Archive for ‘Europa’

18/12/2012

Desmonto ícones por você, querida


Eifel down | Webland & Paris | Jaime Scatena

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05/07/2012

Paris: Vincent Leroy at NeC


Paris: Vincent Leroy at NeC

03/07/2012

Concurso Fotográfico Floriade/Natureza


Viajei em Abril/Maio para a Holanda para visitar a feira de flores Floriade, um evento que acontece a cada 10 anos, cada vez em uma cidade diferente daquele país.

A viagem foi organizada pela Revista Natureza e, juntamente com eles, eu promovi um concurso fotográfico entre os passageiros dos dois grupos, valendo um ano de assinatura de qualquer revista da Editora Europa.

Para ver todas as fotos do concurso é só acessar as páginas do Grupo 1 e do Grupo 2.

Floriade/Natureza - Grupos I e II

Floriade/Natureza – Grupos I e II

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21/06/2012

Born in 1987: The Animated GIF


Londres possui mais de 240 museus, mas apenas um realmente dedicado à Fotografia, o Photographers’ Gallery, que fica no Soho, perto da Oxford St.

Em seu novo programa digital, Born in 1987: The Animated GIF, uma exposição dedicada a este muito desprezado formato de imagem, 40 imagens GIF produzidas por artistas de diversas origens serão apresentadas em um website e em uma parede digital de 2,7 x 3 m, o “The Wall” , no térreo da galeria.

Round and Round on a Humpy Day

Round and Round on a Hump Day

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14/06/2012

Baladas em Amsterdam e Berlim, quer ir?


Que tal passar o feriado (paulista, ok) de 9 de julho em um veleiro em Amsterdam, depois de ter curtindo uma das baladas mais fantásticas do mundo??

A operadora holandesa Diador está montando um grupo especial para aqueles que curtem baladas das boas: festa White Sensations em Amsterdam (a original, que aqui no Brasil chegou como Skol Sensations)  e uma semana pra curtir Berlim, uma das capitais européias mais descoladas atualmente.

Berlin

Berlin

O pacote inclui hospedagem em hotéis categoria 4*, traslados, bastante tempo livre e alguns passeios como de veleiro em Amsterdam (pra relaxar depois da balada) e um Beer Garden em Berlim.

São apenas 40 lugares, já que os ingressos da White Sensations estão esgotados há muito tempo!

Veja mais:

15/05/2012

Paris: Barber_Shop.GIF


Paris: Barber Shop

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10/05/2012

Eiffel (Contemporary) Postcard


Eiffel (Contemporary) Postcard

04/05/2012

Yes I Am!.GIF


Yes I am!

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30/04/2012

Luxembourg Gardens (Contemporary) Postcard


Luxembourg Gardens (Contemporary) Postcard

via o cartão postal em que eu fui perseguida por um tarado « Multigraphias.

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29/04/2012

Deu no NYTimes: 36 Hours no leste de Londres


Pronto, demorou mas até o New York Times agora descobriu o quanto “cool” é a parte leste de Londres, ou East London.

Na coluna de viagens deles desta semana – 36 horas em … – estão dando as dicas de galerias, clubes e restaurantes desta área da cidade que foi sempre preterida em relação aos bairros mais chiques do West End.

Eu saí algumas noites bem legais em Dalston, onde tem clubes muito bons, com um público bastante desencanado, divertido e interessante. Uma das dicas é o Dalston Superstore.

Fui no Columbia Rd Flower Market, um dos mercados mais interessantes da cidade. Também fiz comprinhas nos brechós perto de Brick Lane e fui em aberturas de exposições em galerias de Hackney. Até mesmo a minha primeira tatuagem eu fiz em um estúdio por lá…

É legal pensar que esta área, que foi muito atacada durante a Segunda Guerra e que foi sempre uma das mais pobres da cidade está se mostrando um destino tão rico em atrações.

Sunflower

Girassóis no Columbia Road Street Market

#FicaADica!

East London is by far the city’s trendiest area (just ask Ralph Fiennes and Keira Knightley, who both live here), crowded with shoppers during the day and clubbers at night. Wear comfortable walking (and dancing) shoes to discover its neighborhoods east of the Tower of London, namely, Shoreditch, Bethnal Green, Hackney Wick and Dalston.

via 36 Hours in East London – NYTimes.com.

14/02/2012

A journey on the Tube


Eu amo o metrô de Londres, ou ‘the Tube’, como eles chamam a rede por lá. O nome oficial é Underground, ainda que a maior parte da rede seja, na verdade, a céu aberto, overground. Enfim…

Adoro o Tube, tirei milhares de fotos por lá e este vídeo me trouxe boas lembranças de Londres, cidade que amo!

No meu site de fotografia tem algumas imagens.

Garreth Carter has made another documentary about the Tube, and like a good Londoner has concentrated on how gosh-darn pretty it is when you speed it up to some funky music.

via London Underground Looks Pretty When Speeded Up | Londonist.

07/01/2012

Lisboa: Carrera28.GIF


Lisboa: Carrera28.GIF

02/01/2012

Paris: Eifel.GIF


Paris: Eifel.GIF

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28/12/2011

Dublin: Bubble


Dublin: Bubble

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23/12/2011

Kapoor’s Swan


Kapoor’s Swan | London/Atibaia | Jaime Scatena

Original picture at: ©JKS Photography

Kapoor’s Swan | London/Atibaia | Jaime Scatena

via no title (but with colors and swans) «.

15/12/2011

Um mapa sonoro dos cursos d’água de Londres, Tube-style


Adorei este trabalho do inglês Ian Rawes que passou anos compilando gravações sonoras pela cidade de Londres, com todo o tipo de som que você puder imaginar. É um trabalho quase que científico com todo o cuidado técnico e de arquivamento do material. O site é realmente muito completo: London Sound Survey, uma verdadeira epopéia sonoro-geográfica.

Me lembro de ter visto uma exposição, de outro artista, Bill Fontana, na Sommerset House que usava sons de diversos lugares de Londres em uma experiência de imersão bastante interessante, tanto no aspecto científico quanto artístico.

Mapa dos Rios de Londres, Tube-style

Click on the map above to visit the interactive version.

Esta nota do site Londonist ressalta a maneira criativa (e britânica) de se navegar por estes sons em um mapa que segue o característico design do mapa do Tube londrino.

Most splendidly, Ian has found imaginative ways to present his recordings. We’re particularly taken with this Tube-style diagram of London’s waterways. As well as following the Regent’s Canal, Grand Union Canal and their offshoots, he’s also tracked the various surface rivers of London such as the Lea, Wandle and Brent. Representative sound recordings have been made at regular intervals along each route, and embedded into the diagram. Click on the map above to visit the interactive version.

via A Soundmap Of London’s Waterways | Londonist.

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28/11/2011

Free Ice Skating in The Scoop @ More London | Londonist


É inverno em Londres e a cidade começa a receber diversos rinques de patinação, nos lugares mais turísticos: desde a London Eye, a roda gigante, passando pela Sommerset House, o Museu de História Natural e até no fosso da Torre de Londres. Estes que eu listei são todos pagos, mas tem um que será gratuito por alguns dias agora em Dezembro, o do MoreLondon, o empreendimento na margem sul do Tâmisa, bem perto da Tower Bridge, onde fica a prefeitura da cidade.

MoreLondon na Primavera

MoreLondon na Primavera

No ano passado eu estive no rinque da Sommerset House e foi uma delícia!

Veja aqui (em inglês) uma lista completa dos rinques pagos.

Somerset House Ice Skating

Eu e o Brendan, na Somerset House no ano passado

Fica a dica!

For three days from 9 December, you can enjoy free festive fun as an ice rink opens in More London. It’s all down to the new Tesco on Tooley Street, who are offering free mince pies, mulled wine and hot chocolate in store for skaters. (Pick up your cup at the rink, and take it in store…)

via Free Ice Skating in The Scoop @ More London | Londonist.

18/11/2011

24 horas em fotos, numa exposição em Amsterdam


Quantas fotos você acha que são publicadas no Flickr em um dia? Dez mil? Um Milhão?

Se quiser saber a resposta é só ir na exposição “What’s next“, lá em Amsterdam, e contar as fotos que o artista Erik Kessels imprimiu e espalhou em uma das salas do Foam (The Future of Photography Museum Amsterdam – All about Photography).

Creative Review - 24 hours in photos

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 100, 1.000, 5.000, 5.003, 6.008... perdi a conta!

Como dá pra imaginar, são milhares de imagens, uma verdadeira avalanche de fotos.

“Somos expostos a uma sobrecarga de imagens hoje em dia. Este excesso se dá, em grande parte, como resultado de sites de compartilhamento de imagens como o Flickr, redes sociais como o Facebook e mecanismos de buscas baseados em imagens. Seu conteúdo mescla o que é público e o que é privado, com o que seria muito pessoal sendo abertamente e inconscientemente apresentado. Ao imprimir todas estas imagens publicadas num período de 24 horas, eu pude visualizar o sentimento de se afogar nas representações das experiências de outras pessoas” Erik Kessels

Creative Review - 24 hours in photos

Can there ever be too many images in the world?

O objetivo da exposição “What’s Next” (O que será o próximo, numa estranha tradução literal) é provocar uma conversa sobre o futuro da fotografia, no décimo aniversário do Foam. Ao ver a instalação do Kessel é difícil não se sentir nostálgico em relação ao passado da fotografia e pensar em como seria compartilhar todas estas fotos em negativos… um sinal de que precisamos pensar um pouco mais na edição e seleção daquilo que publicamos.

This installation by Erik Kessels is on show as part of an exhibition at Foam in Amsterdam that looks at the future of photography. It features print-outs of all the images uploaded to Flickr in a 24-hour period…

via Creative Review – 24 hours in photos.

What’s Next?

The Future of the Photography Museum
Guest curators: Lauren Cornell, Jefferson Hack, Erik Kessels, Alison Nordtröm
5 de Novembro a 7 de Dezembro de 2011
Keizersgracht 609
1017 DS Amsterdam
+31 20 5516500
14/11/2011

Lugares públicos x privados: um novo “parque” dentro do Rio Tâmisa?


Uma das coisas que mais gosto em Londres são seus espaços públicos – e mesmo os privados de uso público.
Este texto explica bem os prós e contras deste segundo grupo, até porque eu nunca havia percebido esta pequena diferença entre lugares públicos e privados de uso público. Quando você está visitando o complexo MoreLondon, às margens do Tâmisa e com uma das melhores vistas da Tower Bridge, com seu anfiteatro onde são apresentadas peças gratuitas ao ar livre durante o verão, na verdade você está em um terreno privado, sujeito às normas dos proprietários. E o mesmo vale para diversos outros equipamentos “públicos”: o Broadgate, lá perto da Liverpool St, a Paternoster Sq, perto da Catedral de St. Paul e o Canary Wharf.

London: Canary Wharf clocks

Canary Wharf: privado, aberto à circulação pública

A impressão que se tem é de estar em um lugar público, mas, como eu mesmo vi na minha última estada em Londres, os proprietários podem vetar o acesso, fechar o lugar e pronto! Como a “Occupy London” estava ao lado da Catedral de St. Paul, toda a área da Paternoster Square estava fechada. Achei bem estranho, mas não tinha entendido exatamente o porquê.

Paternoster Sq (temporariamente Tahrir Square)

Paternoster Sq (temporariamente Tahrir Square): fechada pela polícia

O texto também apresenta uma abordagem muito interessante de como os empreendimentos são avaliados, re-avaliados e escrutinados antes  da construção por lá. Avaliam o impacto urbano, visual, histórico e, neste caso até na hidrografia do rio. Isso tudo para um empreendimento (falsamente) de acesso público e sem custos para os cofres da cidade. Um exemplo para nosso planejamento urbano brasileiro, onde tudo é privado e o verdadeiro planejamento urbano é liderado pelos interesses do mercado imobiliário.

