Posts tagged ‘Inglaterra’

07/10/2010

Passeios legais em Londres


Mais dicas de Londres (originalmente publicado em 2009, com comentários atualizados)

  • National Gallery: é um paraíso para quem admira pintura. Rembrandt (para suas pinturas, minhas favoritas, vá direto à sala 24), Van Gogh, Ticiano, Vermeer, enfim, todos os mestres e com entrada gratuita. Então você pode entrar, ver uma parte, talvez seus prediletos e sair. Voltar outro dia, das mais uma olhada e sair. Entrar novamente, pois teve uma dúvida ou ficou curioso sobre alguma coisa… e sair. Sem pagar nada. Importante: doações são encorajadas, até para manter a visitação do acervo de graça. E além do acervo, aqui algumas das exposições temporárias também não têm custo e vale a pena dar uma espiada no cinema que há na ala Sainsbury (prédio anexo), pois são apresentados filmes sobre os pintores – como um sobre o Caravaggio que assisti nesta semana. Além fato dela estar na Trafalgar Square… ficar observando o movimento, sentado nas escadas ou junto à Nelson’s Column já é um passeio!
London: National Gallery at Trafalgar Sq

National Gallery, que fica na Trafalgar Square, vista da base da Nelson's Column

  • Greenwich Park: um lindíssimo passeio! Se você tiver tempo e disposição, pegue a Jubilee Line até o Canary Wharf – um empreendimento moderno, com arranha céus, praças e fontes, na área das docas do sudeste da cidade – e vá caminhando, ao longo do Tâmisa, para os Island Gardens.
    London: Pedestrian Tunnel below the Thames River

    Eu, no túnel sob o rio

    Atravesse o rio andando (?!?) por um túnel para pedestres construído em 1902 para chegar a Greenwich, um lugar que é um descanso da loucura e agitação de Londres! No Old Royal Naval College, projetado pelo Sir Cristopher Wren, o mesmo da Catedral de Saint Paul, visite o Painted Hall (com suas “colunas falsas”, teto e paredes completamente decorados com pinturas) e a Capela, antes de rumar para o topo da colina onde está o famoso Royal Observatory – o marco zero de latitude da terra, o meridiano 0º. Dica importante: a última entrada no observatório é as 16h30 e a estação da Jubilee Line de “North Greenwich” atende à O2 Arena (antigo Millenium Dome), e é longe deste parque.

    London: Greenwich, Royal Naval College

    Parada para aproveitar o sol, no Old Royal Naval College

    Para o Greenwich Park, use o DLR, que tem a estação Island Gardens bem perto do túnel sob o rio – uma alternativa se não quiser/puder vir caminhando de Canary Wharf. Na volta, depois de visitar o observatório, aproveitar a incrível vista panorâmica da cidade, tirar fotos no marco do Meridiano 0 e fazer compras na lojinha de souvenires, desça a colina e passe pelo centrinho comercial de Greenwich antes de embarcar na estação Cutty Sark (o whisky? sim e não, um antigo navio que fica ancorado aqui, aberto a visitação, mas ainda fechado para reforma – veja a situação atual aqui) do DLR, em direção a Central London.

London: Canary Wharf

London: Canary Wharf

London: Painted Hall, Old Royal Naval College

Painted Hall do Old Royal Naval College

  • Barbican: um empreendimento imobiliário inspirado nos conceitos do arquiteto Le Corbusier, é outro lugar que merece ser visitado.
    London: Barbican fountain

    London: Barbican

    Um conjunto de torres residenciais, comerciais, centro de artes, escola (para meninas), lagos e praças, junto às antigas muralhas da City of London. Passear por suas passarelas (high walks), aproveitar o sol (quando tem!) nas praças e junto aos lagos é um passeio super agradável. O Museu de Londres, que conta a história da cidade, desde a pré-história, passando pela ocupação romana e a Londres medieval – além de uma exposição sobre o Grande Incêndio que destruiu a city em 1666, também gratuito, está bem perto deste complexo. O Barbican tem uma estação de metro própria, mas está muito perto da St. Paul, que também atende à catedral de mesmo nome.

