Este é um dos e-mails que enviei para os participantes do meu Grupo de Estudos em Fotografia, com referências dos fotógrafos que falamos em nossa conversa semanal.
Aproveite!
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Arte | Fotografia | Viagens | Pensamentos | Curiosidades | JKScatena©
Este é um dos e-mails que enviei para os participantes do meu Grupo de Estudos em Fotografia, com referências dos fotógrafos que falamos em nossa conversa semanal.
Aproveite!
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“Eu vou para a rua para educar meus olhos e também para sustentar o que os olhos precisam – meus olhos famintos, e meus olhos são famintos”
Walker Evans, 1903-1975
A primeira coisa que nos interessa sobre fotógrafos são os problemas fotográficos que o trabalho deles nos apresentam, resolvem e reformulam, e também aqueles problemas que acabam por derrotar os fotógrafos.
Acesse a apresentação clicando na imagem abaixo | See the presentation clicking on the image below.
The Photographed Body | Fotografando o Corpo – ©JKScatena/2013
JR era apenas mais artista de rua que colocava seu nome em spray pelas ruas de Paris, até que ele decidiu começar a colocar a face de outros, seus rostos, impressos em tamanho grande, como lambe-lambe por uma causa maior.
Em 2006 ele criou o projeto “Portrait of a Generation” (Retrato de uma Geração), como uma reação aos distúrbios que atingiram a periferia de Paris no ano anterior. JR produziu retratos dos jovens que viviam nos suburbios da cidade. Estes retratos foram, então, aplicados ilegalmente nas paredes do “Espace des Blancs Manteaux“, no bairro parisiense do Marais (na zona central da cidade); a idéia era confrontar as pessoas com retratos de pessoas que só eram vistas ‘às margens’ da sociedade.
A idéia repercutiu e as fotos foram expostas na Maison Européenne de la Photographie em Paris, em Manhattan, NY, e até na Tate Modern de Londres.
A oferta cultural de Nova York é praticamente inesgotável. Fora os inúmeros museus da cidade que têm fotografia em seus acervos – Metropolitan e MoMA, por exemplo, há o International Centre of Photography – ICP (onde estou estudando novamente) e ainda uma quantidade imensa de galerias de arte voltadas para a fotografia.
Resolvi seguir as dicas da TimeOut NY, que criou uma publicação com as 10 exposições fotográficas imperdíveis e vou publicar nas próximas semanas minhas impressões sobre elas. Eu até criei um mapa para me ajudar a navegar neste mar de galerias.
“A Fotografia é uma jornada, uma bem pessoal que pode somente ser apreciada e plenamente entendida pelo próprio fotógrafo.
Esta jornada tem seu próprio ritmo e não pode ser nunca empurrada ou forçada.
Às vezes há a ânsia de se documentar obsessivamente, às vezes é a busca da imagem perfeita que refletirá seu estado e suas emoções naquele momento, como capturar um pedaço do Nirvana para acalmar seu dia-a-dia”
Tenho sido inspirado pelo trabalho da Francesca Woodman há muito tempo, desde a primeira vez que vi uma exposição com suas fotografias em Milão.
Com a florada do ipê amarelo lá de casa veio mais uma inspiração e recriei, com minha própria linguagem, sua obra “Untitled” (Providence, Rhode Island, 1976). Ela dizia que se retratava por considerar a si própria a melhor modelo, mais barata e disponível o possível.
O “amarelaço” do ipê me inundou e fiz um monte de fotos das flores, na árvore, pela rua… Até que resolvi recolher algumas…
After Woodman, Jaime Scatena, 2012
Transcrição das anotações pessoais da palestra do Eder Chiodetto no dia da abertura das inscrições do Prêmio Brasil de Fotografia, 10/04/12.
Para saber mais sobre o prêmio, clique aqui: Prêmio Brasil de Fotografia 2012.
O mercado de arte muitas vezes parece tão insano quanto o mercado financeiro, até porque partilham conceitos semelhantes.
Este texto é bastante esclarecedor a respeito da recente venda da fotografia Rhein II, do fotógrafo alemão Andreas Gursky, vendida por mais de US$ 4 milhões nesta semana.
Gostei muito da parte que fala da expectativa do senso comum de que a fotografia (ou qualquer outra obra de arte) tenha que ter “beleza” – uma beleza que corresponda a seu valor em dinheiro.
No caso, aqui, o que vale não é a beleza da obra, mas seu contexto na arte contemporânea e na linha de trabalho de Gusrky.
Pra pensar.