London: MoreLondon view

MoreLondon: dá pra dizer que é um lugar privado?

In this it is the latest example of a widespread type of the 21st century, the pseudo-public space, in which the City of London and its satellites are world leaders. The Broadgate development of the 1980s was a pioneer, followed by Canary Wharf, Paternoster Square next to St Paul’s, and the More London development where City Hall, the headquarters of the Mayor of London, stands. In each the shapes and attributes of town squares are imitated – an oblong or round shape, outdoor art, cafe tables, fountains – and sometimes real public assets are created, but ultimate control is in the hands of private landowners.

via The London River Park: place for the people or a private playground? | Art and design | The Observer.

09/11/2011

Remembrance Day


Estava em Londres no ano passado bem nesta época, quando muitos britânicos começam a circular com pequenas flores vermelhas – as poppies – na lapela.

London: Black Cab & Poppy, Red

London: Black Cab & Poppy, Red

É uma referência, uma homenagem, ao Remembrance Day – o 11º dia do 11º mês do ano – quando eles relembram os mortos nas guerras.

London: Poppies at Westminster, Red

London: Poppies at Westminster, Red

No ©JKScatena Photography tem algumas fotos em homenagem a este dia, a Remembrance Series.

Remembrance Day (also known as Poppy Day, Armistice Day or Veterans Day) is a memorial day observed in Commonwealth countries to remember the members of their armed forces who have died in the line of duty since World War I.

Remembrance Day is observed on 11 November to recall the official end of World War I on that date in 1918; hostilities formally ended “at the 11th hour of the 11th day of the 11th month” of 1918.

via Remembrance Day – Wikipedia, the free encyclopedia.

07/11/2011

Tema da Semana: Misty, no Cool Photo Blogs


Essa é minha “Misty” picture, que mandei para o concursinho semanal de fotos do Cool Photo Blogs.

London: Foggy Day

London: Foggy Day

via London: Foggy Day | ©JKS Photography.

07/11/2011

Tem foto minha no Capture Tower Hamlets, em Londres


Uma das fotos que eu enviei para o concurso londrino “Capture Tower Hamlets” foi selecionada e fará parte da exposição e do acervo histórico deste “bairro” de Londres. Talvez eu até ganhe algum dos prêmios, na cerimônia de abertura da exposição, dia 10/11.

Fiz esta foto há alguns anos, na primeira vez em que visite Canary Wharf, um grande empreendimento residencial e comercial, na zona leste de Londres. Fiquei impressionado com estes vários relógios… E, pra falar a verdade, só agora, ao escrever este post é que reparei que os números neles não são iguais.

Capture Tower Hamlets

Tuesday 8 November to Thursday 5 January
Tower Hamlets Local History Library & Archives,
277 Bancroft Road,
London E1 4DQ.

Opening hours:
Tuesday 10am-5pm
Wednesday 9am-5pm
Thursday 9am-8pm
Fortnightly Saturdays – check website for details.

Canary Wharf: Clocks, Clocks, Clocks

Canary Wharf: Clocks, Clocks, Clocks

via Capture Tower Hamlets.

30/09/2011

Rome: Urban Anti-Art | ©JKS Photography


Rome: Urban Anti-Art

Rome: Urban Anti-Art

via Rome: Urban Anti-Art | ©JKS Photography.

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30/09/2011

Pompeii: Apollo’s Temple | ©JKS Photography


The city of Pompeii is a partially buried Roman town-city near modern Naples in the Italian region of Campania, in the territory of the comune of Pompei. Along with Herculaneum, Pompeii was destroyed and completely buried during a long catastrophic eruption of the volcano Mount Vesuvius spanning two days in the year AD 79.

Source: Wikipedia

via Pompeii: Apollo’s Temple | ©JKS Photography.

03/06/2011

Alentejo: mar, montanha, gastronomia e patrimonio cultural


A maior das regiões de Portugal, ocupando cerca de um terço da área total do país, o Alentejo tem se tornado cada vez mais destino de milhares de visitantes brasileiros.

Segundo António Lacerda, gerente executivo do Turismo de Alentejo, o volume de visitantes brasileiros aumentou 35% em 2010 e foi o 2º maior mercado no primeiro trimestre deste ano. “Foi um volume atípico no início deste ano, mas temos certeza que o crescimento de 2011 será ainda maior que o do ano passado”, diz Lacerda, que esteve no Brasil nesta semana divulgando o destino em workshops realizados no Rio de Janeiro, Curitiba e em São Paulo. “O visitante brasileiro vai atrás de experiências únicas, se hospedando nos melhores hotéis da região e se fartando na deliciosa gastronomia regional; é um passageiro de maior poder aquisitivo que chega a gastar o dobro do que gastam os passageiros europeus”, completa.

Paulo Machado e António Lacerda, no Workshop do Turismo de Alentejo em São Paulo

Paulo Machado e António Lacerda, no Workshop do Turismo de Alentejo em São Paulo

Paulo Machado, do Turismo de Portugal no Brasil, comentou no evento em São Paulo, que, em alguns meses de 2010, Portugal recebeu mais visitantes brasileiros que Paris. Paulo diz que o governo português reconhece a importância e procura não dificultar a entrada dos visitantes brasileiros – sem facilitar, é claro, por ter que seguir os padrões europeus na hora da imigração. “Começamos trabalhar o destino Alentejo no Brasil há apenas 2 anos e os resultados são muito promissores”, comenta Machado.

Os principais atrativos da região são o patrimonio histórico – com resquícios de ocupação pelos homens pré-históricos, da presença romana e árabe -, a gastronomia, paisagens naturais e até mesmo o turismo de aventura, rural e de negócios.

Évora: Tempo de Diana

Évora: Tempo de Diana

Mas António Lacerda recomenda ainda que o passageiro aproveite para visitar também a Espanha, criando roteiros que cruzem o Alentejo – que, mesmo grande para os padrões europeus, pode ser facilmente visitado de carro -, chegando às cidades espanholas de Servilha, Córdoba ou Granada.

Estive em Évora na minha passagem por Portugal em 2007 e recomendo a visita. O templo de Diana e a Capela dos Ossos são passeios obrigatórios!

Évora: Capela dos Ossos

"Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos", Capela dos Ossos de Évora

Sites interessantes:

15/02/2011

Foto na área: Faces, Paris Gay Pride 2010


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28/11/2010

Marks and Stencils: Street Art Gallery


Uma loja temporária – pop up store – acabou de ser inaugurada no Soho londrino, com obras de diversos artistas ingleses, entre eles o já mundialmente famoso Banksy.

London: Marks & Stencils Shop, Banksy style

O velho stilo Banksy

São dois andares – térreo e subsolo – e mesmo que não tenha interesse (ou grana) pra comprar as obras, cujos preços chegam a mais de £400, vale a pena visitar, até porque no subsolo tem uma venda de cartões postais especiais.

London: Marks & Stencils Shop, Postcards

Postcards personalizados

London: Marks & Stencils Shop, Modern Alice

Alice Moderna

É um postal “inacabado”, “I have chalks” (Eu tenho giz, tradução literal), que você pode personalizar no próprio local e ainda concorrer a uma peça de arte se seu trabalho for escolhido como o melhor. Leve um selo, pois os postais já selados serão enviados, uma recordação especial e personalizada desta loja. Eu fiz os meus! Pra se ter uma idéia, 7 versões deste desenho foram finalizadas pelo artista Dran e estão sendo vendidas, em séries de 100 cópias, por £500, imposto excluído, já emoldurado.

London: Marks & Stencils Shop, Layered Kid

Street art: Kid & Dog em 4 partes

A loja é uma parceria com a loja POW (Pictures On Walls, 46-48 Commercial St, E1 6LT), um showroom de street art fundada em 2001.

Cabe aqui uma reflexão, já que Bansky começou seu trabalho como um “anti-capitalista” assumido, e agora vende suas peças em lojas – nesta aqui do Soho tem uma peça, de 60 x 60 cm, em série de 5 cópias, por £450 cada.

Novas peças serão adicionadas todos os dias, até o final de dezembro, quando a loja fecha.

London: Marks & Stencils Shop, Made in Brazil

Crítica social, Made in Brazil

Serviço:

– Marks and Stencils pop up street art shop

– Até 22/dezembro, aberto das 11AM – 7PM (seg-sáb) e meio-dia – 5PM (dom)

– Endereço: 1 Berwick Street, W1F 0DR

– Estações mais próximas: Piccadilly Circus, Leicester Sq ou Oxford Circus

– Informações no site da POW (www.picturesonwalls.com).

London: Marks & Stencils Shop, Queuing

Marks & Stencils, no Soho

22/11/2010

Hyde Park Winter Wonderland


Uma deliciosa feira de natal, com um parque de diversões no meio do Hyde Park londrino.

London: Hyde Park Winter Wonderland

Roda Gigante

O Winter Woderland voltou neste ano prometendo ser ainda mais interessante que a edição de 2009. O melhor de tudo é que a entrada é gratuíta!

London: Hyde Park Winter Wonderland

Elevador

Logo na entrada você encontrará o mercado de natal – Angel’s Christmas Market, com mais de 100 chalés de madeira vendendo artesanato, enfeites de natal, vidros, jóias, cachecóis e gorros (está fazendo bastante frio aqui e a previsão é de vermos os primeiros flocos de neve nas próximas semanas).

Também tem várias barracas de comida, a maioria com delícias alemãs, mas também de outros países, como Hungria (comi um Goulash delicioso!).

Atrações tradicionais dos velhos parques de diversões também estão presentes, como tobogãs, casa de espelhos, montanha russa, carrossel, uma bela roda gigante e um elevador daqueles que despencam que oferece uma lindíssima vista de Londres. Para estas atrações é necessário comprar os tickets nas bilheterias, a maioria deles custando entre £2 e £8.

Você ainda pode encontrar aqui um circo, um rinque de patinação e um bar “super cool”, montado num enorme cubo inflável, com sushi, ostras e champagne. Para patinar ou assistir ao show do circo, compre os ingressos diretamente nestas atrações.

Serviço:

– Winter Wonderland, no Hyde Park

– De 20 de novembro a 4 de janeiro, das 10hoo às 22h00 (fechado no dia 25/12)

– Estação mais próxima: Hyde Park Corner, da linha Piccadilly

– Entrada: gratuíta. Atrações: de £2 a £8; patinação no gelo: £10 para adultos e £8, antes das 18h30 até 17/12.

– Mais informações em: www.hydeparkwinterwonderland.com

London: Hyde Park Winter Wonderland

Vista do elevador

29/10/2010

Piccola Taormina, Bella e Calda Sicilia


Visitando a ilha italiana da Sicília para estudar italiano na praia (originalmente publicado em 2009, com comentários atualizados)

Traduzindo o titulo: Pequena Taormina, Bela e Quente Sicília!

Escrevi em italiano pois estou estudando estudei a bella e clássica lingua de Dante Alighieri.

Taormina: Mazzaro

Taormina: Praia de Mazzaro

A pequena cidade de Taormina (menos de 10 mil habitantes) é um dos principais destinos turísticos da Ilha de Sicília, no extremo sul da Italia, muito visitada pela sua importância histórica, mas, principalmente, pelas belas praias – além de uma escola de italiano frequentada por estudantes de diversas nacionalidades, uma verdadeira Babilônia (que é o nome da escola), onde se ouve inlgês, alemão (chamado tedesco em italiano), holandês, francês, japonês, russo e até um pouco de português, alem, é claro, do italiano que todos aprendem.