    London: Barbican Estate

    Barbican

  • Tate Modern: para aproveitar melhor o passeio neste enorme museu de arte moderna, gratuito, exceto pelas exposições especiais, vale se programar para acompanhar uma das visitas guiadas (gratuitas também). Atualmente tem uma ao meio-dia e outras duas às 14h e 15h, cada um em uma ala específica da galeria.
    London: Tate Modern's terrace

    Terraço panoramico da Tate Modern e o painel com marcos arquitetô™nicos

    Aliás, para aproveitar mais mesmo, pegue o tube até St. Paul e venha descendo a rua até chegar na Millenium Bridge, que atravessando, dá direto na Tate Modern. No quinto andar, passe pela loja e o café e acesse o terraço panorâmico, que, além da vista, tem um painel que explica os destaques arquitetônicos visíveis daqui. Chega a ser uma brincadeira interessante tentar identificar cada prédio, fazendo a conexão com seu destaque no painel. Não perca a loja de arte do térreo! Além de pôsteres, cartões postais e livros de arte, pode-se encontrar uma enorme variedade de presentes e souvenires, todos ligados ao tipo de arte exposto por aqui.

  • Pub: essa é uma dica rápida. Ficamos (eu, meu irmão e uns amigos) querendo achar um “traditional british pub”, para tomar um pint (a medida de volume específica para a cerveja inglesa, de 473 ml) longe de turistas. Do nada, ao lado da Houses of Parliament, onde tem o Big Ben – aliás o Ben é só o sino, não o relógio nem a torre – achamos a St. Stephen Tavern – 10 Bridge Street (que só descobrimos o motivo do nome, mais tarde, em casa, olhando um mapa que compramos durante a tarde). Só a vista do relógio, pela janela, e o ambiente cheio de ingleses em seu happy hour já vale a visita. Tome aqui um pint rápido para recarregar as energias!
London: St Stephen's Tavern & Big Ben

St. Stephen Tavern

  • Stanfords (explore – discover – inspire): quer um guia de viagens, um mapa, ou qualquer outra coisa relacionada? Aqui você encontra. Esta loja, bem perto do Covent Garden Market (12 – 14 Long Acrewww.stanfords.co.uk) é repleta de guias de viagens, mapas e tudo mais a ver com o tema – globos, balões com o mapa mundi, mapas de parede, cortinas de banheiro estampadas com mapas, acessórios (canivetes, lanternas, roupas) e tudo o que você possa imaginar.
    Stanfords - The World's largest map and travel bookshop

    Stanfords: a loja de viagem mais legal da cidade

    São três andares repletos! Tem uma parede enorme só de guias de Londres, dos mais diversos, além do enorme mapa no chão, que faz a alegria das crianças (tá, eu também fiquei curtindo e procurando lugares). Adorei quando ouvi uma criança dizendo ao pai “Não temos nada como isso aqui lá em Iowa” – e em nenhum outro lugar que eu já tenha visitado.

Vou deixar para completar outros passeios especiais mais tarde, porque agora quero sair para aproveitar um pouco mais desta linda, apaixonante e fantástica cidade. Quando estive aqui pela primeira vez no ano passado eu já tinha me apaixonado. Voltar, explorar novos lugares e re-visitar outros “is quite lovely indeed”.

Originalmente publicado no Blog Panrotas em Viagem, em 17/07/2009: http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/07/17/passeios-legais-em-londres/

03/10/2010

Londres: como ser econômico em pounds?


Adote o “Quem converte não se diverte”, tenha em mente seu orçamento e aproveite tudo de bom que Londres oferece DE GRAÇA. Mas, pra facilitar as coisas, consulte a cotação de Libras/Pounds (£) x Reais (R$) no site do BC.

