Praga: explore as galerias e passagens. Dá a impressão que é a entrada de um prédio comum, mas revelam lojas, restaurantes, jardins, igrejas e pontos turísticos no seu interior! Nem todas estão nos principais mapas… vale a pena dar uma de curioso.

Vista de Praga da Torre Astronomica do Klementinum – Cidade Velha (Stare Mesto)

Vista de Praga da Torre Astronomica do Klementinum – Cidade Velha (Stare Mesto)

Sabendo desta lição, entre na passagem que existe na Karlova e encontre o Klementinum, um grande complexo construído pelos jesuítas. A visita custa Kc 220 e dura aproximadamente 50 minutos e você conhecerá três lindos lugares: a Capela dos Espelhos, dedicada à Virgem Maria e com as passagens da oração (Ave Maria, cheia de graça …) retratadas no seu teto, além de um órgão que foi tocado por Mozart em uma de suas visitas a Praga; a biblioteca, com livros seculares impressos pelos jesuítas e globos também seculares, usados pelos astrônomos que trabalhavam na Torre Astronômica do complexo, que é o terceiro ponto e auge da visita. Do alto dela se tem uma vista 360 graus da cidade, com a possibilidade de fotos simplesmente fantásticas (em uma limpa manhã de verão). Por falar em fotos, o computador do meu Best Western é um tanto lento e ainda não consegui enviar sequer uma. Mas estou tentando e na primeira lan house disponível, enviarei.
Aproveite mesmo as limpas manhas de verão, porque o tempo costuma fechar durante a tarde, cai uma refrescante chuva e o tempo melhora de novo, permitindo um final de tarde – e começo de noite – muito agradável. Agora no verão o sol se põe perto das 21h.

Biblioteca barroca do Klementinum

Biblioteca barroca do Klementinum

Lição 2 de Praga: esta é a cidade dos concertos de música clássica. Praticamente toda igreja, capela, auditório e até sinagoga e museus têm uma intensa programação de concertos durante o verão, com repertório variando de Vivaldi a Mozart e Bach, mas também Gershwin. Geralmente começam às 19h e a compra de bilhetes no dia anterior ou até logo cedo na manhã da apresentação oferece descontos ou “upgrades”. Programe-se e aproveite!

Aliás, lembrando da Lição 1, a entrada da enorme Igreja de Nossa Senhora sobre o Tyn só é encontrada se você explorar galerias. E vale a visita – apesar de ser proibido tirar fotos. O altar e diversas imagens são dourados, o que é ressaltado pelo sol que entra pelas janelas lá no alto da construção. Para mim a visita foi mais interessante, pois ver a representação do Batismo de Cristo por São João, tendo voltado há poucas semanas de Israel, onde visitei exatamente este rio e fiz meu “batismo” em suas águas, é simplesmente mágico. O mesmo vale para as representações da Via Crucis, pois também percorri este caminho e toquei na pedra da Unção (estação 14), onde Cristo foi colocado e preparado para ser enterrado. Atenção, pois a igreja só abre de terça a sábado e fecha “ainda de dia”, as 18h.

Vista da Torre Astronômica: Castelo de Praga

Vista da Torre Astronômica: Castelo de Praga

Jaime Scatena

Engenheiro, fotógrafo, especial para o Blog PANROTAS Em Viagem

Originalmente publicado no Blog Panrotas em Viagem, em 05/07/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/07/05/praga-a-encantadora-cidade-velha-e-suas-passagens-e-galerias/

08/07/2010

Estate nei Navigli e gli Aperitivi


Abito adesso nella zona sud de Milano, in una stanza affittata da un ragazzo che ha messo un annuncio sul sito Easystanza.com (un bel suggerimento per chi cerca una residenza temporanea nella città), abbastanza centrale, vicino alla Piazza XXIV Maggio e dalle mie lezioni, nella Scuola Leonardo Da Vinci. Nelle vicinanze c’è anche una zona della città che è molto movimentata d’estate, i Navigli.

Naviglio Grande

Naviglio Grande

Milano, per essere molto importante, aveva bisogno di un porto per il commercio, quindi, nel secolo XII iniziarono i lavori di costruzione dei canali Grande e Pavese, “i Navigli”, che permettono il collegamento con il Fiume Ticino e il Lago Maggiore.  Mi hanno detto che Milano era prima piena di canali, però sono stati interrati durante la Seconda Guerra Mondiale per facilitare il transito delle macchine da guerra oppure anche per ragioni igieniche. Ho sentito dire anche che c’è un progetto di riaprirli per l’Expo 2015, che si terrà qui. Oggi restano appena questi due canali e la Darsena.

Navigli_SuperGulp_Comics

Super Gulp! Comics

Al giorno d’ oggi questa zona è il quartiere bohémien di Milano, con negozi di prodotti veramente originali – come la cartoleria Punti di Visti e il di fumetti Super Gulp!. Nel tardo pomeriggio gli artisti locali mettono le loro opere sui rive dei canali e bar e ristoranti occupano le strade con tavoli, sedie e divani per una delle migliori tradizioni bohémien che ho visto: l’Aperitivo. Quando si compra una bevanda nella fascia oraria dell’ “happy hour”, generalmente dalle 18h30 fino alle 21h00, si paga un può più che il normale – 5€ a 10€, a seconda del locale -, però si ha a disposizione un buffet pieno di cibi tradizionali e anche caldi; si può cenare facendo un aperitivo in alcuni locali.  Tutti i bar di Milano fanno l’Aperitivo, una vera tradizione locale. Sarebbe una bella idea se questa moda arrivasse a altre cittè!

Naviglio Grande

Naviglio Grande

Segnalo il ¡Mas!, con un bellissimo buffet, tavoli e divani sulla riva del Naviglio Grande e una soluzione di prezzo molto giusta. La prima consumazione costa 8€ (una birra alla spina, per esempio) però la seconda e le seguenti costano solo 5€. Occorre stare attenti perché alcuni dei camerieri, inesperti, possono dimenticarsi dello sconto.

Nel mese di Agosto, il mese ufficiale delle vacanze italiane, Milano è una città fantasma… tutti i negozi sono chiusi e i milanesi vanno al mare. Solo restano i Navigli, che rimangono agitati anche a Ferragosto; e io, che anche rimarrò in città.