 

Taormina: Piazza IX Aprile

Taormina: Piazza IX Aprile

Vim para estudar italiano em uma cidade de praia – fugindo um pouco do circuito Roma – Firenze – Milão – por duas semanas e consegui aprender bastante, me divertir muito, aproveitar o sol e as praias e tambem conhecer um pouco da grande ilha da Sicília, além de fazer novos bons amigos.

Baseado em Taormina, é possivel conhecer o vulcão Etna (veja nas fotos abaixo) – ainda em atividade, o mais alto da Europa com mais de 3,4 mil m de altura – em uma visita de um dia (que fiz com o pessoal da escola).

Sicilia: Etna 01

Uma das pequenas crateras do Vulcão Etna

Sicilia: Etna 02

Vista da área queimada em uma das recentes erupções

Em outro dia, em um carro alugado com outros estudantes (um sueco filho de húngaros que nasceu na Transilvânia, um espanhol que mora em Paris, uma alemã que mora em Bruxelas e uma francesa que vive na África), conheci 3 cidades sicilianas: Modica, Noto e Siracusa.

Modica: San Giorgio

Modica: San Giorgio

Modica é uma cidade barroca, com a maior parte de seus prédios e, todas as igrejas, neste estilo, também conhecida pelo seu diferente chocolate, que é delicioso por ser mais seco e bem pouco gorduroso.

Modica: San Pietro

Modica: Chiesa di San Pietro

Noto, outra joia barroca, conta com as duas melhores sorveterias do mundo segundo o guia Lonely Planet – recomendo principalmente o Cafe Sicilia, fundado em 1892, bem na rua principal da cidade, bem perto da igreja do Duomo (toda cidade da Sicília, ou até da Itália, tem uma igreja chamada Duomo e uma rua chamada Umberto I).

Noto: Duomo

Noto: Duomo

Terminamos o passeio pela histórica Siracusa, com milhares de anos de história – era uma das principais cidades gregas antes de ser conquistada pelos romanos e é a cidade natal de Arquimedes.

Sicilia: Siracusa, Piazza del Duomo

Sicilia: Siracusa, Piazza del Duomo

Aqui é possivel conhecer a igreja do Duomo, construída sobre um templo grego, cujas características colunas podem ser vistas em sua “rústica” parte interna. Não tivemos tempo para visitar o sítio arqueológico de Siracusa, com um anfiteatro entre outras atrações.

Morar na pequena Taormina é uma experiência única. Por ser bastante pequena e compacta, a maior parte da cidade tem restrição ao tráfego de veículos, o que facilita bastante a vida dos moradores e turistas. Para os que não estão hospedados diretamente na via principal – Corso Umberto I, esta sim fechada ao tráfego -, e que devem circular nas outras pequenas ruas, dividindo-as com carros, motos e scooters/vespas, que existem aos montes, a dica é descobrir quais becos (vicos e vicolos) e escadas servem como caminho para seu hotel ou residência. Desta maneira, usando as escadas, o caminho fica muitíssimo mais agradavel e interessante e, muitas vezes, mais curtos.

Taormina: Teatro Greco-Romano

Taormina: Teatro Greco-Romano

Com seu teatro greco-romano de mais de dois mil anos (foto acima), e ainda em uso (nestes naqueles dias recebeu apresentações da banda dos anos 80 Simple Minds e da opera Aida), igrejas históricas, ruas e vielas lotadas de turistas de verão, a cidade também está na rota de navios de cruzeiro aqui do Mediterrâneo. O Corso Umberto I é cheio de lojas de roupas, souvenires, gelaterias, restaurantes e cafés e fica bastante agitado durante a noite. Os cruzeiros que fazem parada na Sicilia usam Taormina como “porto”, para visitas de um dia à cidade e ao Etna – durante minha estada na cidade vi um da MSC, com seus passageiros devidamente identificados com o logotipo da empresa passeando por Taormina.

 

Taormina: Isola Bella

Taormina: Isola Bella

Isso sem falar das belas praias ao redor da cidade, como Mazzero (com rochas de onde é possivel pular na água – adoro isso!), Isola Bella (que fica em uma reserva natural e tem belas águas cristalinas), Spisone e Giardini Naxos, todas muito agradáveis neste dias de verão – sem uma gota de chuva em duas semanas! – quando a temperatura fica sempre acima dos 30°C.

Outra experiência que não tinha feito e que adorei foi a de intercâmbio para aprender outra língua. Na verdade fiz um para Nova York aos 22 anos, mas agora, aos 31, percebi que este tipo de experiência continua válida e interessante. Dei sorte de estar com um grupo de estudantes da mesma faixa etária e com interesses parecidos, então formamos uma turma bastante divertida e unida, certamente com novas amizades que, espero, perdurem. Vale um ponto de atenção, principalmente ao pessoal das agências que prestam este tipo de serviço: o público do viajante/estudante deve ser avaliado de acordo. Ao chegar aqui em Firenze, onde fico fiquei por mais duas semanas estudanto italiano, mas agora também com um curso extra de História da Arte, me deparei com classes repletas de adolescentes, fazendo com que eu me sentisse um tanto quanto deslocado. Sorte que aqui encontrei alguns brasileiros, formando assim um grupo com identidade na nacionalidade.

Aliás, falando da agência onde comprei o pacote (prefiro não citar o nome, pois seus serviços estão deixando um pouco a desejar…), na contratação de um curso, o diferencial é a qualidade do serviço e das informações prestadas – agentes, por favor, deem a devida atençao aos seus clientes/estudantes, pois estar em um país onde não se fala a língua (como é meu caso) é bastante estressante e ter que se preocupar com as informações recebidas – ou não recebidas, no meu caso – é um estresse adicional que só atrapalha.

Taormina: Centauresa

Simbolo de Taormina, uma "Centauresa" bipede

A escola Babilônia de Taormina, por estar fora do circuito das grandes cidades italianas, atrai um público principalmente europeu, diferenciado das demais escolas. E a escola, que recebeu o premio LTM Italian School Language Star Award 2008, tem uma filosofia de ensino que priviligia a comunicaçao e que se provou bastante positiva para mim – cheguei sem falar uma palavra e saí, duas semanas depois, já me comunicando (de forma básica, claro) na língua italiana.

Resumo deste post: a Bela (e quente!) Sicília vale a visita e estudar uma língua no Exterior pode ser uma ótima experiência para qualquer idade!

Ciao! (que em italiano significa tanto Oi quanto Tchau)

Originalmente publicado no Blog Panrotas em Viagem, em 18/08/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/08/18/piccola-taormina-bella-e-calda-sicilia/

Veja mais fotos da Sicília, no photo.jkscatena.com, clicando no mosaico abaixo:

Sicily: Collage

Sicília @ photo.jkscatena.com

28/10/2010

Oslo gastando poucas coroas


Visitando a capital Norueguesa sem gastar muito (originalmente publicado em 2009, com comentários atualizados)

Dá pra aproveitar bastante da cidade, sem gastar muito, simplesmente passeando pelo agitado centro de Oslo. Agitado e compacto, aliás!

Os noruegueses aguardam ansiosamente o verão, época em que eles podem aproveitar os poucos meses de sol e calor. Sim, calor, pois neste ano as temperaturas chegaram aos “assustadores” (não para nos brasileiros) 30°C.

Subir a charmosa ‘Karl Johans Gate’ (gate, por mais que pareça com o inglês gate/portão – em norueguês é uma das variações para rua), saindo da estação central de Oslo em direção ao Palacio Real proporciona um agradável passeio por praças e prédios históricos, como o Parlamento, a Universidade e até a Catedral, que não é muito longe, além de lindas praças repletas de esculturas. Se você tiver sorte pode encontrar uma banda tocando, como a das Forças Armadas que vi se apresentando em um coreto. Começou com um ‘big band’ do Benny Goodman, passou pelo ‘Round about midnight’ do Miles Davis e chegou em um surpreendente ‘Chega de Saudade’ dos nossos Tom Jobim e João Gilberto! Bateu a maior saudade da minha terra!!

Oslo: Karl Johans Gate

Karl Johans Gate, principal rua de Oslo, com o Castelo Real lá no fundo

Falando em esculturas – a cidade está cheia delas e também de diversas fontes – um passeio imperdível é o incrível parque ‘Vigelandsparken’, que tem um paisagismo que não deixa nada a dever em relação a outros jardins do mundo, mas com o diferencial de estar repleto, coalhado, lotado de esculturas de Gustav Vigeland. O parque é uma maravilha para curtir em um bom dia de sol (meu amigo brasileiro, Bruno, de Atibaia/SP, e que agora mora por aqui, disse que no inverno, coberto de neve, também é muito bonito…).

Oslo: Vigelandsparken, Overview

Oslo: Vigelandsparken

As esculturas de Vigeland, praticamente todas de formas humanas – algumas sozinhas, outras em duplas, trios e conjuntos – representam as diversas fases da vida – do feto, passando por bebês, crianças, jovens, adultos e idosos – e também diversas relações humanas e sentimentos.

Oslo: Vigelandsparken, Sculpture

Vigelandsparken: Esculturas Humanas

Oslo: Vigelandsparken, MonolithO auge é um imenso monolito, com pessoas abraçadas, entrelaçadas, empilhadas, cercado de algumas dezenas de estátuas de pedra. Sem contar as demais, ao longo da ponte, perto do rio e uma última ao fundo, um grande círculo humano. Realmente fantástico, único e totalmente gratuito.

E este é realmente um ponto importante, já que a coroa norueguesa é uma moeda muito forte e o custo de vida é bem alto. Atualmente a cotação para o real é de cerca de R$ 1 = NKr 3,40. Mas um sorvete de casquinha, destes de máquina, custa Kn 30, ou quase R$ 10 8,70.Oslo: Vigelandsparken#4

Alem do Vigelandsparken, outras atrações gratuitas incluem:

  • Galeria Nacional: museu de arte norueguesa, principalmente, que apresenta as principais obras de Edvard Münch, pintor conhecido pelo seu quadro “O Grito”, mas que também tem obras dos contemporâneos noruegueses de Münch e de outros pintores como Picasso, Van Gogh, Manet e Monet.
Oslo: National Opera, Overview

Ópera Nacional

  • Ópera Nacional: Seu belíssimo e moderno prédio, inaugurado em 2008 é, na verdade, um “monumento social”, como descrito pelo escritório de arquitetura que o projetou, acessível no maior sentido desta palavra, já que o prédio, construído em uma área portuária em processo de revitalização (ainda não entendo porque no Brasil não temos mais destas revitalizações portuárias, tão comuns em tantas cidades do mundo!) e inteiro revestido de mármore carrara, pode ser completamente visitado por fora – o seu telhado é um grande piso em rampa e escadas, permitindo que você ande por cima de todo o prédio, como se fosse uma enorme praça com diversos níveis.
    Oslo: National Opera, Architecture

    A bela arquitetura da Ópera Nacional

    E ha até uma praia, já que dá pra ir andando até chegar na água. Vale também a pena conhecer o lobby, com sua enorme parede/escultura de madeira. O acesso se dá por passarelas que partem da estação Central de Oslo; mas ao invés de usar a passarela mais moderna, coberta, vá pela outra, mais antiga e descoberta (a sua direita, se estiver de frente para a Ópera), pois desta o ângulo para fotos do prédio da Ópera é bem mais interessante.