Sim, o diferencial é a cidade em si, com seus inúmeros parques e museus, todos de graça! Você pode entrar e sair, quantas vezes quiser, durante todos os dias do ano em que estiverem abertos, da maior parte dos museus britânicos – National Gallery, Victoria and Albert, British Museum, Natural History, Imperial War, Science Museum, Tate Britain, Tate Modern

Tate Modern Terrace View

Terraço panoramico da Tate Modern e o painel com marcos arquitetô™nicos

Sempre há uma exposição especial, esta sim com entrada paga (8 a 10 libras), mas os acervos permanentes estão todos abertos. É incrível! Eles solicitam uma doação voluntária, então decida o quanto quer gastar e procure as caixas de pagamento – muitas com um toque lúdico – e vale depositar desde 1 pennie a algumas libras, ou dólares, ou euros, o quanto quiser, ou até nada, se decidir.

Compre um cartão de transporte – Oyster Card – e já carregue com o total que você prevê gastar em transporte na cidade – £25 para 3 dias é uma boa referência. Porque tem a curtição de viajar de ‘Tube’ (como o metrô é conhecido na cidade) em Londres, que é, mesmo sendo caro em reais, o jeito mais barato de se locomover – o Oyster é aceito em toda a rede do tube, ônibus, Docklands Light Rail (DLR) e trens urbanos, debitando automaticamente suas viagens, resolvendo toda aquela cobrança complicada de zonas. E tem uma tarifa máxima diária que, quando atingida, passa a liberar sua viagem sem custo. É possível comprar seu Oyster, online, pelo site VisitBritain e recebê-lo em casa antes de viajar, ou mesmo comprar diretamente nas estações do Tube.

E se sua estada for maior que 4 dias, vale mais a pena usar o Oyster com a carga por dias. Para sete dias, por exemplo, sai por pouco mais de £25, e você usa o sistema inteirinho, só tocando o Oyster na entrada e saída das estações, ou quando embarcar no ônibus e trens. Há um centro de atendimento do Transport for London no aeroporto de Heathrow e diversos outros nas estações do tube por toda a cidade. Pagamento em dinheiro ou cartão de crédito.

Arrange um bom guia – é essencial para você conseguir dar uma direcionada no passeio. E um mapa! Aliás esta é a sugestão básica para qualquer viagem: ao chegar em uma nova cidade, arranje um mapa local. E, é claro, um mapa do extenso sistema de metrô da cidade – este você pega direto nas estações (e o site da TfL é ótimo pra planejar viagens!). Se acostume a fazer conexões para chegar a seu destino e preste bastante atenção aos avisos espalhados nas estações: o sistema está em ampliaçao e melhoria constante, com diversas obras que podem suspender a operação de algumas linhas por uns dias, principalmente nos finais de semana, ou mesmo atrapalhar e/ou impedir conexões em determinadas estações.

London: Stanfords Bookstore, Map

Trafalgar Square, no mapa da Stanfords

Aproveite os parques reais e praças da cidade, o South Bank, Picadilly, Trafalgar, Hyde Park, St. James Park, próximo ao Palácio de Buckingham – a troca da Guarda é passeio obrigatório, mas é um tanto longa e a melhor parte está perto do final: a banda toca, entre outras, algumas músicas pop mais conhecidas. Eu ouvi o tema de 007, quando assisti à troca em 2008, na minha primeira visita à cidade.

Para aproveitar as vistas mais legais do Rio Tâmisa, o ideal é passear pelo South Bank, onde está a London Eye (£17 pounds – adultos ou £27, usando o ticket “fast track”, sem filas, ambos com desconto se comprados via internet – www.londoneye.com), o The Globe e a Tate Modern, fora a melhor vista panorâmica do Big Ben e Houses of Parliament. Para melhores fotos, vá pela manhã.

Tem mais dicas vindo por aí, aguardem os próximos posts!

London, Eye

London, Eye

Jaime Scatena
Fotógrafo e engenheiro
Especial para o Blog PANROTAS Em Viagem

Originalmente publicado no Blog Panrotas em Viagem, em 17/07/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/07/17/ja-em-londres-mas-como-ser-economico-em-pounds/

Revisado (texto e novas fotos) em Out/2010.

22/09/2010

Bath: os romanos na Inglaterra


No mesmo dia em que estive em Salisbury para conhecer Stonehenge fui para Bath para visitar esta pequena, mas muito bela cidade inglesa. Na verdade não foi a melhor das idéias, já que Bath merece mais tempo para ser devidamente apreciada: não tive muito tempo para conhecer a cidade, tive que acelerar a visita aos banhos romanos e nem tive chance de aproveitar os spas que existem aqui.