Naviglio Grande

Naviglio Grande

05/07/2010

Estate nei Navigli e i Aperitivi*


Estou morando agora na área Sul de Milano, num quarto alugado de um cara que colocou seu anúncio no site Easystanza.com (boa dica pra quem procura uma residência temporária na cidade), relativamente central, perto da Piazza XXIV Maggio, e da minhas aulas, na Scuola Leonardo Da Vinci. E aqui perto tem esta área da cidade que fica super movimentada no verão, i Navigli.

Naviglio Grande

Naviglio Grande

Milão, pela sua importância, precisava de um porto para o comércio, então no século XII começaram os trabalhos para a construção dos canais Grande e Pavese, “i Navigli”, que permitem a ligação com o Rio Ticino e o Lago Maggiore. Me disseram que toda Milão era repleta de canais, mas que foram cobertos/enterrados durante a guerra para facilitar a passagem dos tanques e também por razões higiênicas. Também ouvi dizer que há um projeto de restaurá-los para a Expo 2015 (Exposição Mundial) que será aqui na cidade. Restam apenas estes dois Navigli e a Darsena.

Navigli_SuperGulp_Comics

Super Gulp! Comics

Hoje esta área é o bairro boêmio de Milão, com lojas de produtos originais – como a Punti di Vista, cheia de cartões postais, posteres e outras “cositas más” (Via Ripa Ticinese 55 ou Corso Buenos Aires, 75), e a de comics Super Gulp! (Via Ripa Ticinese, 50). No final da tarde os artistas locais expõem suas obras nas margens dos canais e os bares e restaurantes ocupam as ruas com mesas, cadeiras, sofás e poltronas, para a melhor tradição boêmia que vi em muito tempo, il Aperitivo. Ao comprar uma bebida no horário do ‘happy hour’, geralmente das 18h30 às 21h00, você paga um pouco mais que o normal – 5€ a 10€, dependendo do local – mas tem à sua disposição um buffet repleto de petiscos e até de comidas quentes. Todos os bares de Milão fazem o Aperitivo, que já é uma tradição por aqui. Seria uma boa idéia se essa moda pegasse em Sampa!

Naviglio Grande

Naviglio Grande

Minha dica de bar por aqui é o ¡Mas!, Ripa di P.ta Ticinese 11, com um belo buffet, mesas bem ao lado do Naviglio Grande e um esquema de preço que vale a pena. A primeira cerveja, por exemplo, custa 8€, mas da segunda em diante sai por 5€. Esta redução vale para todos os drinks, mas fique de olho, pois muitos garçons são novos e acabam não fazendo este desconto.

Durante o mês de agosto, o mês oficial de férias dos italianos, Milão é uma cidade fantasma… tudo fecha e os italianos rumam para as praias. Só restam i Navigli, que ficam agitados também durante este mês.

Naviglio Grande

Naviglio Grande

*Comentário linguístico: em italiano o plural não é como em português ou inglês onde, via de regra, se põe um ‘S’ e está tudo resolvido. Aqui, pela regra, palavras masculinas, terminadas com ‘o’, no plural terminam com ‘i’; as femininas, terminadas em ‘a’, no plural são com ‘e’. Então: una donna, due donne; una pizza, due pizze, una macchina, due macchine; un ragazzo, due ragazzi; un fatto, due fatti, etc. Claro que existem exceções… Quindi (então), o título deste post fala do Verão (Estate) nos Navigli, Naviglio Grande e Naviglio Pavese, e dos Aperitivi.

30/06/2010

Paris oh là là! – Parte 2


Mais algumas Dicas de Viagem de Paris, na França.
  • Montmratre / Sacré-Coeur: Paris é, em geral, bastante plana – o Arco do Triunfo está no alto dos Champs Elisés, mas a cidade não tem grandes colinas, como Roma ou Lisboa… Só Montmartre mesmo, com a basílica de Sacré-Coeur no alto, que pode ser vista de diversos pontos da cidade. A melhor maneira de chegar lá é pela estação Anvers, da linha 2. Saindo da estação, atravesse o Boulevard de Rochechouart, subindo a base da colina. No meio da subida já dá pra ver a bela basílica ao fundo, entre os prédios.
    Paris, Sacré-Coeur

    Paris, Sacré-Coeur

    Esta primeira vista é realmente marcante! Se você tiver muitos pecados a pagar é só encarar as escadarias e se os pecados forem realmente sujos, vá de joelhos. Mas se você, mesmo com os pecados e mesmo todos mais sujos, tiver seu cartão Paris Visite, gire à esquerda e use o Funiculaire de Montmatre…

    Paris-Sacré-Coeur-Eiffel

    Paris, Eiffel

    O bairro de Montmatre é muito artístico e vale a pena dar uma volta pelas pequenas ruas ao redor da basílica. Para os que gostam de estar nas alturas, a subida à cúpula de Sacré-Coeur é obrigatória, custa 5€ e inclui a visita à cripta sob a basílica. A subida é puxada e começa com uma escadaria fechada, até que se chega no telhado, onde há um trecho aberto para depois se chegar na cúpula, subir mais alguns lances e ser presenteado com a vista lá de cima, que é realmente magnífica!

    Paris-Sacré-Coeur

    Anjo, Sacré-Coeur

    Eu subi perto das 17h30… chegando no telhado os sinos da basílica começaram a tocar, convocando os fiéis para a missa das 18h00…os sinos, ouvidos de perto, com Paris a meus pés, num lindo dia de sol… foi realmente mágico. O interior da basílica, de entrada gratuita, não pode ser fotografado, mas é belíssimo e vale a visita mesmo para os não católicos. Na volta, como a linha 2 circunda a cidade, sem ir na direção do rio, talvez valha a pena descer na direção da estação Barbès-Rochechouart, da linha 4.

  • Notre Dame: A mais tradicional catedral da cidade e a mais impressionante obra gótica religiosa também, a construção fica na Ile de la Cité e a estação mais perto é a de trens (RER, linha B) St Michel, ou a do metró Cité (linha 4). Para visitar a catedral a entrada é gratuíta e para subir nas suas torres (o que eu não fiz) custa 8€. É claro que, como a maioria das atrações de Paris, as filas são gigantescas e não existe visita calma, já que o lugar fica lotado de turistas.