A fotografia de Gursky não é decorativa, ela não é produzida para enfeitar paredes. Assim como a fotografia do casal Becher e tantos outros fotógrafos serialistas e conceituais. Suas fotografias são rigorosos estudos formais do mundo contemporâneo que desnaturalizam a paisagem do capitalismo contemporâneo e colocam o expectador diante da imagem de seu próprio tempo . E como é possível verificar em muitos de seus trabalhos, seu rigor formal também produz espanto e, porque não, alguma forma de beleza, que é o que se espera das obra de arte intensas.
Estou lendo um excelente livro (O Instante Contínuo, de Geoff Dyer) e, na leitura da tarde de hoje passei pelos comentários sobre as fotos “Equivalentes” do Stieglitz, o que me inspirou a criar este pequeno ensaio.
Segundo Dyer: “As fotografias de nuvens feitas por Stieglitz eram,nas palavras do próprio fotógrafo, manifestações ‘de uma coisa que já tomava forma dentro de mim’. (…). ‘Eu queria fotografar nuvens para descobrir o que havia aprendido, durante quarenta anos, sobre fotografia. Expor, através de nuvens, minha filosofia de vida – mostrar que minhas fotografias não eram resultados de conteúdo'”.
Nos meus passeios pra buscar imagens interessantes pra mostrar para o pessoal da Semana de Arquitetura da Unicamp eu encontrei este site, que fala um pouco deste interessante artista britânico.
Gosto muito das suas pinturas – já até fiz trabalhos inspirado nele – mas as fotomontagens, colagens, ou ‘joiners’, é o tipo de trabalho que realmente mexeu comigo da primeira vez que tive contato com seu trabalho, no Museu de Fine Arts de Boston, em 2007.
Este link abaixo mostra alguns outros trabalhos do Hockney, aqui tem o link da Wikipedia sobre ele e este é o site oficial dele.
David Hockney is one of British well-known artists that I have found very inspirational with one of my finals (collage). I really like his photo collage art works, (called ‘joiners’), which are a series of individual photographed details that create a complete image. Hockney’s photographic collage examines the relationship between image/reality and space/perspective. “I’m interested in all kinds of pictures, however they are made, with cameras, with paint brushes, with computers, with anything,” said Hockney. “All of them are artifice—technology alters the way you make pictures.”
Não tenho o hábito de ler obituários. Nem vou discutir a respeito.
Mas vou render homenagens a um profissional que, com seu trabalho, ajudou a criar a mítica Aura que existe em torno da minha banda favorita, os Beatles.
Achei legal que o texto apresenta esta tal “capa dos açougueiros”, uma que não chegou a ser realmente utilizada, pois acharam que era de mau gosto. Eu gostei!
Descanse em paz, Robert Whitaker (1939 – 2011)
His most talked-about work was one that most people never got to see when it was released: a photograph of the Beatles on an album cover that was quickly pulled from public view. Known in Beatles lore as the “butcher cover,” it showed the Beatles, wearing white butchers’ coats, festooned with chunks of raw meat and dismembered dolls. John Lennon, George Harrison and Ringo Starr are smiling; Paul McCartney’s mouth is agape. (…) It was their only record to lose money for Capitol. Still, it rose to No. 1 on the music charts by July 30 and stayed there for five weeks.
via Robert Whitaker, the Beatles’ Photographer, Dies at 71 – NYTimes.com.
Mais uma dica excelente do Creative Review Blog, agora sobre uma intersecção interessante entre filme e fotografia, em um trabalho do fotógrafo e filmmaker canadense Ryan E. Hughes, que usa 48 máquinas fotográficas simultaneamente!
Canadian filmmaker and photographer Ryan Enn Hughes’s 360 Project uses 48 cameras arranged in a circle and triggered simultaneously to explore the crossover between still and moving image
Achei este fotógrafo inglês, John Blakemore, através de um post do blog da Creative Review sobre um livro de fotografias e descobri que ele está expondo em Londres até dia 14/10, na Hoopers Gallery.
Suas fotos são de flores, mas gostei mesmo da abordagem que ele faz a respeito das montagens a serem fotografadas – as natureza mortas – e como a decisão por usar este processo criativo influenciou em seu conhecimento da própria fotografia.
The activity of picture making also made it necessary to extend my use of the photographic process as I imagined different photographs, different print tonalities, and had to discover the means to realise them.
Someone asked me recently how i knew when a piece of work was finished. I know it when the making of a photograph is no longer necessary, the moment of recognition, the acknowledgement of subject occurs, but to look is sufficient.