Bath: Avon River & Pulteney Bridge

Bath: Rio Avon & Ponte Pulteney

Pelo menos pude dar uma volta pela cidade, conhecer o “Royal Crescent” e o “The Circus“, que são ruas/praças de enorme apelo arquitetônico, projetadas no estilo Neo-Clássico pelos arquitetos, pai e filho, John Wood no séc. XVIII.

Bath: Royal Crescent

Bath: Royal Crescent

Mas a principal atração, e até a razão da fundação da cidade é a existência de uma fonte termal aqui, que atraiu os celtas e depois os romanos, que construíram enormes banhos que acabaram originando a cidade de Aquae Sulis, a predecessora de Bath.

Romans Baths: Pool

A grande piscina dos Banhos Romanos

Bath Abbey

Bath: Abadia

A visita aos Banhos Romanos, localizados bem à frente da abadia da cidade, é um verdadeiro mergulho no passado. A qualidade da exposição toda, o audio guia e o ambiente fazem com que você se sinta como que transportado ao tempo dos romanos.

A entrada custa cerca de £12 (varia de acordo com os meses do ano, mais caro em jul/ago) e inclui o audio guia, em oito línguas (mas não em português). São recomendadas 2h para visitar todo o complexo com calma, tempo que eu realmente não tive. Ainda assim curti muito e recomendo a visita.

Romans Baths: Model

Maquete dos Banhos Romanos

Um amigo meu brasileiro que mora aqui em Londres já me convidou pra voltar a Bath, mas, segundo ele, o ideal é chegar muito cedo e passar todo o dia, inclusive aproveitando os novos e modernos spas que se aproveitam desta fonte termal que fez a fama do local. Bath é um dos Patrimônios Mundiais da Humanidade da UNESCO, tanto pelos banhos quanto pelas atrações arquitetônicas da cidade.

Roman Baths: Façade

A antiga fachada dos Banhos Romanos

21/09/2010

Visitando Stonehenge


Stonehenge é, para muitos, um local místico, um daqueles lugares que se deseja conhecer desde sempre, às vezes até esperando uma visita mágica ou algo assim. Pelo menos era mais ou menos o que eu sentia a respeito deste intrigante círculo de pedras com propriedades astronômicas. E admito que fiquei muito admirado ao finalmente visita-lo há algumas semanas.

Stonehenge

Stonehenge: Vista geral

Já planejava conhecer o local desde a última vez que estive em Londres, entre março e junho deste ano, no meu circuito extra-Londres, mas acabei não fazendo e, quando um amigo meu inglês sugeriu a visita, agora em setembro, aceitei sem pestanejar. Programamos então um passeio a Stonehenge e Bath, no mesmo dia.

Stonehenge: Alignment

O incrível alinhamento das pedras de Stonehenge

Existem tours que partem de Londres (tem um posto que vende logo na estação Tower Hill do metrô) e custam cerca de £45. Nós fomos por conta própria e o passeio saiu mais ou menos pelo mesmo preço, mas com a vantagem do agradável passeio de trem (os tours são de ônibus) e da liberdade de fazer nosso próprio programa. O trem para Salisbury, a estação de trem mais perto do monumento, parte da Victoria Station londrina, leva cerca de 1h30 e custa £30,50. Eu acabei pagando bem menos, porque tivemos um desconto na compra, direto na bilheteria da estação, por sermos um grupo (3 pessoas) – e, ao final, compramos o bilhete Londres – Salisbury – Bath – Londres por £21. Como escrevi no meu post sobre Bath, a minha conclusão é que fazer tudo no mesmo dia não vale a pena… passamos pouquíssimo tempo em Bath e não deu pra aproveitar bem a visita.