    Notre Dame

    Os enormes vitrais são magníficos – aqui sim, se pode tirar fotos – e o melhor horário para aprecia-los é no final do dia, com o sol batendo diretamente no da direita (pra quem olha o altar de frente). Não deixe de visitar as capelas, também aquelas na parte de trás do altar e tome cuidado, pois esta área fecha perto das 18h00 – eu fiquei maravilhado tirando fotos do vitral e acabei não visitando! Por outro lado, pude ver um pedaço da missa das 18h00, com uma homenagem aos veteranos da guerra e trechos cantados. Muito lindo! Saindo da igreja, passeie pela margem do Sena pela Place Jean XXIII, que tem áreas para crianças, uma bela fonte e até um coreto, onde às vezes artistas locais se apresentam.

    Missa na Catedral

  • Margens do Sena: bem diferente do Tâmisa, em Londres, às margens do Sena são praticamente todas acessíveis e se pode chegar bem perto do rio.

    Margens do Sena

    A explicação desta diferença de uso é que o Tâmisa tem maré: Londres não está muito longe do mar, mas o terreno é muito plano, então as marés oceânicas entram no estuário do rio e seu nível pode variar vários metros num mesmo dia, o que também é muito interessante, diga-se de passagem. O Sena, sendo estável (claro que em épocas de chuvas deve haver variações, mas não como o Tâmisa), permite este uso das margens como parques, todos muitíssimo agradáveis e repletos de locais (e turistas).

    Sena e Notre Dame

    Saindo da Notre Dame, atravesse a Pont de l’Archevéché e desça para a Quai de la Tournelle. Este breve passeio pelas margens, chegando na Pont de Sully é realmente agradável e, em alguns minutos, já se chega ao Instituto do Mundo Árabe, mais uma das belas de arquitetura moderna da capital francesa. Sua fachada, com uma estrutura metálica que lembra, ao mesmo tempo, os arabescos árabes e diafragmas de câmeras fotográficas, é um marco da arquitetura de Jean Nouvel, arquiteto francês que depois deste prédio ficou famoso. Voltando à Pont de Sully, ande até a Ile de St Louis.

    Instituto do Mundo Árabe

  • Ile de St Louis e o delicioso sorvete de Berthillon: esta pequena ilha é muito agradável. E, na rua principal da ilha, Rue St Luis en l’Ile, no número 29-31, tem a famosa sorveteria Berthillon. Na verdade aqui fica a sede principal, mas diversos pontos nesta mesma rua vendem os deliciosos sorvetes e as filas na rua são o sinal de que o sorvete é realmente muito bom, o que estou plenamente de acordo. Nota do tradutor: em francês, não se diz ‘sabores’ de sorvete, mas ‘parfum’… muito peculiar e francês, não acham?

    Sorvetes Berthillon, os melhores!

Próxima parada: Musée D’Orsay, La Défense, uma visita mórbida e boas dicas de restaurantes.

Para ver mais fotos de Paris, visite meu website fotográfico, em Paris << ©JKScatena Photography, ou clique no mosaico abaixo:

Paris: Mosaic

Paris << ©JKScatena Photography

 

 

16/06/2010

Paris oh là là! – Parte 1


Na primeira vez que estive em Paris o tempo não ajudou – “tentar se apaixonar por uma mulher aos prantos, com maquiagem borrada” – nem a falta de tempo livre – tinha cerca de 4 horas livres para passear. Deixei a cidade frustrado!

Le Seine

La Seine

Agora, em minha peregrinação européia de 2010 voltei a Paris e, desta vez, pude apreciar a cidade em belos dias de sol e calor, com bastante tempo livre para passear, conhecer os monumentos e museus, sentar em um café e curtir bastante.

Cheguei na cidade pela Gare du Nord, no Eurostar, vindo de Londres. Esta é uma dica importante para quem está viajando com bagagem pesada – pelo menos uns 40 kg em duas malas, uma delas bem grande: não se paga pela bagagem em trens! Como estou de mudança para a Itália, partindo de Londres, usar o trem foi a melhor pedida. E de Paris, embarquei num trem na Gare de Lyon para Milão.

Minhas dicas para Paris são:

  • Paris Metro

    Paris Metro

    Transporte: o metrô é uma boa pedida para cruzar a cidade em distâncias médias e longas, mas para distâncias curtas andar, curtindo a cidade e seus boulevares é o melhor a fazer. Compre um cartão Paris Visite em qualquer escritório de turismo ou em algumas das estações do metrô, com a duração de 1, 2, 3 ou 5 dias consecutivos. O cartão para as zonas 1 a 3 cobre toda a cidade e inclui ainda a área de La Défense e a basílica de Saint-Denis. Se você for chegar pelo aeroporto de Charles de Gaulle, o cartão das zonas 1-6 inclui também sua viagem para a cidade (que, separadamente do Visit Paris custa 8,50€ por trecho), além do castelo de Versailles, Disneyland Paris e alguns outros destinos. Parece um bilhete normal e deve ser usado como tal no metrô, nas linhas de trem RER dentro da zona de validade, nos ônibus e até no funicular de Montmatre. O cartão de 3 dias, para as zonas 1-3 me custou 20€. Só pra comparar, um carnet de 10 bilhetes custa 11€.