Oslo: Stortinget Parliament

Parlamento Nacional

  • Aker Bridge: um empreendimento imobiliário que, como muitos outros no mundo, revitalizou uma área portuária – neste caso as docas de um estaleiro – tornando-a um centro de entretenimento e residencial, com shoppingns, bares e restaurantes. Não deixe de conhecer a parte “de trás”, com lindas fontes e esculturas, além do ‘Beer Palace’ onde se pode provar uma legítima cerveja norueguesa (me disseram que, por lei, a fabricação tem que ser quase artesanal e a cerveja demora seis meses para ficar pronta). Outro item imperdível é provar o Soft Ice, o sorvete de casquinha legítimo da Noruega, uma delícia que vale as NKr 10 que se paga.
  • City Hall/Prefeitura (Oslo rådhus): O imponente prédio de tijolos vermelhos, próximo a Akker Bridge criou polêmica quando foi construído, mas já faz parte do skyline da cidade. Seu hall principal é praticamente uma praça coberta, com uma linda decoração de pinturas e murais e até uma fonte. Preste atenção ao toque do relógio da torre, principalmente nas horas cheias. Aliás, há um concerto semanal do carrilhão – busque a programação no local, que também conta com uma visita guiada, gratuita, ao prédio.
Oslo: City Hall

Prefeitura de Oslo

  • Fortaleza Akershus: o antigo castelo medieval da cidade também pode ser bastante explorado sem custo algum. Só se paga para conhecer o interior das edificações principais, mas o resto – muralhas e jardins, que proporcionam vistas bonitas da cidade, ficam abertos ate as 21h no verão.

Um parêntese para falar do sol norueguês. No verão os dias são superlongos e as noites curtíssimas. Chega-se ao ponto de, no extremo norte do país, o sol não se por – o famoso sol da meia-noite. Vi uma montagem fotográfica em um cartão postal e é algo surpreendente. Em Oslo, nestes dias em que estive na cidade, o sol se punha perto das 22h e já voltava às três da manhã. É de deixar qualquer brasileiro confuso! Ver o dia nascer às três da madrugada, quando o sol se foi há apenas quatro horas… tem explicação, claro, mas parece mesmo inexplicável!

Oslo: Central Station tiger

Eu, brincando em uma das inumeras esculturas da cidade

Vale a pena pesquisar se a compra do Oslo Pass é interessante para o viajante. Como ele inclui todo o transporte – tram/bonde, metrô e ônibus – e outras atrações com entrada paga – Museu Munch, o do Prêmio Nobel da Paz (único dos prêmios cuja entrega não é de responsabilidade sueca), o dos Barcos Vikings, o das expedições Árticas/Antárticas, as piscinas do Vigelandsparken, entre outras, pode realmente ser um bom negócio. Ah! E também permite passear de barco pelos fiordes ao redor da cidade…

Visite Oslo – um destino fora da rota da maioria dos turistas, mas muitíssimo bonito e interessante -, principalmente no verão! Agora, no inverno, com a cidade debaixo de neve… esta eu deixo para depois!

Oslo: JKScatena

Eu com meus amigos Tone e Bruno

Originalmente publicado no Blog Panrotas em Viagem, em 08/08/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/08/08/oslo-gastando-poucas-coroas/

Veja mais fotos de Oslo, no photo.jkscatena.com, clicando no mosaico abaixo:

Oslo: Collage

Oslo @ photo.jkscatena.com

27/10/2010

Dois museus em Amsterdam


Uma visita rápida a museus de Amsterdam (originalmente publicado em 2009, com comentários atualizados)

Minha estada em Amsterdã – decidi voltar a esta cidade que adorei por causa do show do U2 –  foi muito rápida, mas tive tempo de conhecer dois museus que não tinha visitado: a casa de Rembrandt (meu pintor favorito) e o novíssimo Hermitage, filial holandesa do famoso museu russo. Alem de breves passeios pelos encantadores canais desta incrível cidade.

Atualmente Em agosto de 2009 o Museu da Casa de Rembrandt (Rembrandthuis) está estava exibindo o trabalho de Jan Lievens, um amigo de Rembrandt de sua fase inicial em Leiden, cidade onde ambos nasceram e iniciaram suas carreiras. Se separaram quando Lievens mudou-se para Londres e Rembrandt para Amsterdã, mas continuaram amigos por toda a vida.

Amsterdam: Rembrandthuis

Fachada do Rembrandthuis - o predio da direita Žé a casa original

O que mais me interessava é a propria casa de Rembrandt, decorada exatamente como na época em que ele viveu la (1639-58), antes de “falir” financeiramente. Os móveis são originais, de seu inventário de falência, e cada ambiente foi recriado permitindo que se conheça um pouco mais do ambiente em que ele viveu e trabalhou.

O custo da entrada inclui o áudio-guia que explica todos os ambientes e tambem o contexto das obras expostas, além do trabalho de Jan Lievens. Os principais trabalhos de Rembrandt aqui expostos são os desenhos com a técnica de agua-forte (etching), com poucas pinturas, estas no Rijiksmuseum – atualmente parcialmente fechado para reforma (que durará até 2019).

Amsterdam: Rijiksmuseum Facade

Amsterdam: Rijiksmuseum Facade

O Rijiksmuseum está apenas com a exibição de suas principais obras-primas (Masterpieces), entre elas o imenso (4 m x 3 m, uma parede inteira!) “Ronda Noturna” (Night Watch) de Rembrandt, que por si só já valeu a minha visita do ano passado. Clique aqui para ver uma imagem deste belo quadro.

O novissimo Hermitage, fruto de uma parceria cultural da Rússia com a Holanda, foi a maneira encontrada pelo museu russo de conseguir exibir itens de seu acervo que não são geralmente expostos por falta de espaço na já gigantesca sede de São Petesburgo. O edifício holandês, as margens de um canal, é claro, conta com um lindo jardim interno que pode ser visitado sem necessidade de ingresso, bem como um deck/pier no canal.

Amsterdam: Hermitage Museum

Jardins do Hermitage

A exposição atual de inauguração do museu é era sobre a cultura russa na época dos czares – “Na Corte Russa“, contada por meio de roupas e objetos. E um enorme fashion show! Uma das alas recria uma recepção “real”, com os trajes de gala dos personagens do mais alto escalao da sociedade, além do lindíssimo trono real – com cabeças de águia no lugar dos braços e patas de leão nos pés, inteiro dourado.

A outra ala recria um salão de baile, que ganha vida a cada meia hora, com os manequins “girando” sobre plataformas, música e filmes projetados nas paredes.

Outras exposições complementares mostram objetos da vida cotidiana no palácio: a caça, brinquedos, jogos, teatro, fumo, banquetes, vida íntima, joias e condecorações. Este museu, definitivamente, vale o ingresso.

 

Amsterdam: Tram @ Reguliersbreestraat

Tram @ Reguliersbreestraat

E circular pela cidade em seus agradáveis trams (bondes) – na minha opiniao a melhor maneira de se locomover – ficou mais fácil agora que os anúncios das paradas ganharam também uma versão em inglês após o difícil anúncio em holandês.

Amsterdam: Canal

Passeando pelos canais da cidade

Ainda não tive a oportunidade de passear de bicicleta pela cidade – esta sim a maneira mais típica e tradicional – mas vai ficar para a próxima visita. Aliás, é mais um motivo para voltar a Amsterdã!

Amsterdam: Bike Panning

Andar de bicicleta fica pra próxima!

Originalmente publicado no Blog Panrotas em Viagem, em 02/08/2009:

Veja mais fotos de Amsterdam, no photo.jkscatena.com, clicando no mosaico abaixo:
Amsterdam Collage

Amsterdam @ photo.jkscatena.com

26/10/2010

U2 em Amsterdam: eu fui!


Fui no show do U2 em Amsterdam! (originalmente publicado em 2009)

Hoje em dia fica mais facil, porque dá pra fazer tudo pela internet.

Eu bem que queria voltar para Amsterdã, já que na minha última viagem para lá, há cerca de um ano, acabei só passando duas noites na cidade, que mal tive tempo de conhecer.

Mas antes precisava conhecer Paris (dizem que ir a Europa e não ir a Paris, é como não ir a Europa), Roma, ou mesmo Viena, Budapeste (tá, tem uma lista enorme e vocês já devem ter entendido) antes de voltar, por mais que eu tenha gostado.

Só que, uma semana antes de viajar, caiu a ficha: a turnê europeia do U2 (show U2 360º) tinha acabado de começar, em Barcelona. “Será que consigo assistir a algum dos shows?”

Entrei no u2.com – show dates – Amsterdã 20 e 21 de julho, exatamente na semana quando eu não tinha programação nenhuma! Comprei pelo site – lugar marcado, arquibancada lateral, já que a pista estava esgotada -, paguei no cartão de crédito, reservei noites no mesmo hotel em que fiquei no ano passado (Hotel Plantage, que não é muito caro, mesmo sendo na área mais central de Amsterdã, perto do zoo – info@hotelplantage.nl), comprei as passagens e comecei a atiçar minhas expectativas.

Quem gosta do U2 deve reconhecer que este último CD – No Line on the Horizon – é um dos melhores e tem músicas muito fortes e marcantes, como Breathe, Moment of Surrender e Magnificent. Procurei na internet o set list do show de Barcelona, programei no meu iPod e comecei a me preparar.

Ao chegar em Amsterdã, na tarde de segunda-feira, 20, fui ao posto de informações turisticas, na estação central, para comprar o passe do transporte público e pedi orientações de como chegar na Arena. “Você também vai??”, foi a pergunta-resposta da atendente… pelo jeito muita gente viajou para cá para esta balada! Tive tempo para dar uma voltinha pelos canais da cidade, antes de voltar ao hotel para ir para a Ajax Arena, no sul de Amsterdã.

O acesso à arena é fácil, direto pelo metrô – estava muito cheio, mesmo!, com pessoas esperando por mais de um trem para poder embarcar – e a entrada, superorganizada, também foi simples. Poltronas de couro, estádio todo coberto, tudo muito civilizado. Pra falar a verdade, até demais – perde um pouco em animação, comparando com shows no Brasil, mas ok, eu estava nas cadeiras e não na pista, onde certamente a animação era maior. Mas estamos anos aquém em organização e infraestrutura de transportes e disso eu não senti saudade nenhuma!!

Um ponto que achei interessante, é que a confiança no cidadão, que se manifesta em diversas maneiras, é tanta que não passei por nenhum tipo de revista. Apenas uma olhada do segurança, sem equipamento nenhum, nem aquele detector de metais de aeroportos, e pronto.

O show é excelente, mais focado nas músicas do último CD, mas com os principais sucessos também presentes: Pride (in the name of love), Where the streets have no name, Sunday Bloody Sunday, Vertigo, Beautiful Day, City of Bliding Lights e One – essa última com uma pegada politizada, como sempre tem sido. Além de uma manifestação em suporte à situação do Irã, quando o palco todo ficou verde.

U2 @ Amsterdam: Breathe

Começa o show: Breathe

U2 @ Amsterdam: Stage

O palco, uma estrutura gigantesca, com um belo telã‹o

U2 @ Amsterdam: The Edge

The Edge vai pra galera!

U2 @ Amsterdam: Screen

O telão abre e desce, em um efeito fantástico

U2 @ Amsterdam: City of Bliding Lights

City of Blinding Lights

U2 @ Amsterdam: Faces

O telão, fechado novamente, desce e parece ainda maior

Tenho que admitir que esta brincadeira toda não saiu muito barata, mas é DEMAIS, e valeu cada centavo (de euros).