Ao chegar na estação de Salisbury procure o posto de venda do tour para Stonehenge e compre o bilhete diretamente ali. O embarque no ônibus que leva ao monumento é logo na saída da estação, parte a cada meia hora, durante o verão e custa £18, incluindo o transporte e a entrada para Stonehenge e para Old Sarum (ruínas da antiga cidade de Salisbury). Por £11 você pode fazer apenas o passeio de ônibus (no caso de ser sócio do English Heritage, que opera o monumento, e não pagar pela entrada – aliás, acabei de descobrir o Visitor Pass do English Heritage, que oferece entrada em uma série de monumentos e castelos por apenas £20, válido por uma semana).

O passeio de ônibus é muito agradável e uma gravação faz o papel de guia durante o percurso de ida e volta, contando a história de Salisbury, dos principais prédios da cidade, do importante papel da base militar (aeronautica) nos arredores da cidade durante a Segunda Guerra Mundial etc. E, é claro, informações sobre Stonehenge e Old Sarum.

Stonehenge: Visitors

Os visitantes circulam as pedras, sem acesso ao centro

Reserve cerca de 1h30 a 2h00 para conhecer Stonehenge, especialmente se estiver por lá num belo dia de sol. A entrada inclui um audio guia (em 10 línguas) que conta a história e explica todos os detalhes do circulo de pedras, construído entre 2500 e 2000 AC – mas a mística ocupação do local começou ainda antes, em 3000 AC. Desde 1978 o acesso é permitido somente ao redor do monumento, o que ajuda a obter boas fotos sem turistas dentro dele. Na verdade, com visitas agendadas, é possível entrar no círculo em pequenos grupos. O acesso a Stonehenge no solstício de verão (cerca de 21 de junho) é diferenciado, já que é uma data “mágica” e segue regras bem específicas para receber os cerca de 30.000 visitantes que circulam no local a cada ano. Ao total, o local recebe mais de 850.000 visitantes ao ano (dados de 2008).

A visita é realmente mágica e extremamente agradável. Vale muito a pena!

Completando, acabei de descobrir que dá sim pra visitar o centro do círculo, ao menos virutalmente. É que o Google Maps já tem mapeado o local com sua ferramenta Street View. Veja aqui.

Old Sarum: Cathedral

Old Sarum: Ruínas da antiga Catedral

Na volta a Salisbury há a possibilidade de parar em Old Sarum, as ruínas do castelo e da catedral que, mais ou menos, deram origem à cidade de Salisbury. Os resquícios de ocupação desta colina chegam ao ano 3000 AC e a primeira fortificação foi construída em cerca de 500 AC. Os romanos, quando ocuparam a Grã-Bretanha (de 43 a 410 DC) construíram uma base no local (Sorviodunum) e o castelo das atuais ruínas data de 1069. Sua decadência iniciou com a construção da nova catedral de Salisbury, depois do rompimento do bispo com o rei, nos anos 1200. A entrada nas ruínas está inclusa no bilhete do Tour e é também bastante interessante. Pra voltar a Salisbury de Old Sarum, você pode pegar qualquer um dos ônibus que passam na estrada local e sua passagem está também incluída no bilhete do Tour.

04/08/2010

Londres: fechando com chave de ouro a jornada ferroviária


Esta é minha terceira viagem a Londres, mas a primeira que chego (convenientemente, diga-se de passagem) de trem, diretamente na estação St. Pancras, renovada para ser a parada na capital inglesa do Eurostar.

Grupo RailEurope na estação londrina de St.Pancras

Grupo RailEurope na estação londrina de St.Pancras

E chegar nesta estação vitoriana, com sua bela cobertura metálica azul foi um fechamento com classe desta nossa jornada ferroviária pela Europa.

St. Pancras, a estação de Londres do Eurostar

St. Pancras, a estação de Londres do Eurostar

Achava que a viagem no Eurostar, de Bruxelas a Londres, por baixo do Canal da Mancha seria algo espetacular, mas não é nada mais do que um grande túnel, até um pouco sem graça, para falar a verdade. A maior diferença está no serviço de bordo, já que neste trecho é servida uma refeição, como aquelas que estamos acostumados nos nossos voos de maior distância. Nada de especial, mas diferente daquilo que estávamos nos acostumando nos diversos trechos que percorremos. Pra ser correto na manhã deste dia recebemos também uma breve refeição no trecho Paris – Bruxelas, com o Thalys.