    Estação Cité

    Estação Cité

  • Metrô: o sistema é muito amplo e cobre praticamente toda a cidade. Mas é um tanto complicado de andar. Sempre achei interessante as diferentes maneiras de se “navegar” nos sistemas de diversas cidades, explico: em Nova York é sempre ‘Downtown’ ou ‘Uptown’, basicamente sul e norte, respectivamente; em Boston, você anda ou ‘Inbound’ (para o centro da cidade) ou ‘Outbound’; em Londres, na maioria das linhas, as direções são as da bússola – Central Line east ou west, Northern south or north etc. Mas em Paris é completamente diferente! Cada linha é numerada e colorida, o que parece bem fácil, mas você tem que descobrir a estação final e pegar o trem nesta direção. Ou seja, ao procurar seu destino no mapa, você tem ainda que seguir a linha até o final para descobrir a direção do seu trem. Por exemplo, pegar a linha 4, na Gare du Nord, direção “Porte d’Orléans”, para descer na estação Odeon. Ou a 1, na Concord, direção “Château de Vincennes”, para descer na estação Louvre-Rivoli (neste caso, definitivamente não faça isso, mas vá passeando pelos Jardins de Tuileries, que é bem mais legal). É um pouco complicado no começo e demora um pouco pra pegar o jeito. Ainda assim eu acabei pegando trens na direção errada! Última dica: você deve acionar uma alavanca ou apertar um botão para abrir a porta assim que o trem para na plataforma; faça isso logo que o trem estiver parando, pois eles ficam bem pouco tempo parados na estação.
Trocadéro & Eiffel Tower

Trocadéro & Eiffel Tower

  • Torre Eiffel: A maneira mais legal de chegar na torre é descendo na estação de Trocadéro do metrô. Você sai da estação, anda um pouco e dá de cara com a torre, linda, com Paris ao fundo, numa vista privilegiada do alto! É de cair o queixo. Tire umas fotos, desça andando até o Sena, atravesse a ponte e… entre na fila. Sim, é praticamente impossível escapar das filas… na verdade é definitivamente impossível.
    Trocadéro from Eiffel Tower

    Trocadéro from Eiffel Tower

    Mesmo para os ingressos comprados com antecedência, as filas são grandes para pegar os elevadores. Se você tem pique de subir escadas, a melhor pedida é procurar a fila do pilar Sul, através do qual você pode subir de escadas até o segundo nível, com uma fila bem menor que a dos elevadores, e de onde já se tem uma bela vista da cidade. Se tiver tempo de encarar uma outra fila, esta já no segundo nível, compre um bilhete neste andar para subir, agora só de elevador mesmo, até o topo da torre. Eu não tive tempo, e acabei curtindo somente o segundo andar mesmo, que já vale a pena! Neste nível, tire uns minutos para ver o filme no Cine Eiffel, uma montagem de fotos e cenas de filmes sobre esta bela obra de engenharia, que era para ser temporária – na Exposição Mundial de Paris -, recebeu inúmeras críticas quando estava sendo construída e acabou se tornando uma das principais atrações turísticas do mundo, recebendo mais de 7.000.000 de visitantes por ano.

    Musée du Louvre

    Musée du Louvre

  • Museu do Louvre: outro lugar onde é impossível escapar das filas. É lotado sempre! Diferente da maioria dos museus de Londres, aqui é possível tirar fotos, sem flash, o que eu adorei!
    Ne pas utiliser de Flash

    Ne pas utiliser de Flash

    O audio guia do museu é muito bom para ajudar a conhecer melhor as milhares de obras expostas, além de também explicar os movimentos artísticos e o contexto histórico . Se você pegou um, minha dica é seguir os tours.

    Louvre's Audioguide

    Louvre's Audioguide

    O de “Masterpieces”, ou obras primas, leva você, passo a passo, para conhecer as três obras principais do museu – a Vitória alada de Samotrácia, a Vênus de Milo e, é claro, a Mona Lisa; além de dar um panorama geral da história do museu.

    Venus de Milo

    Venus de Milo

    O guia é, literalmente passo a passo – ande até a escada, suba até o primeiro lance, vire a direita etc. Com música de fundo e explicações muitíssimo interessante das obras, salas e corredores do museu, é uma excelente opção para ter uma visão geral.

    Nem precisa falar que ver a Mona Lisa é uma luta… e, é verdade, ela é bem pequena. Depois que acabar este tour, você pode escolher um outro (são 3 ao todo) ou ir visitar seu artista preferido e sair andando, sendo maravilhado a cada sala, a cada passo.

    Sente (Louvre) - Rembrandt

    Sente (Louvre) - Rembrandt

    Os Rembrandts, por exemplo, estão na sala 32 da ala Richilieu.

    Vitória de Samotrácia

    Vitória de Samotrácia

    O ingresso vale para o dia inteiro – você pode entrar e sair a vontade, desde que esteja disposto a encarar a fila da inspeção de segurança a cada entrada. Comer nos restaurantes do museu não é muito mais caro (paguei cerca de 20€ por uma deliciosa lasagna e uma coca) e é bastante prático.

    The Mona Lisa

    La Gioconda

    E, é claro, conhecer a pirâmide de vidro de  I.M. Pei e as fontes que a contornam não custa nada e é uma delícia; venha andando pelos jardins de Tuileries, que é a maneira mais agradável de chegar no museu!

    Jardin des Tuileries

    Jardin des Tuileries

  • Georges Pompidou: o museu nacional de Arte Moderna.
    Georges Pompidou

    Georges Pompidou

    É um prédio que até causou impacto na sua inauguração, nos idos de 1977, já que é todo “modernoso”, com as tubulações e estruturas metálicas expostas, mas que hoje já nem causa tanta impressão assim. O que realmente impressiona é a vista da cidade que se tem do alto do edifício.

    Georges Pompidou

    Georges Pompidou

    E a melhor dica é essa: se você está cansado de museus, ou se Arte Moderna não é sua praia, vale a pena pagar 3€ para subir as escadas rolantes (externas ao prédio) até o topo para dar uma olhada na vista que se tem de lá. Entrando no museu, se pode visitar o acervo permanente – novamente fotos são permitidas, sem flash – e as exposições temporárias. Uma delas, Dreamlands (de 05/05 a 09/08), retrata o ambiente urbano sob pontos de vistas dos mais diversos. Uma discussão sobre a arquitetura de sensações, sonho e entretenimento que se espalhou pelo mundo no século XX. Cidades inventadas, paisagens adulteradas, o sonho EPCOT de Disney (que, depois de ser descartado, foi parcialmente transformado no parque da Flórida) e até o delírio urbano de Dubai.