U2 @ Amsterdam: JKScatena

U2 de Arquibancada

U2 @ Amsterdam: Green for Iran

Going green for Iran

Originalmente publicado no Blog Panrotas em Viagem, em 22/07/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/07/22/u2-em-amsterda-eu-fui/

 

Veja mais fotos deste show, no photo.jkscatena.com, clicando no mosaico abaixo:

U2: Amsterdam 2009 - Collage

U2: Amsterdam 2009 - Collage

26/10/2010

Anish Kapoor vira Londres de cabeça pra baixo


 

Anish Kapoor @ Kensington Gardens: Sky Mirror, Red

Anish Kapoor @ Kensington Gardens: Sky Mirror, Red

Anish Kapoor, o artista indiano (nascido em Bombay, em 1954), mas que vive em Londres desde os anos 70 está de volta à cidade com suas impressionantes obras geométricas e altamente reflexivas.

 

Anish Kapoor @ Kensington Gardens: Sky Mirror

Anish Kapoor @ Kensington Gardens: Sky Mirror

Depois de uma temporada na Royal Academy of Arts em 2009, a maior exibição solo de suas obras aqui em Londres, uma nova leva de obras será exposta até 13 de março de 2011 no Kensington Gardens, um dos oito parques reais (Royal Parks) da cidade.

Anish Kapoor @ Kensington Gardens: C-Curve

Anish Kapoor @ Kensington Gardens: C-Curve

A exposição “Turning the World Upside Down” (Virando o mundo de cabeça para baixo), organizada pelo Royal Parks e a Serpentine Gallery apresenta 4 obras – Sky Mirror (2006), C-Curve (2007), Sky Mirror, Red (2007) e Non-Object (Spire), também de 2007 – espalhadas pelo parque, “refletindo as diferentes cores, elementos e humores da mudança das estações”, como descrito no folheto da exposição. “Apesar da monumentalidade, as obras parecem existir pelo reflexo do seu entorno: o céu, árvores, água, os cisnes que passam ou as pessoas. Os reflexos nas superfícies espelhadas das obras fazem os visitantes se questionarem sobre a relação com as obras e com o ambiente que as circunda”.

A exposição é gratuita e o parque fica aberto todos os dias das 6h00 até o final da tarde. As estações de metrô mais próximas são Lancaster Gate, Queensway e South Kensington. Mais informações no site (em inglês): kapoorinkensington.org.uk.

Para ver mais fotos de obras do Anish Kapoor, no photo.jkscatena.com, incluindo algumas da exposição na Royal Academy of Arts do ano passado clique no mosaico abaixo.

London: Anish Kapoor @ Kensington Garden, Collage

Anish Kapoor no photo.jkscatena.com

07/10/2010

Passeios legais em Londres


Mais dicas de Londres (originalmente publicado em 2009, com comentários atualizados)

  • National Gallery: é um paraíso para quem admira pintura. Rembrandt (para suas pinturas, minhas favoritas, vá direto à sala 24), Van Gogh, Ticiano, Vermeer, enfim, todos os mestres e com entrada gratuita. Então você pode entrar, ver uma parte, talvez seus prediletos e sair. Voltar outro dia, das mais uma olhada e sair. Entrar novamente, pois teve uma dúvida ou ficou curioso sobre alguma coisa… e sair. Sem pagar nada. Importante: doações são encorajadas, até para manter a visitação do acervo de graça. E além do acervo, aqui algumas das exposições temporárias também não têm custo e vale a pena dar uma espiada no cinema que há na ala Sainsbury (prédio anexo), pois são apresentados filmes sobre os pintores – como um sobre o Caravaggio que assisti nesta semana. Além fato dela estar na Trafalgar Square… ficar observando o movimento, sentado nas escadas ou junto à Nelson’s Column já é um passeio!
London: National Gallery at Trafalgar Sq

National Gallery, que fica na Trafalgar Square, vista da base da Nelson's Column

  • Greenwich Park: um lindíssimo passeio! Se você tiver tempo e disposição, pegue a Jubilee Line até o Canary Wharf – um empreendimento moderno, com arranha céus, praças e fontes, na área das docas do sudeste da cidade – e vá caminhando, ao longo do Tâmisa, para os Island Gardens.
    London: Pedestrian Tunnel below the Thames River

    Eu, no túnel sob o rio

    Atravesse o rio andando (?!?) por um túnel para pedestres construído em 1902 para chegar a Greenwich, um lugar que é um descanso da loucura e agitação de Londres! No Old Royal Naval College, projetado pelo Sir Cristopher Wren, o mesmo da Catedral de Saint Paul, visite o Painted Hall (com suas “colunas falsas”, teto e paredes completamente decorados com pinturas) e a Capela, antes de rumar para o topo da colina onde está o famoso Royal Observatory – o marco zero de latitude da terra, o meridiano 0º. Dica importante: a última entrada no observatório é as 16h30 e a estação da Jubilee Line de “North Greenwich” atende à O2 Arena (antigo Millenium Dome), e é longe deste parque.

    London: Greenwich, Royal Naval College

    Parada para aproveitar o sol, no Old Royal Naval College

    Para o Greenwich Park, use o DLR, que tem a estação Island Gardens bem perto do túnel sob o rio – uma alternativa se não quiser/puder vir caminhando de Canary Wharf. Na volta, depois de visitar o observatório, aproveitar a incrível vista panorâmica da cidade, tirar fotos no marco do Meridiano 0 e fazer compras na lojinha de souvenires, desça a colina e passe pelo centrinho comercial de Greenwich antes de embarcar na estação Cutty Sark (o whisky? sim e não, um antigo navio que fica ancorado aqui, aberto a visitação, mas ainda fechado para reforma – veja a situação atual aqui) do DLR, em direção a Central London.

London: Canary Wharf

London: Canary Wharf

London: Painted Hall, Old Royal Naval College

Painted Hall do Old Royal Naval College

  • Barbican: um empreendimento imobiliário inspirado nos conceitos do arquiteto Le Corbusier, é outro lugar que merece ser visitado.
    London: Barbican fountain

    London: Barbican

    Um conjunto de torres residenciais, comerciais, centro de artes, escola (para meninas), lagos e praças, junto às antigas muralhas da City of London. Passear por suas passarelas (high walks), aproveitar o sol (quando tem!) nas praças e junto aos lagos é um passeio super agradável. O Museu de Londres, que conta a história da cidade, desde a pré-história, passando pela ocupação romana e a Londres medieval – além de uma exposição sobre o Grande Incêndio que destruiu a city em 1666, também gratuito, está bem perto deste complexo. O Barbican tem uma estação de metro própria, mas está muito perto da St. Paul, que também atende à catedral de mesmo nome.

    London: Barbican Estate

    Barbican

  • Tate Modern: para aproveitar melhor o passeio neste enorme museu de arte moderna, gratuito, exceto pelas exposições especiais, vale se programar para acompanhar uma das visitas guiadas (gratuitas também). Atualmente tem uma ao meio-dia e outras duas às 14h e 15h, cada um em uma ala específica da galeria.
    London: Tate Modern's terrace

    Terraço panoramico da Tate Modern e o painel com marcos arquitetô™nicos

    Aliás, para aproveitar mais mesmo, pegue o tube até St. Paul e venha descendo a rua até chegar na Millenium Bridge, que atravessando, dá direto na Tate Modern. No quinto andar, passe pela loja e o café e acesse o terraço panorâmico, que, além da vista, tem um painel que explica os destaques arquitetônicos visíveis daqui. Chega a ser uma brincadeira interessante tentar identificar cada prédio, fazendo a conexão com seu destaque no painel. Não perca a loja de arte do térreo! Além de pôsteres, cartões postais e livros de arte, pode-se encontrar uma enorme variedade de presentes e souvenires, todos ligados ao tipo de arte exposto por aqui.

  • Pub: essa é uma dica rápida. Ficamos (eu, meu irmão e uns amigos) querendo achar um “traditional british pub”, para tomar um pint (a medida de volume específica para a cerveja inglesa, de 473 ml) longe de turistas. Do nada, ao lado da Houses of Parliament, onde tem o Big Ben – aliás o Ben é só o sino, não o relógio nem a torre – achamos a St. Stephen Tavern – 10 Bridge Street (que só descobrimos o motivo do nome, mais tarde, em casa, olhando um mapa que compramos durante a tarde). Só a vista do relógio, pela janela, e o ambiente cheio de ingleses em seu happy hour já vale a visita. Tome aqui um pint rápido para recarregar as energias!
London: St Stephen's Tavern & Big Ben

St. Stephen Tavern

  • Stanfords (explore – discover – inspire): quer um guia de viagens, um mapa, ou qualquer outra coisa relacionada? Aqui você encontra. Esta loja, bem perto do Covent Garden Market (12 – 14 Long Acrewww.stanfords.co.uk) é repleta de guias de viagens, mapas e tudo mais a ver com o tema – globos, balões com o mapa mundi, mapas de parede, cortinas de banheiro estampadas com mapas, acessórios (canivetes, lanternas, roupas) e tudo o que você possa imaginar.
    Stanfords - The World's largest map and travel bookshop

    Stanfords: a loja de viagem mais legal da cidade

    São três andares repletos! Tem uma parede enorme só de guias de Londres, dos mais diversos, além do enorme mapa no chão, que faz a alegria das crianças (tá, eu também fiquei curtindo e procurando lugares). Adorei quando ouvi uma criança dizendo ao pai “Não temos nada como isso aqui lá em Iowa” – e em nenhum outro lugar que eu já tenha visitado.

Vou deixar para completar outros passeios especiais mais tarde, porque agora quero sair para aproveitar um pouco mais desta linda, apaixonante e fantástica cidade. Quando estive aqui pela primeira vez no ano passado eu já tinha me apaixonado. Voltar, explorar novos lugares e re-visitar outros “is quite lovely indeed”.

Originalmente publicado no Blog Panrotas em Viagem, em 17/07/2009: http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/07/17/passeios-legais-em-londres/

03/10/2010

Londres: como ser econômico em pounds?


Adote o “Quem converte não se diverte”, tenha em mente seu orçamento e aproveite tudo de bom que Londres oferece DE GRAÇA. Mas, pra facilitar as coisas, consulte a cotação de Libras/Pounds (£) x Reais (R$) no site do BC.

Sim, o diferencial é a cidade em si, com seus inúmeros parques e museus, todos de graça! Você pode entrar e sair, quantas vezes quiser, durante todos os dias do ano em que estiverem abertos, da maior parte dos museus britânicos – National Gallery, Victoria and Albert, British Museum, Natural History, Imperial War, Science Museum, Tate Britain, Tate Modern

Tate Modern Terrace View

Terraço panoramico da Tate Modern e o painel com marcos arquitetô™nicos

Sempre há uma exposição especial, esta sim com entrada paga (8 a 10 libras), mas os acervos permanentes estão todos abertos. É incrível! Eles solicitam uma doação voluntária, então decida o quanto quer gastar e procure as caixas de pagamento – muitas com um toque lúdico – e vale depositar desde 1 pennie a algumas libras, ou dólares, ou euros, o quanto quiser, ou até nada, se decidir.

Compre um cartão de transporte – Oyster Card – e já carregue com o total que você prevê gastar em transporte na cidade – £25 para 3 dias é uma boa referência. Porque tem a curtição de viajar de ‘Tube’ (como o metrô é conhecido na cidade) em Londres, que é, mesmo sendo caro em reais, o jeito mais barato de se locomover – o Oyster é aceito em toda a rede do tube, ônibus, Docklands Light Rail (DLR) e trens urbanos, debitando automaticamente suas viagens, resolvendo toda aquela cobrança complicada de zonas. E tem uma tarifa máxima diária que, quando atingida, passa a liberar sua viagem sem custo. É possível comprar seu Oyster, online, pelo site VisitBritain e recebê-lo em casa antes de viajar, ou mesmo comprar diretamente nas estações do Tube.