Também para ser justo, fiquei um pouco desapontado com o percurso do Thalys, já que ao invés de usarmos o trem normal deste trecho – o único com Internet a bordo, diga-se de passagem – a composição foi substituída por um TGV, equivalente em conforto e velocidade, mas sem a cobertura de wi-fi móvel que seria o diferencial desta viagem.

Aliás, continuando com a série de justiça, Bruxelas foi realmente uma parada especial. Maria Corinaldesi, da RailEurope, fazia sempre questão de frisar que esta aparente loucura – acordar em Paris, almoçar em Bruxelas e dormir em Londres – tinha o propósito de mostrar que é possível conectar três grandes cidades européias em um único dia de trem. E foi muito mais que isso!

A bela praça principal de Bruxelas

A bela praça principal de Bruxelas

A capital belga surpreendeu positivamente a todos do grupo com seu charme – a praça principal da cidade é uma beleza -, com o humor do seu povo – a começar pelo nosso guia, mas completando o time com os dois profissionais do turismo belga que nos acompanharam (ambos casados com brasileiras e falando um português genuíno) -, e com o fantástico restaurante do chefe Bruneau – onde adicionamos mais duas estrelas Michelin ao nosso álbum de viagem.

Chefe (estrelado) Bruneau, que foi mestre do nosso brasileiro Alex Atala

Chefe (estrelado) Bruneau, que foi mestre do nosso brasileiro Alex Atala

Manneken Pis é um monumento ideal da cidade que se gaba de ter as melhores cervejas da Europa

Manneken Pis é um monumento ideal da cidade que se gaba de ter as melhores cervejas da Europa

E as breves viagens de trem – menos de duas horas em cada trecho, Paris – Bruxelas e Bruxelas – Londres, não foram nada cansativas e provaram que é realmente muito simples conectar três grandes cidades européias de trem em um único dia. Tenho certeza que fazer a mesma proposta de conexão voando seria muitíssimo mais cansativo.

Para encerrar nossa viagem passamos a noite hospedados em Gloucester Park, uma alternativa muito interessante para hóspedes “long stay” em Londres, já que só aceitam permanências acima de 90 dias. É como ter seu próprio apartamento na cidade, completamente mobiliado e equipado e em localizações verdadeiramente diferenciadas, mas com serviço de hotel, como arrumadeira, lavanderia, academia, recepção/portaria etc..

Uma casa, completamente mobiliada em Londres

Uma casa, completamente mobiliada em Londres

E o apartamento ainda tem uma belíssima vista!

E o apartamento ainda tem uma belíssima vista!

O que ficamos é perto do Hyde Park, mas o Cheval Residences tem empreendimentos semelhantes em outras áreas valorizadas da cidade.

Londres - Tamisa

“Good day, sunshine!”, dos Beatles, na London Eye

“Good day, sunshine!”, dos Beatles, na London Eye

O dia seguinte começou com um passeio na London Eye; demos muita sorte com o céu lindamente azul, foi seguido de um almoço na Regent Street Food Quarter, na Heddon Street – no primeiro restaurante a quilo de Londres, o charmoso e trendy Tibit e terminou com um shopping tour na Regent Street, a primeira rua projetada para ser um centro de compras na cidade, e na Carnaby Street, o centro de compras mais cool de Londres.

Regent Street Food Quarter, uma “praça de alimentação” chiquérrima, uma ótima dica!

Regent Street Food Quarter, uma “praça de alimentação” chiquérrima, uma ótima dica!

Alguns dos companheiros de viagem retornaram ao Brasil, na business class da TAM, no final do dia, mas outros, como eu, aproveitaram para estender a estadia na Europa. Agora estou na Italia, em uma parada pessoal na busca de documentos de meus ancestrais. Depois parto para a Espanha onde vou receber meu prêmio da Comissão Européia de Turismo pelos meus blog posts neste Blog PANROTAS em Viagem – como vocês leitores já devem estar sabendo.