    Não deixe de dar uma olhada nas fotos de Martin Parr, fotógrafo inglês que saiu por aí tirando todas aquelas fotos “cafonas” que se vendem nos pontos turísticos pelo mundo a fora. O acervo permanente do museu tem obras de Picasso, Brancusi (cujo ateliê também pode ser visitado no Centre Pompidou), Braque, Giacometti, Leger, Miró, Kandinsky etc. Não deixe de apreciar o contraste das obras com as vistas de Paris, já que as galerias tem enormes janelas de vidro e até mesmo terraços com esculturas.

Georges Pompidou

Georges Pompidou

Próximos posts: Sacre-Coeur, Notre Damme, Musée d’Orsay, sorveterias e restaurantes.

Para ver mais fotos de Paris, visite meu website fotográfico, em Paris << ©JKScatena Photography, ou clique no mosaico abaixo:

Paris: Mosaic

Paris << ©JKScatena Photography

19/05/2010

Somerset House & Courtauld Gallery


Este palácio, às margens do Tâmisa, no Victoria Embankment, que já foi casa de aristocratas, palácio real, usado pela marinha é hoje um dos mais interessantes centros culturais de Londres.

Somerset House

Somerset House

Seu pátio interno com a enorme fonte de Edward Safra, e que se transforma durante o inverno em um rinque de patinação no gelo, é um ótimo ponto para uma pausa numa tarde de verão.

Somerset House, Strand

Somerset House, Strand

O prédio mais perto do rio – originalmente às margens do Tâmisa – pode ser acessado pelo Embakment, através de um arco que era originalmente usado como entrada de barcos para o prédio. Seu terraço, repleto de mesas e cadeiras, oferece vistas diferentes do rio e dos principais pontos turísticos, como a London Eye e as Houses of Parliament.

Somerset House, Fountain

Somerset House, Fountain

A entrada é gratuita nas galerias deste prédio e visitas guiadas pelo seu interior também gratuitas são oferecidas às quintas-feiras e sábados, em dois horários – 13h15 e 15h15.

No prédio ao norte, com entrada pelo Strand, fica a Courtauld Gallery, com uma coleção de arte bastante diversa, que inclui peças de Botticelli, Cezanne, G. Braque, Kandisnsky, Gauguin, Van Gogh, P. P. Rubens, Degas, Monet, Renoir, C. Pissarro, pratarias inglesas do século XVIII e cassones fiorentinos do século XIV. Uma sala é dedicada à arte sacra, anterior a 1600 e vale a pena  ver as peças de marfim do século XIV, com entalhes e detalhes extremamente delicados.

Coleção de peças de marfim

Coleção de peças de marfim

Talvez a principal obra desta galeria seja “A bar at the Folies-Bergere”, pintada por Manet em 1881-82, que retrata uma garçonete no balcão de um bar, com o ambiente sendo refletido em um enorme espelho às suas costas. Todos os dias há uma pequena palestra sobre uma das obras do museu às 13h15 e no dia da minha visita uma estudante do Courtauld Art Institute falou exatamente sobre este quadro, ressaltando a enorme quantidade de diferentes interpretações que se pode extrair desta bela obra de arte. Estas palestras são gratuitas e a entrada na Galeria também é gratuita todas as segundas-feiras, das 10h00 às 14h00, exceto feriados.

Cristo, por Michelangelo

Cristo, por Michelangelo

Também no dia que visitei pude conhecer a incrível exposição de desenhos de Michelangelo, que apresentava rascunhos, estudos, cartas e poemas deste incrível artista renascentista. A exposição intitulada “O Sonho, de Michelangelo” girava em torno de um desenho específico – e magnífico, diga-se de passagem – que retrata um homem cercado pelos pecados mundanos, sendo acordado e resgatado por um anjo. Poder ver os traços originais de Michelangelo, em carvão sobre papel, com sombras e “sfumatto”; é simplesmente incrível. A exposição terminou no dia 16 de maio.

Caligrafia original de Michelangelo

Caligrafia original de Michelangelo

07/04/2010

Um final de semana em Dublin


Dublin, a capital da República da Irlanda é o principal destino turístico do país e uma pequena e agradável cidade para uma escapada de um final de semana, coisa que muitos europeus fazem.

Grattan and Ha'Penny Bridges

Grattan, Millenium and Ha'Penny Bridges

Cortada ao meio pelo rio Liffey, a cidade é compacta, o que possibilita belos passeios “pelo campo” a poucos minutos do centro.

Dublin's Castle

Dublin's Castle

As principais atrações de Dublin ficam na parte sul da cidade, onde se pode visitar o histórico Castelo de Dublin, o Trinity College, o belo parque St. Stephen’s Green e o bairro de Temple Bar, onde estão os pubs e clubes da cidade. A rua Grafton St. é um passeio legal também, e prático, pois liga Temple Bar ao parque St. Stephen’s Green.

Beweley's Cafe, Dublin

Beweley's Cafe, Dublin

Aqui fica um dos cafés mais tradicionais e charmosos da cidade, o Bewley’s (78-79 Gradton St), uma excelente sugestão para o café da manhã.

O país tem um turbulento passado religioso – razão da complicada e por muito tempo violenta divisão da ilha entre o norte protestante e ainda sob domínio britânico e o sul, católico, que forma a República da Irlanda – ainda assim outras atrações incluem a Catedral de St. Patrick, o padroeiro nacional cuja data, 17 de março, é comemorada com muita cerveja em todo o mundo; e a Catedral Cristã (ambas, pela descrição do meu guia de viagem, hoje protestantes).

St. Stephen's Green

St. Stephen's Green

Passear pelas margens do Liffey, admirando as belas pontes – principalmente a de pedestres Ha’penny – que cruzam o rio é uma bela pedida. Para os admiradores de arquitetura, a dica é conhecer os prédios de Four Courts e a Custom House.

Food Market, Meeting House Sq.

Food Market, Meeting House Sq.

Ao passear  pelo bairro de Temple Bar, não deixe de visitar o pequeno mercado de comidas que acontece todos os sábados na praça Meeting House Square. Nesta mesma praça fica a Gallery of Photography, de entrada gratuita. Na Cow’s Lane, também ao sábado, acontece um mercado de roupas e acessórios de designers locais. Bem perto fica o gostoso café/doceria “Queen of Tartes” (4 Cork Hill), que é um bom local para uma parada estratégica.