E se sua estada for maior que 4 dias, vale mais a pena usar o Oyster com a carga por dias. Para sete dias, por exemplo, sai por pouco mais de £25, e você usa o sistema inteirinho, só tocando o Oyster na entrada e saída das estações, ou quando embarcar no ônibus e trens. Há um centro de atendimento do Transport for London no aeroporto de Heathrow e diversos outros nas estações do tube por toda a cidade. Pagamento em dinheiro ou cartão de crédito.

Arrange um bom guia – é essencial para você conseguir dar uma direcionada no passeio. E um mapa! Aliás esta é a sugestão básica para qualquer viagem: ao chegar em uma nova cidade, arranje um mapa local. E, é claro, um mapa do extenso sistema de metrô da cidade – este você pega direto nas estações (e o site da TfL é ótimo pra planejar viagens!). Se acostume a fazer conexões para chegar a seu destino e preste bastante atenção aos avisos espalhados nas estações: o sistema está em ampliaçao e melhoria constante, com diversas obras que podem suspender a operação de algumas linhas por uns dias, principalmente nos finais de semana, ou mesmo atrapalhar e/ou impedir conexões em determinadas estações.

London: Stanfords Bookstore, Map

Trafalgar Square, no mapa da Stanfords

Aproveite os parques reais e praças da cidade, o South Bank, Picadilly, Trafalgar, Hyde Park, St. James Park, próximo ao Palácio de Buckingham – a troca da Guarda é passeio obrigatório, mas é um tanto longa e a melhor parte está perto do final: a banda toca, entre outras, algumas músicas pop mais conhecidas. Eu ouvi o tema de 007, quando assisti à troca em 2008, na minha primeira visita à cidade.

Para aproveitar as vistas mais legais do Rio Tâmisa, o ideal é passear pelo South Bank, onde está a London Eye (£17 pounds – adultos ou £27, usando o ticket “fast track”, sem filas, ambos com desconto se comprados via internet – www.londoneye.com), o The Globe e a Tate Modern, fora a melhor vista panorâmica do Big Ben e Houses of Parliament. Para melhores fotos, vá pela manhã.

Tem mais dicas vindo por aí, aguardem os próximos posts!

London, Eye

London, Eye

Jaime Scatena
Fotógrafo e engenheiro
Especial para o Blog PANROTAS Em Viagem

Originalmente publicado no Blog Panrotas em Viagem, em 17/07/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/07/17/ja-em-londres-mas-como-ser-economico-em-pounds/

Revisado (texto e novas fotos) em Out/2010.

30/09/2010

Fotos do National Theatre de Londres


Clique no mosaico abaixo, ou aqui, para ver as fotos.

Click on mosaic below, or here, to see my pictures from London’s National Theatre.

Fa’ clic nel mosaico sotto, oppure qua, per guardare le miei foto del National Theatre di Londra.

Tem foto nova no photo.jkscatena.com, o meu website de fotografias.

São algumas das fotos que fiz durante curso “Arte, Aquitetura e Fotografia”, que frequentei em março deste ano na Central Saint Martins College of Art & Design, aqui em Londres.

London's National Theatre: Collage

London's National Theatre @ photo.jkscatena.com

22/09/2010

Bath: os romanos na Inglaterra


No mesmo dia em que estive em Salisbury para conhecer Stonehenge fui para Bath para visitar esta pequena, mas muito bela cidade inglesa. Na verdade não foi a melhor das idéias, já que Bath merece mais tempo para ser devidamente apreciada: não tive muito tempo para conhecer a cidade, tive que acelerar a visita aos banhos romanos e nem tive chance de aproveitar os spas que existem aqui.

Bath: Avon River & Pulteney Bridge

Bath: Rio Avon & Ponte Pulteney

Pelo menos pude dar uma volta pela cidade, conhecer o “Royal Crescent” e o “The Circus“, que são ruas/praças de enorme apelo arquitetônico, projetadas no estilo Neo-Clássico pelos arquitetos, pai e filho, John Wood no séc. XVIII.

Bath: Royal Crescent

Bath: Royal Crescent

Mas a principal atração, e até a razão da fundação da cidade é a existência de uma fonte termal aqui, que atraiu os celtas e depois os romanos, que construíram enormes banhos que acabaram originando a cidade de Aquae Sulis, a predecessora de Bath.

Romans Baths: Pool

A grande piscina dos Banhos Romanos

Bath Abbey

Bath: Abadia

A visita aos Banhos Romanos, localizados bem à frente da abadia da cidade, é um verdadeiro mergulho no passado. A qualidade da exposição toda, o audio guia e o ambiente fazem com que você se sinta como que transportado ao tempo dos romanos.

A entrada custa cerca de £12 (varia de acordo com os meses do ano, mais caro em jul/ago) e inclui o audio guia, em oito línguas (mas não em português). São recomendadas 2h para visitar todo o complexo com calma, tempo que eu realmente não tive. Ainda assim curti muito e recomendo a visita.

Romans Baths: Model

Maquete dos Banhos Romanos

Um amigo meu brasileiro que mora aqui em Londres já me convidou pra voltar a Bath, mas, segundo ele, o ideal é chegar muito cedo e passar todo o dia, inclusive aproveitando os novos e modernos spas que se aproveitam desta fonte termal que fez a fama do local. Bath é um dos Patrimônios Mundiais da Humanidade da UNESCO, tanto pelos banhos quanto pelas atrações arquitetônicas da cidade.

Roman Baths: Façade

A antiga fachada dos Banhos Romanos

21/09/2010

Visitando Stonehenge


Stonehenge é, para muitos, um local místico, um daqueles lugares que se deseja conhecer desde sempre, às vezes até esperando uma visita mágica ou algo assim. Pelo menos era mais ou menos o que eu sentia a respeito deste intrigante círculo de pedras com propriedades astronômicas. E admito que fiquei muito admirado ao finalmente visita-lo há algumas semanas.

Stonehenge

Stonehenge: Vista geral

Já planejava conhecer o local desde a última vez que estive em Londres, entre março e junho deste ano, no meu circuito extra-Londres, mas acabei não fazendo e, quando um amigo meu inglês sugeriu a visita, agora em setembro, aceitei sem pestanejar. Programamos então um passeio a Stonehenge e Bath, no mesmo dia.

Stonehenge: Alignment

O incrível alinhamento das pedras de Stonehenge

Existem tours que partem de Londres (tem um posto que vende logo na estação Tower Hill do metrô) e custam cerca de £45. Nós fomos por conta própria e o passeio saiu mais ou menos pelo mesmo preço, mas com a vantagem do agradável passeio de trem (os tours são de ônibus) e da liberdade de fazer nosso próprio programa. O trem para Salisbury, a estação de trem mais perto do monumento, parte da Victoria Station londrina, leva cerca de 1h30 e custa £30,50. Eu acabei pagando bem menos, porque tivemos um desconto na compra, direto na bilheteria da estação, por sermos um grupo (3 pessoas) – e, ao final, compramos o bilhete Londres – Salisbury – Bath – Londres por £21. Como escrevi no meu post sobre Bath, a minha conclusão é que fazer tudo no mesmo dia não vale a pena… passamos pouquíssimo tempo em Bath e não deu pra aproveitar bem a visita.

Ao chegar na estação de Salisbury procure o posto de venda do tour para Stonehenge e compre o bilhete diretamente ali. O embarque no ônibus que leva ao monumento é logo na saída da estação, parte a cada meia hora, durante o verão e custa £18, incluindo o transporte e a entrada para Stonehenge e para Old Sarum (ruínas da antiga cidade de Salisbury). Por £11 você pode fazer apenas o passeio de ônibus (no caso de ser sócio do English Heritage, que opera o monumento, e não pagar pela entrada – aliás, acabei de descobrir o Visitor Pass do English Heritage, que oferece entrada em uma série de monumentos e castelos por apenas £20, válido por uma semana).

O passeio de ônibus é muito agradável e uma gravação faz o papel de guia durante o percurso de ida e volta, contando a história de Salisbury, dos principais prédios da cidade, do importante papel da base militar (aeronautica) nos arredores da cidade durante a Segunda Guerra Mundial etc. E, é claro, informações sobre Stonehenge e Old Sarum.

Stonehenge: Visitors

Os visitantes circulam as pedras, sem acesso ao centro

Reserve cerca de 1h30 a 2h00 para conhecer Stonehenge, especialmente se estiver por lá num belo dia de sol. A entrada inclui um audio guia (em 10 línguas) que conta a história e explica todos os detalhes do circulo de pedras, construído entre 2500 e 2000 AC – mas a mística ocupação do local começou ainda antes, em 3000 AC. Desde 1978 o acesso é permitido somente ao redor do monumento, o que ajuda a obter boas fotos sem turistas dentro dele. Na verdade, com visitas agendadas, é possível entrar no círculo em pequenos grupos. O acesso a Stonehenge no solstício de verão (cerca de 21 de junho) é diferenciado, já que é uma data “mágica” e segue regras bem específicas para receber os cerca de 30.000 visitantes que circulam no local a cada ano. Ao total, o local recebe mais de 850.000 visitantes ao ano (dados de 2008).

A visita é realmente mágica e extremamente agradável. Vale muito a pena!

Completando, acabei de descobrir que dá sim pra visitar o centro do círculo, ao menos virutalmente. É que o Google Maps já tem mapeado o local com sua ferramenta Street View. Veja aqui.

Old Sarum: Cathedral

Old Sarum: Ruínas da antiga Catedral

Na volta a Salisbury há a possibilidade de parar em Old Sarum, as ruínas do castelo e da catedral que, mais ou menos, deram origem à cidade de Salisbury. Os resquícios de ocupação desta colina chegam ao ano 3000 AC e a primeira fortificação foi construída em cerca de 500 AC. Os romanos, quando ocuparam a Grã-Bretanha (de 43 a 410 DC) construíram uma base no local (Sorviodunum) e o castelo das atuais ruínas data de 1069. Sua decadência iniciou com a construção da nova catedral de Salisbury, depois do rompimento do bispo com o rei, nos anos 1200. A entrada nas ruínas está inclusa no bilhete do Tour e é também bastante interessante. Pra voltar a Salisbury de Old Sarum, você pode pegar qualquer um dos ônibus que passam na estrada local e sua passagem está também incluída no bilhete do Tour.

21/08/2010

Francesca Woodman, Milão 2010


Após visitar a mostra com obras da fotógrafa americana Francesca Woodman (Denver/CO 1958 – Nova York/NY 1981) fui tomado por uma onda de inspiração como nunca mais havia tido e produzi a série fotográfica que ilustra este texto, que é uma tradução livre do folheto da exposição. Minhas impressões e motivações para criar as minhas fotos estão no post a seguir: Inspired.

JKScatena as F.Woodman

JKScatena as F.Woodman

Francesca começou a fotografar ainda adolescente e percorre uma trajetória intensa, mas curta, que termina com seu suicídio aos 23 anos.

Quase toda a sua produção é baseada no relacionamento entre seu próprio corpo, objeto e sujeito de seus cliques e de seu olhar. De si própria não propõe uma visão idealizada, heróica ou carregada de qualquer significado particular; ao contrário, sua imagem é sempre inserida no cenário como se deste fosse parte. Geralmente seu corpo é coberto pela pintura da parede, joga com a própria sombra, aparece e some através portas e janelas, se esconde atrás dos móveis e objetos; a luz mais a faz perder consistência do quer exalta-la. “Me interessa a maneira como as pessoas se relacionam com o espaço. A melhor maneira de faze-lo é registrar suas interações com as fronteiras destes espaços. Comecei fazendo isso com ‘fotografias fantasmas’, pessoas desaparecendo em uma superfície plana…”.