Aliás, encerro mais esta série com um agradecimento a equipe do PANROTAS pela oportunidade de escrever neste nobre espaço e a todos vocês leitores que me acompanharam nestas minhas jornadas durante este ano.

Um grande abraço e até as próximas viagens.

Um grande abraço e até as próximas viagens.

Originalmente publicado no Blog PANROTAS em Viagem em 30/10/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/10/30/londres-fechando-com-chave-de-ouro-a-jornada-ferroviaria/

Atualizado em 19/04/12.

31/03/2010

Good Food Market @ St. Katherine Docks


Good Food Market

Good Food Market

Good Food Market

Paella espanhola

Uma dica gastronômica legal e barata é aproveitar o “Good Food Market” que acontece todas as sextas no St. Katherine Docks, que fica bem ao lado da Tower Bridge e da Torre de London.

Good Food Market

Bacalhau à Gomes de Sá

Com barracas de comida de diversas nacionalidades – Ensopado Hungaro, Bacalhau à Gomes de Sá e crepes franceses, entre outros -, dá pra comer uma porção de bom tamanho a um preço justo, aproveitando o agradável ambiente destas antigas docas que foram transformadas em escritórios e residências.

Good Food Market

Ensopado húngaro

Aproveite a visita à Ponte e à Torre de Londres e almoce por lá.

Todas as sextas-feiras, das 10AM as 4PM, na bacia central das docas.

Good Food Market

Good Food Market @ St. Katherine Docks

25/03/2010

Visitando Liverpool em um dia


Estive em Manchester para visitar uma amiga brasileira e conhecer o noroeste da Inglaterra e tirei um dia para visitar Liverpool, o que pode ser o suficiente para conhecer um pouco da cidade natal dos Beatles.

Liverpool's Lime St. Station

Liverpool's Lime St. Station

Chegando na estação de Lime St., saia andando na direção do belíssimo St. George’s Hall, um dos melhores exemplos de arquitetura clássica na cidade. Dê a volta no prédio admirando as estátuas de Albert e Victoria e desça em direção ao centro pelo jardim de St. John.

St. George's Hall's Lions

St. George's Hall's Lions

Victoria statue at St. George's Hall

Victoria statue at St. George's Hall

St. John's Gardens

St. John's Gardens

Pegue a Whitechapel St. para chegar na agradável área de pedestres do centro,  o lugar ideal para algumas compras, para passear e comer alguma coisa.

Whitechapel St. pedestrian area

Whitechapel St. pedestrian area

Junto à Whitechapel, dê uma volta pelo Cavern Quarter e não deixe de visitar o Cavern Club (e não o Cavern Pub!), o local de nascimento dos Beatles – não é o original, que foi demolido, mas uma réplica quase perfeita, construída até com os mesmos tijolos do original, mas alguns metros distante deste.

The Cavern Club, Liverpool

The Cavern Club, Liverpool

Fica na Mathew St e durante o dia pode ser visitado também por crianças, o que não é permitido durante a noite.

Liverpool One

Liverpool One

Passeie pelo Liverpool One, um grande shopping ao ar livre com muitas lojas, restaurantes, cinemas e até um parque. Lá fica uma das lojas oficiais do time de futebol de Liverpool.

Liverpool's Albert Docks

Liverpool's Albert Docks

Atravesse a Strand St. para chegar nas Albert Docks, junto ao rio, um empreendimento com escritórios, lojas e museus – uma filial da Tate e o museu Beatles Story – nas antigas docas. Muito charmoso!

Cavern Club @ The Beatles Story

Cavern Club @ The Beatles Story

O Beatles Story é um museu para os admiradores dos Fab Four. O audio guia é impecável e as reconstruções de locais como o Cavern Club, os estúdios de Abbey Road e até um Submarino Amarelo certamente irão divertir e emocionar os amantes da banda de rock mais famosa de Liverpool (ou até do mundo!). A loja de souvenires também vale a visita. A famosa Penny Lane é um pouco longe do centro da cidade, mas pode ser alcançada de ônibus muito facilmente.

The Beatles Story @ Albert Docks

The Beatles Story @ Albert Docks