Cow's Lane Design Market

Cow's Lane Design Market

Para os apreciadores da famosa (e bem forte) cerveja escura Guinness, Dublin é o paraíso, já que é aqui que ela é fabricada e é possível visitar a cervejaria – a maior da Europa, que fica a poucos minutos do centro da cidade. Ao final do passeio, no alto do prédio, pode-se tomar Guinness de graça! Mas também se pode apreciá-la em qualquer pub da cidade. Recomendo o Front Lounge (33 Parliament Street) e, ao mesmo tempo, o Back Lounge (Exchange St Upper) – na verdade é um bar só, com entrada pelas duas ruas. Perfeito para pints no final da tarde e antes de uma das baladas.

Purty Kitchen

Purty Kitchen

Para a noite, não deixe de conhecer o Purty Kitchen (34/35 East Essex Street), uma balada com 4 pisos (não espere nada gigante, mas pelo menos é bem variado), com um bar no térreo e uma pista de dança no terceiro.

The Clarence Hotel

The Clarence Hotel

E, como já aprendi que o melhor hotel é mesmo o mais bem localizado, sugiro o The Clarence (6 Wellington Quay), que é um bom hotel com uma excelente localização, bem no meio de Temple Bar. Assim você pode beber Guinnes à vontade e ainda assim consegue voltar andando para o hotel. Fora que os donos são Bono e The Edge, da banda irlandesa U2.

Windmill Lane - U2's old studio

Windmill Lane - U2's old studio

Atualmente não há nenhuma atração temática relacionada à banda mais famosa da Irlanda, mas o local dos antigos estúdios do U2 é quase que um ponto de peregrinação. Para se ter uma idéia, a Windmill Lane é o único local da cidade onde o grafite é autorizado e há tanta pintura sobre pintura que as paredes desta pequena rua tem uma grossa camada de tinta, tantos são os visitantes que querem deixar sua marca por aqui.

Grafton St.

Grafton St.

Outra pedida legal para uma parada para um café é o Lemon Jelly (Millenium Walkway), do lado norte da cidade. O ambiente é muito agradável e o serviço excelente. Não confunda com o Lemon Jelly (sim, mesmo nome!) do lado Norte – 11 Essex Street East, menor mas também charmoso. Tá, vale a pena visitar ambos!

St. Stephen's Green

St. Stephen's Green

E, há menos de 30 minutos de carro do centro pode-se ter uma verdadeira experiência campestre visitando o Powerscourt Estate, a casa de campo de uma poderosa família local que foi transformada em um luxuoso centro de compras com restaurante e magníficos jardins, a poucos minutos da pequena e charmosa vila de Enniskerry.

Powerscourt Estate

Powerscourt Estate

Dublin pode não estar no roteiro da maior parte dos turistas que visitam a Europa, mas, certamente é uma visita muito interessante e agradável para um final de semana. Caso tenha interesse em estender a visita, a Irlanda oferece também outros cenários e cidades a pouca distância de Dublin.

Liffey River

Liffey River

Dublin's Airport

Dublin's Airport

31/03/2010

Good Food Market @ St. Katherine Docks


Good Food Market

Good Food Market

Good Food Market

Paella espanhola

Uma dica gastronômica legal e barata é aproveitar o “Good Food Market” que acontece todas as sextas no St. Katherine Docks, que fica bem ao lado da Tower Bridge e da Torre de London.

Good Food Market

Bacalhau à Gomes de Sá

Com barracas de comida de diversas nacionalidades – Ensopado Hungaro, Bacalhau à Gomes de Sá e crepes franceses, entre outros -, dá pra comer uma porção de bom tamanho a um preço justo, aproveitando o agradável ambiente destas antigas docas que foram transformadas em escritórios e residências.

Good Food Market

Ensopado húngaro

Aproveite a visita à Ponte e à Torre de Londres e almoce por lá.

Todas as sextas-feiras, das 10AM as 4PM, na bacia central das docas.

Good Food Market

Good Food Market @ St. Katherine Docks

29/03/2010

Um dia em Manchester


Manchester é a capital inglesa da revolução industrial e a pioneira no uso de trens. As principais atrações ficam na área central da cidade que é muito agradável para um passeio a pé.

Manchester Piccadilly Train Station

Manchester Piccadilly Train Station

Train Ticket London Euston - Manchester Piccadilly

Train Ticket London Euston - Manchester Piccadilly

Partindo da estação londrina de Euston, você chegará na cidade em pouco menos de duas horas e o bilhete – fora do horário de pico de Londres: você não deve partir ou chegar na cidade entre 7h30 e 11h00 – custa cerca de £64,00 ida e volta. Esta é a principal dica, pois apenas o bilhete de ida custa £62,00. O trem, operado pela Virgin Trains Network (aqui a Virgin opera em tudo, desde ferrovias a lojas para noivas, a Virgin Brides) são confortáveis e contam com vagões Standard e First Class, sendo que no segundo o uso de wi-fi é gratuito, além de contar com uma refeição a bordo e assentos reclináveis. O upgrade para First Class nos finais de semana custa £15 e pode ser feito diretamente no trem, com o Train Manager.

Manchester Piccadilly Gardens

Manchester Piccadilly Gardens

Chegando em Manchester, você desembarca na estação de Piccadilly, que fica perto da área central, a cerca de 5 minutos a pé. Desça em direção ao Piccadilly Gardens, uma grande praça recentemente reformada. Dali a dica é descer a Market Street, uma grande área de pedestres repleta de lojas.

Manchester Town Hall

Manchester Town Hall

St. Ann Square, Manchester

St. Ann Square, Manchester

Não deixe de visitar a prefeitura (Town Hall), com seu impressionante prédio na Albert Square. Outras atrações incluem a St. Ann Square, perto da igreja de mesmo nome, e a área do Triangle, um enorme shopping center construído mantendo a fachada de um prédio histórico. Atualmente há uma roda gigante nesta praça, mas é uma atração temporária.

Se tiver interesse, visite os museus da Ciência e Indústria, repleto de motores a vapor e outras máquinas, a Withworth Art Gallery, que tem em seu acervo obras de arte contemporânea e aquarelas do artista inglês Turner e a City Art Galleries, com arte britânica e pinturas italianas e francesas.