Multiplo

Multiplo

Submisso

Submisso

Um traço recorrente e de grande expressividade é a ausência da face, cortada no enquadramento, escondida por máscaras, pelo próprio cabelo, por uma torção do corpo. “Uso a mim mesma como modelo por uma questão de conveniência. Estou sempre disponível”.

Nascida em 1958, filha de um pintor e de uma ceramista, Francesca se inscreve em 1972 em uma escola particular para garotas, a Abbot Academy, uma das poucas com cursos de arte – nesta época começa a fotografar, usando seu quarto como estúdio e cenário. Sob a influência de uma das professoras, a fotógrafa Wendt Snyder McNeill, cursa a Rhode Island School of Design (RISD, Providence/EUA) a partir de 1976 – ambienta agora suas fotografias no local onde reside, um grande apartamento semi vazio em um antigo prédio industrial.

Entre 1977 e 78 estuda em Roma/Itália na sede européia do RISD com a amiga Sloan Rankin, onde realiza sua primeira exposição individual. No outono de 1978 retorna a Providence, onde conclui os estudos na RISD, obtendo o título de BFA em Fotografia e se transfere para Nova York. Em janeiro de 1981 é publicada a edição impressa de “Some disoriented interior geometries” (Synapse Press, Philadelphia), um dos seis cadernos fotográficos elaborados durante sua permanência em Roma. No dia 19 do mesmo mês abandona voluntariamente a vida.

Inquadrato

Inquadrato

Francesca Woodman. Milão – Palazzo della Ragione; 16 de julho a 24 de outubro de 2010.

19/08/2010

Genebra: um passeio na cidade junto ao lago


Para mim, uma das atrações mais interessantes de Genebra é exatamente o Lago Genebra, ou Lac Leman, como também é conhecido. Sim, porque a bela cidade se espalha em torno do lago, abraçando-o em seu lado sul, onde se encontra a cidade velha de Genebra.

Genebra - Jet d'Eau - Inclinado

Jet d'Eau, visto dos Pâquis

Genebra - Jet d'Eau Pier

Jet d'Eau: por aqui se chega na base do jato

O belo Jet d’Eau, um enorme jato d’água que atinge a altura de 140 metros domina a paisagem e pode ser visto de qualquer ponto às margens do lago e de qualquer ponto alto da cidade. Mas não é só para ser apreciado de longe, já que se pode chegar bem perto de sua base e, na verdade, até banhar-se na sua bruma. Para poder aprecia-lo de perto é só dirigir-se à Quai G. Ador, onde tem um pier que liga a margem à base do jato. Mesmo se não quiser se molhar, vale muito a pena dirigir-se a este local para observar o jato mais de perto.

Genebra - Jet d'Eau - Arco Iris

Jet d'Eau, visto dos Pâquis

Aparte dos meses de inverno (novembro a fevereiro, na temporada 2010-2011), é ligado às 10h00 e vale a pena observar este momento, quando o primeiro jato é lançado. A cada segundo 500 litros de água são atirados ao alto, saindo a uma velocidade de 240 km/h! Foi inaugurado em 1891 e renovado em 1951.

Circular na cidade é bastante simples, principalmente se você estiver hospedado em algum hotel da cidade ou mesmo se possuir um passe de trem suíço. Em ambos os casos, você tem acesso a todos os meios de transporte – ônibus, trens, trams/bondes e até barcos – dentro da Zona 10, que cobre praticamente toda o centro expandido da cidade, incluindo o Aeroporto.

Genebra - Barco

Uma das linhas de transporte pùblico da cidade

Aqui os meios de transporte não tem catraca e você deve apenas portar um passe válido – no caso, o passe de trem ou o cartão Geneva Transport Card, que você pode pedir quando fizer o check in no hotel. Não deixe de usar os deliciosos barcos das linhas M1 a M4 que cruzam o lago. São passeios curtos mas muitíssimo agradáveis!

Genebra - Saint Pierre

Catedral de Saint Pierre

Uma parte da cidade que não pode deixar de ser visitada é a cidade velha, dominada ao alto pela Catedral de São Pedro. As estreitas ruas da Genebra medieval podem ser visitadas tranquilamente a pé – deixe-se perder por elas, explorando sem preocupar-se, já que não é muito grande e depois é só descer em qualquer direção para chegar ao lago ou às linhas de tram, que circundam esta zona.

Genebra - Cidade Velha

Uma das praças da cidade velha

Aliás, a Catedral é uma visita imperdível, seja para conhecer o local onde Calvino começou a Reforma Protestante da igreja, que tanto influenciou a história da cidade. Por estar livre do domínio da igreja católica, a cidade de Genebra atraiu muitos artistas, poetas e pensadores que ajudaram a formar esta que é a segunda cidade mais populosa do país. Na catedral dá pra ver a cadeira usada por Calvino e também a bela Capela dos Macabeus, transformada por ele durante muito tempo em uma sala de aula, e hoje restaurada.

Genebra - Vista Catedral

A bela vista da torre da Catedral de St. Pierre

Subir nas torres da catedral custa apenas ChF 4,00 e proporciona uma bela vista panorâmica da cidade. A Torre Norte é mais interessante, já que tem terraços abertos excelente para fotos – se tiver pouco tempo pode até abrir mão de visitar a Torre Sul… só que desta se pode fotografar a Torre Norte com o lago ao fundo.

Genebra - Capela Macabeus

O belo teto da Capela dos Macabeus

Junto à loja da catedral, onde se adquire o bilhete para subir às torres e que fica ao lado do altar – hoje o edifício não é um templo religioso, mas um local que sedia eventos importantes da cidade e do país – tem um breve vídeo (inglês e francês) que conta a história da catedral e que vale a pena ser visto.

Genebra - Cafe Saint Pierre

O charmoso Café Saint Pierre

Bem ao lado da catedral fica o Café Creperie Saint Pierre, no mesmo local há mais de 500 anos. É uma excelente opção para um almoço leve e extremamente agradável, principalmente nas mesas externas, ao lado da praça e com uma vista belíssima da catedral. Uma refeição com crepe, cerveja e café sai por cerca de ChF 23,00. Aprecie também o toque dos sinos da torre, a cada 15 minutos. Aliás, este é um hábito que estou adquirindo aqui na Itália, com suas cidades repletas de igrejas. Os sinos aqui não soam apenas as badaladas das horas, mas melodias completas, principalmente nas horas cheias e perto das missas. Nestes momentos o ar fica tomado pelo som dos sinos. Cativante!

Saindo da cidade velha ao final do dia, desça até o lago e pegue o barco M1, da parada Molard e dirija-se ao Pâquis, na Quai du Mont-Blanc para apreciar o pôr do sol.

Os Bains des Paquis são uma verdadeira praia no limpido e fresco Lac Leman. Com toda a estrutura necessária para banhar-se – desde praias de seixos até piscinas, vestiários, banheiros e bares – dá pra passar um tempão por aqui curtindo o lago, especialmente num lindo dia de sol como o que eu peguei.

Genebra - Bain des Paquis

Bain des Pâquis: a praia do Lago

A entrada custa ChF 2,00, então vir aqui só para  apreciar o pôr do sol, com uma vista diferenciada do Jet d’Eau, é um bom passeio. Até o início de setembro aqui tem também uma série de espetáculos no nascer do sol – os Aubes Musicales – que valem muito a pena.

Genebra - Les Brasseurs

Restaurante Les Brasseus, bem perto da estação de Cornavin

Outra dica legal de restaurante é o Le Brasseurs (Place Cornavin 20 – www.les-brasseurs.ch), bem na frente da estação de trem. Aqui a cozinha fica aberta até as 23h45 (0h45 sextas e sábados) e se pode apreciar um tipo de comida que eu não conhecia – e que tão pouco arrisco pronunciar o nome – os Flammenkueches: uma fina massa, que parece de pizza, do tamanho de um prato, com coberturas diversas. Comi uma com ovo e queijo que era leve e saborosa. Custam entre ChF 15,00 e 25,00, mas com promoções especiais no almoço durante a semana. Outro prato que vale a pena, mas só para os apreciadores de carne, é o Tartar – carne moída, crua e temperada, com torradas e fritas a ChF 26,50. O local oferece ainda cervejas de diversos tipos e tamanhos, até uma coluna de 10l, perfeita para grupos.

E, é claro, o Café Pessoa, que tem a DELICIOSA Picanha à Brasileira aos sábados.

Fora tudo isso, Genebra é ainda um destino de compras e, em Agosto, as Fêtes de Geneve agitam a cidade. Um belo destino a descobrir!

16/08/2010

Genebra: Fêtes de Genève


Fêtes de Geneve

Fêtes de Geneve: os belos fogos de artifício

Um dos principais motivos da minha viagem foi o espetáculo, na noite de sábado, que encerra o “Fêtes de Genève”, um festival anual que agita a cidade no mês oficial de férias europeu. Como os habitantes locais viajam e os árabes vem aos montes (dizem as más línguas que vem para fazer a visita anual ao seu dinheirinho, guardado nos bancos suíços), o Turismo de Genebra montou esta festa anual e já muito tradicional.

Genebra - Fetes

Brinquedo da feira, ao redor do Lac Leman

São, na verdade, dois grandes blocos de eventos: as pré festas, em julho e as festas propriamente ditas, em agosto. Durante estes dias as margens do lago se tornam um grande parque de diversões, com os brinquedos tradicionais e inúmeras barracas de comidas e doces. Apresentações em palcos agitam as tardes e noites – durante as festas de agosto, em 4 áreas distintas. É realmente uma delícia.

A edição deste ano iniciou com as pré festas em 15 de julho e encerrou na noite de 8 de agosto. O maior evento é, sem dúvida, o show pirotécnico e musical na noite do último sábado das festas.

Genebra - Fetes

Voando sobre o Lac Leman

É a noite mais agitada do ano na cidade, que fica repleta de turistas de todas as partes do mundo e que lotam as margens do Lac Leman para ver o espetáculo. Dei uma sorte enorme e assisti tudo de uma varanda, uma vista privilegiada pois pude também ouvir a trilha sonora (conheci um casal de jovens brasileiros no trem, de volta para Milão, que estavam em outra parte do lago e não podiam ouvir nada, somente ver o espetáculo). A apresentação deste ano foi em torno do tema Circo. Como não falo francês, pude apenas descobrir que os diversos números eram ligados às atrações circenses, então teve a parte dos elefantes, da foca, os palhaços, as contorcionistas chinesas, o mágico e assim por diante. Cada uma delas com fogos diferentes, que estouravam sobre o Lac Leman, num efeito visual e sonoro fantástico. Acho que foi um dos espetáculos pirotécnicos mais bonitos que vi na minha vida – e digo isso já tendo visto o reveillon de Copacabana diversas vezes.

Fêtes de Geneve

Fêtes de Geneve: mais dos belos fogos de artifício

Se você estiver programando viajar para a Suíça no ano que vem, faça de tudo para estar na cidade no segundo sábado de agosto, pois esta festa é realmente imperdível.