Manchester Shambles Square

Manchester Shambles Square

Manchester também tem um histórico importante na música eletrônica, meio que um berço do tecno nos nos 80. Vale a pena buscar informações a respeito se você curte este tipo de balada.

Rainbow @ Manchester University

Rainbow @ Manchester University

25/03/2010

Visitando Liverpool em um dia


Estive em Manchester para visitar uma amiga brasileira e conhecer o noroeste da Inglaterra e tirei um dia para visitar Liverpool, o que pode ser o suficiente para conhecer um pouco da cidade natal dos Beatles.

Liverpool's Lime St. Station

Liverpool's Lime St. Station

Chegando na estação de Lime St., saia andando na direção do belíssimo St. George’s Hall, um dos melhores exemplos de arquitetura clássica na cidade. Dê a volta no prédio admirando as estátuas de Albert e Victoria e desça em direção ao centro pelo jardim de St. John.

St. George's Hall's Lions

St. George's Hall's Lions

Victoria statue at St. George's Hall

Victoria statue at St. George's Hall

St. John's Gardens

St. John's Gardens

Pegue a Whitechapel St. para chegar na agradável área de pedestres do centro,  o lugar ideal para algumas compras, para passear e comer alguma coisa.

Whitechapel St. pedestrian area

Whitechapel St. pedestrian area

Junto à Whitechapel, dê uma volta pelo Cavern Quarter e não deixe de visitar o Cavern Club (e não o Cavern Pub!), o local de nascimento dos Beatles – não é o original, que foi demolido, mas uma réplica quase perfeita, construída até com os mesmos tijolos do original, mas alguns metros distante deste.

The Cavern Club, Liverpool

The Cavern Club, Liverpool

Fica na Mathew St e durante o dia pode ser visitado também por crianças, o que não é permitido durante a noite.

Liverpool One

Liverpool One

Passeie pelo Liverpool One, um grande shopping ao ar livre com muitas lojas, restaurantes, cinemas e até um parque. Lá fica uma das lojas oficiais do time de futebol de Liverpool.

Liverpool's Albert Docks

Liverpool's Albert Docks

Atravesse a Strand St. para chegar nas Albert Docks, junto ao rio, um empreendimento com escritórios, lojas e museus – uma filial da Tate e o museu Beatles Story – nas antigas docas. Muito charmoso!

Cavern Club @ The Beatles Story

Cavern Club @ The Beatles Story

O Beatles Story é um museu para os admiradores dos Fab Four. O audio guia é impecável e as reconstruções de locais como o Cavern Club, os estúdios de Abbey Road e até um Submarino Amarelo certamente irão divertir e emocionar os amantes da banda de rock mais famosa de Liverpool (ou até do mundo!). A loja de souvenires também vale a visita. A famosa Penny Lane é um pouco longe do centro da cidade, mas pode ser alcançada de ônibus muito facilmente.

The Beatles Story @ Albert Docks

The Beatles Story @ Albert Docks

02/02/2010

Dica Rápida – Almoço legal em Londres


Mosaico Heddon Street

A área em torno da Regent St. é uma das mais famosas para compras na capital inglesa, se não uma das mais charmosas do mundo. A concentração de lojas de luxo por metro quadrado é de deixar qualquer um maluco e a diversidade também surpreende, já que ao lado de uma tradicionalíssima loja de perfumes, como a Penhaligon’s, tem uma magnífica loja da National Geographic, com tudo para viagens e viajantes. Alguns metros depois tem a também tradicional Burberry, com seus trenchcoats e a alguns passos dali está a Carnaby St., com lojas onde se encontra tudo que está na moda (ou que estará daqui a algum tempo).

Como explorar tudo isso dá fome, a Dica Rápida de hoje (a primeira de uma série) é a Regent St. Food Quarter. Sim, uma “praça de alimentação”, mas ao estilo londrino, é claro! Situado na Heddon St., bem perto do Piccadilly Circus – já quase na “curva” da Regent St., uma rua que faz um “U”, começando e terminando na Regent, é um quarteirão com diversos restaurantes e cafés, todos bastante interessantes e super bem frequentados, tanto na hora do almoço quanto para um happy hour e/ou jantar.

Para um almoço saudável vá até o charmoso Tibits, (12-14 Heddon Street), o primeiro restaurante a quilo de Londres, que serve diariamente pratos bastante diversos e saborosos, privilegiando alimentos orgânicos em seu cardápio.

01/02/2010

Deu no NYT – 36 horas em Buenos Aires


O jornal americano The New York Times, um dos mais conhecidos  e influentes da América tem uma coluna semanal em seu caderno de viagens intitulado “36 horas em ______”, que dá dicas para um final de semana curto em alguma cidade do mundo.

A última, publicada no dia 31 de janeiro, fala de Buenos Aires e vou repassar aqui algumas dicas desta coluna.

Buenos Aires - Mosaico

Buenos Aires - Mosaico

A abertura do texto está em uma tradução livre e para as dicas propriamente ditas, usarei textos meus a partir do original da coluna. Ah! E, exceto quando indicado, as fotos são minhas.

Obelisco da Av. Nove de Julho

Obelisco da Av. Nove de Julho

“A história contemporânea argentina é um montanha russa de sucessos e fracassos econômicos, um cenário para novelas políticas. Mas atravessando estes altos e baixos uma coisa se manteve constante: a graciosa elegância e o charme cosmpolita de Buenos Aires. Esta charmosa cidade continua a atrair amantes da gastronomia, loucos por design e festeiros, com sua agitada vida noturna, estilo super “pra frente” e a favorável taxa de câmbio. E mesmo com a incerteza da econômica, a energia criativa e o espírito empreendedor dos porteños (como são conhecidos os habitantes locais) permanece, é só ver a crescente lista de espaços para artes, butiques, restaurantes e hotéis.”

A primeira dica é de uma galeria de arte que apresenta somente arte de rua e um impressionante mural que decora a fachada externa da Hollywood in Cambodia. Tem até um tour pelos Graffitis da cidade, com a Graffitimundo. Uma dica de loja é a Nobrand (uma corruptela da frase em inglês No Brand, ou ‘Sem Marca’), que reinventa produtos argentinos com um toque de cartoon.

El Ateneo de la Av. Santa Fe

El Ateneo de la Av. Santa Fe

Outra dica se aproveita da música ao vivo na vida noturna de Buenos Aires e indica um jazz club, o Thelonious Club.

Para um tradicional jantar à meia noite – hábito típico porteño – a recomendação do NYT é o intimista Tegui, uma adição interessante ao cardápio de restaurantes “escondidos” da cidade.

Já para o almoço do dia seguinte, a dica é a churrascaria (parilla) Miranda, que junta uma decoração legal e equipe “hipe”, mantendo a parrilla bem tradicional, sem frescuras.

Mais uma dica de arte é visitar o museu do artista surrealista argentino Xul Solar, com 86 de suas obras, que incluem desde cartas de tarô a um piano com teclas colorido

Banda de rua no Mercado de San Telmo

Feria de San Telmo, Buenos Aires/2008

Pra fechar a lista, a coluna indica ainda a casa noturna Tequila, as lojas Zavaleta Lab e Niño Bien e até uma operadora de turismo que oferece passeios a jogos de futebol, com guias bilingues e tudo (Go Football).

Para mais informações, aqui tem o slide show do NYT e também um mapa com as dicas da coluna.

Da minha parte, recomendo sempre um passeio pelo belo Puerto Madero, a Livraria El Ateneo e o mercado de San Telmo (este só aos sábados), meus locais preferidos de Buenos Aires.

15/09/2009

Surpresa em Salzburg – Hangar 7


Originalmente postado em 05/09/2009 no:

Surpresa em Salzburg – Hangar 7

Esta inusitada – para mim completamente inesperada! – atração é da “parte nova” de Salzburg (pessoal, estou pulando as dicas de Roma, que estão quase prontas, para mandar alguns posts em “real time” aqui da Áustria… mas não se preocupem, que tenho dicas bem legais da Cittá Eterna), se distanciando do padrão cultura-música clássica-Mozart já bastante conhecido (e de que trataremos depois).
Poucos sabem que o dono da marca de bebidas energéticas Red Bull mora aqui em Salzburg e que adora aviões (e tudo mais de radical, mas aviões é uma paixão pessoal), tanto que tem sua própria coleção de aeronaves. E para abrigar seus “mimos” construiu dois hangares, um para manutenção, o Hangar 8, e outro, o Hangar 7, que é um misto de museu aéreo e galeria de arte, com bares e um restaurante, na área do aeroporto de Salzburg, W. A. Mozart.
A estrutura é impressionante, toda de metal e vidro, supermoderna e de ótimo bom gosto, projetada por um arquiteto austríaco, o mesmo que está projetando a nova sede corporativa da Red Bull, nos subúrbios aqui de Salzburg. O Hangar 7 tem no piso térreo a área de exposição de aeronaves, que é rodeada por uma galeria de arte (HangART-7). No alto tem um bar, suspenso bem no topo da estrutura, com piso de vidro, chamado Threesixty (360), mas também conhecido por Sky Bar pelo pessoal daqui, aberto ao público todas as noites.
Na galeria de arte contemporânea HangART-7 as peças ficam suspensas em grande painéis que lembram asas de aviões – três vezes ao ano toda a exposição muda, com a proposta de ser uma plataforma inovadora para artistas “emergentes” de algum país ou cidade do mundo – atualmente são oito italianos.
Outro bar, Carpe Diem Louge Café no térreo, é mais tradicional e serve todos os produtos da marca (além do energético que temos no Brasil, eles têm aqui uma bebida chamada Simply Cola – a versão deles da Coca Cola -, três com sabores exóticos e um tipo de água gasosa também com sabor), além de cafés, drinques e petiscos (finger food).
Já o bar Mayday, no primeiro piso, além da vista privilegiada, é todo high-tech, com garçons e aviões virtuais animados que interagem com os copos e itens colocados sobre o bar. Conta também com um Cigar Louge com confortáveis poltronas de couro, além de uma decoração caprichada para os fumantes.
O restaurante Ikarus tem uma programação com chefs convidados que vêm ao Hangar 7, preparam um menu especial, ensinam a preparação para o chef executivo local e sua equipe e depois vão embora. Durante todo o mês este ménu é servido e no mês seguinte chega um novo chef com outras receitas. Em novembro todos os chefs do ano retornam para um evento especial (para um público seleto, com arrecadação de fundos para causas sociais) num jantar de 13 pratos! O brasileiro Alex Atala participou da seleção de 2006 e a lista de 2010 está sendo guardada a sete chaves!
E, como os aviões participam de shows aéreos por todo o mundo (já passaram pelo Rio de Janeiro) e também passam por manutenções – todos estão em condições de voo, mesmo aqueles das décadas de 1930 e 1940, restaurados e, em alguns casos, reconstruídos – todo o local está sempre em constante mudança. Os aviões mudam, o menu do restaurante e a HangArt também. Faz parte da filosofia da marca de “ser a energia por trás da mudança”. E o público pode voltar várias vezes e ver sempre coisas novas.
Os bares e o restaurante são abertos ao público geral mas, para o restaurante – noites e finais de semana principalmente – é necessário enfrentar uma fila de reserva entre quatro e seis semanas. O local não recebe grupos turísticos, privilegiando os visitantes individuais e famílias e é muito frequentado por viajantes com algum tempo livre antes de seus voos no aeroporto, que é muito pró0ximo. E, é claro, pelo público descolado de Salzburg!
Alias, se quiser chegar com seu jato próprio – o que ocorre com certa regularidade, principalmente durante o anual Festival de Salzburg – é só entrar em contato com a equipe do Hangar 7, que providencia todo o trâmite com a torre de controle do aeroporto, o local de estacionamento em área própria deles, além de eventuais reabastecimentos e manutenções.
O lugar é uma surpresa. E um show.
Jaime Scatena
Fotógrafo e engenheiro
Especial para o Blog PANROTAS Em Viagem
PS Como há restrição para fotógrafos, as fotos aqui usadas são do site do Hangar 7