Mais fotos dos fogos meu website fotográfico, em http://photo.jkscatena.com/tag/fetes-de-geneve/

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14/08/2010

Genebra: compras e mais compras


Nunca fui muito de ficar viajando para fazer compras, mas algumas vezes também sou mordido pelo bichinho do consumismo e acabo gastando minhas economias. Aqui em Genebra nem tentei muito resistir, já que procurava coisas específicas e tradicionais de se comprar por aqui: canivetes (sou um colecionador) e um relógio (já estava na hora de comprar um extra, pra variar um pouco).

Genebra-Victorinox-Poster

Victorinox: a evolução da pedra lascada

Tá bom que acabei comprando mais um monte de coisas, mas aí eu já estava contaminado pela onda compradora e aproveitei também as liquidações, tradicionais nesta época do ano. Vale a pena comentar que os preços, apesar de Genevra ser conhecida como uma das cidades mais caras do mundo, estavam muitíssimo parecidos com aqueles que encontrei em Milão ou mesmo em Londres – sempre considerando o câmbio, já que aqui se usa o Franco Suíço (ChF), e não o Euro (mas que também pode ser retirado nos caixas eletrônicos e é aceito na maioria das lojas, neste caso com um câmbio mais desfavorável).

Minhas dicas aqui são:

Genebra - Compras - Rue Croix d'Or

Rue Croix d'Or, a de lojas de luxo

Manor (6 rue Cornavin, aberta a partir das 9h00): uma imensa (5 andares) loja de departamentos, repleta de opções para os mais diversos tipos e gostos. Uma dica bem legal é comprar comida pronta aqui, logo no piso térreo (onde também estão os chocolates), que não é muito cara, e comer nas praças da cidade. Um monte de gente faz isso. Além dos chocolates, tem também uma área legal, ainda no térreo, de souvenires suíços (canecas, imãs, camisetas, bichos de pelúcia etc.). No sub-solo estão as coisas para casa; subindo se encontra moda masculina, feminina, perfumes, esporte, papelaria, eletrônicos e, no topo um restaurante panorâmico. Nos andares de roupas, não deixe de procurar uma ‘área adicional’, com as coleções mais “modernas” de marcas famosas, cheia de araras e estantes com peças de coleções antigas a preços mais baixos.

Genebra - Compras - Victorinox

Victorinox Flagship Store

Victorinox Flagship Store (2 rue du Marché): esta era realmente meu alvo principal, já que coleciono aqueles pequenos canivetes desta marca tradicional suíça. Seus produtos podem ser encontrados em praticamente todas as lojas da cidade, mas comprar aqui tem um charme adicional. Os canivetes da coleção 2010 são muito charmosos – comprei 3 dos mais baratinhos, mas tinha um, daqueles bem pequenos, que custava a bagatela de ChF 25.000,00 – isso mesmo, vinte e cinco mil francos – aceito presentes de aniversário, agora em novembro, ok? Além disso: malas e mochilas, roupas, perfumes e relógios.

Genebra - Compras - Rue Mont-Blanc

A agradável Rue du Mont-Blanc

Swatch (endereços diversos na cidade, mas recomendo a loja da Rue du Mont-Blanc): esta é para aqueles que querem um bom relógio a preços razoáveis. As coleções são, em geral, as mesmas encontradas nas lojas da marca no Brasil, mas os preços são definitivamente menores. Comparando o preço do relógio que comprei aqui em Genebra no ano passado, a economia chegava a cerca de 30% em relação ao preço brasileiro.

As principais lojas de luxo se concentram nas ruas perto da cidade velha – Rue du Rhône, Rue de Rive e Rue Crux D’Or, mas eu não tenho a carteira deste calibre, então só passei rapidinho, a caminho da loja da Victorinox, que fica nesta área.

E pra terminar, tem a Substation X-World (14 rue du Neuchâtel), mas esta, só para maiores, é uma fetish store de 240 m2. Só estou dando a dica porque descobri que gosto deste tipo de produtos na minha temporada londrina.

12/08/2010

Valeu a pena acordar tão cedo? Sim, valeu muito a pena!


Acordar as 5h00 da manhã de uma segunda feira e pegar um ônibus em direção ao centro da cidade só pra ver um show musical… parece coisa de louco, e até é um pouco, mas a experiência foi tão bonita e rendeu fotos tão belas, que posso dizer que sim, valeu a pena.

Genebra - Paquis - Casal

Aubes Musicales

Genebra - Paquis - Dançarina e PlateiaConheci o “Bains des Pâquis” (30, quai du Mont-Blanc) na tarde de domingo e já tinha decidido passar minha última manhã em Genebra por ali, para poder nadar no Lac Leman. Só que, quando deixava o local encontrei este panfleto do “Aubes Musicales”, um programa que traz apresentações musicais no amanhecer, durante o nascer do sol – das 600 as 7h00. São concertos e apresentações musicais gratuitas, todas as manhãs até o dia 5 de setembro. Se você estiver na cidade nestes dias recomendo fortemente.

Quando estive lá se apresentava um grupo de musica e um casal de bailarinos indianos. Genebra - Paquis - DançarinoA música, que é um mantra, os dançarinos, muito expressivos, o sol nascendo, por detrás de uma montanha e se refletindo no lago… tudo isso fez deste início de manhã uma experiência realmente inesquecível.

A programação é bastante variada, desde musica africana (12/Ago), chilena folclórica revisitada (15/Ago), nepalesa (16/Ago), jazz e funk (17 e 23/Ago) a orquestras e clássica (19-22, 24-27 e 30/Ago a 4/Set), passando até por corais (18/Ago). Até artistas brasileiros já se apresentaram por lá.

Genebra - Paquis - Poster

Aubes Musicales - link externo

Pelo menos, depois da apresentação eu pude tomar um belo café no próprio local e ainda tirar um cochilo aproveitando o calor gostoso do sol que se levantava. Sim, antes de ir embora fazer as últimas compras ainda nadei nas cristalinas e frescas águas do Lac Leman.

Fotos adicionais desta bela apresentação estão disponíveis no meu website fotográfico em: photo.jkscatena.com/tag/paquis.

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11/08/2010

Valeu a pena? Sim, já que a alma não é pequena


Estou aqui na Europa há quase cinco meses e sempre digo que não sinto muita falta do Brasil. Sim, sinto falta dos amigos, da minha família, do meu sobrinho – o pequeno Antonio Scatena que só conheço via Skype… Mas não, do país, da bagunça burocrática e política (tá, a Itália não está muito longe), da fraca infra-estrutura urbana, do trânsito caótico de Sampa… disso não sinto falta. Mas descobri aos poucos que sinto falta da comida brasileira!! Ahh, como faz falta! Mas sábado passado, em Genebra, matei a saudade com estilo!

Genebra - Café Pessoa - Fachada

A fachada do Café Literário Pessoa

Tinha planejado fazer umas comprinhas nesta bela cidade suíça que visitei durante o final de semana. Sabia que domingo as lojas estariam fechadas e desta vez (visitei brevemente a cidade no ano passado) não ia deixar de comprar uns canivetes para a minha coleção. Saí do hotel, peguei um ônibus para o centro e, do nada, avistei um café e a vontade (quase vício) de consumir cafeína bateu forte. O Café Literário Pessoa (5, Rue Jean-Dassier – cafepessoa@mac.com – +41 22 340 2285), como descobri ao entrar, é um refúgio português na cidade bancária suíça e, para a minha grata surpresa, serve Picanha à Brasileira todos os sábados! Completíssima, com arroz, feijão preto, farofa, molho vinagrete, banana frita, batatas fritas e até uma fatia de abacaxi grelhado (ChF 25,00).

Genebra - Café Pessoa - Picanha

Arroz, feijão, picanha, batata frita, banana e molho vinagrete...

Não fiz esforço nenhum para resistir à tentação, me sentei, pedi uma cerveja e, quando as belas e suculentas fatias de picanha me foram servidas, ainda pedi uma pimentinha pra completar. Comi até dizer chega, lambendo os beiços e dedos, maravilhado com aquela iguaria, preparada com capricho e realmente “à brasileira”, apesar de ser em um restaurante português (suspeito que o cozinheiro seja meu conterrâneo!).

Genebra - Café Pessoa - Valeu a Pena?

Valeu a pena? Tudo vale a pena, se a alma não é pequena

Esqueci de comentar que o café é uma graça, decorado com versos do poeta português escritos pelas paredes, que também estão repletas de mensagens, em português, de clientes. “Ó mar salgado, quanto do teu sal. São lágrimas de Portugal! (…) Valeu a pena? Tudo vale a pena, se a alma não é pequena”.

Genebra - Café Pessoa

Fernando Pessoa (Lisboa, 13/06/1888 – 30/11/1935)

Saí mais que satisfeito, pronto para curtir a bela tarde de sol a comprar mercadorias legitimamente suíças – estas dicas, e outras, vem nos posts a seguir.

Fica a dica para quem quiser matar a saudade da comida brasileira em terras de canivetes, relógios e chocolates.

04/08/2010

Londres: fechando com chave de ouro a jornada ferroviária


Esta é minha terceira viagem a Londres, mas a primeira que chego (convenientemente, diga-se de passagem) de trem, diretamente na estação St. Pancras, renovada para ser a parada na capital inglesa do Eurostar.

Grupo RailEurope na estação londrina de St.Pancras

Grupo RailEurope na estação londrina de St.Pancras

E chegar nesta estação vitoriana, com sua bela cobertura metálica azul foi um fechamento com classe desta nossa jornada ferroviária pela Europa.

St. Pancras, a estação de Londres do Eurostar

St. Pancras, a estação de Londres do Eurostar

Achava que a viagem no Eurostar, de Bruxelas a Londres, por baixo do Canal da Mancha seria algo espetacular, mas não é nada mais do que um grande túnel, até um pouco sem graça, para falar a verdade. A maior diferença está no serviço de bordo, já que neste trecho é servida uma refeição, como aquelas que estamos acostumados nos nossos voos de maior distância. Nada de especial, mas diferente daquilo que estávamos nos acostumando nos diversos trechos que percorremos. Pra ser correto na manhã deste dia recebemos também uma breve refeição no trecho Paris – Bruxelas, com o Thalys.

Também para ser justo, fiquei um pouco desapontado com o percurso do Thalys, já que ao invés de usarmos o trem normal deste trecho – o único com Internet a bordo, diga-se de passagem – a composição foi substituída por um TGV, equivalente em conforto e velocidade, mas sem a cobertura de wi-fi móvel que seria o diferencial desta viagem.

Aliás, continuando com a série de justiça, Bruxelas foi realmente uma parada especial. Maria Corinaldesi, da RailEurope, fazia sempre questão de frisar que esta aparente loucura – acordar em Paris, almoçar em Bruxelas e dormir em Londres – tinha o propósito de mostrar que é possível conectar três grandes cidades européias em um único dia de trem. E foi muito mais que isso!

A bela praça principal de Bruxelas

A bela praça principal de Bruxelas

A capital belga surpreendeu positivamente a todos do grupo com seu charme – a praça principal da cidade é uma beleza -, com o humor do seu povo – a começar pelo nosso guia, mas completando o time com os dois profissionais do turismo belga que nos acompanharam (ambos casados com brasileiras e falando um português genuíno) -, e com o fantástico restaurante do chefe Bruneau – onde adicionamos mais duas estrelas Michelin ao nosso álbum de viagem.

Chefe (estrelado) Bruneau, que foi mestre do nosso brasileiro Alex Atala

Chefe (estrelado) Bruneau, que foi mestre do nosso brasileiro Alex Atala

Manneken Pis é um monumento ideal da cidade que se gaba de ter as melhores cervejas da Europa

Manneken Pis é um monumento ideal da cidade que se gaba de ter as melhores cervejas da Europa

E as breves viagens de trem – menos de duas horas em cada trecho, Paris – Bruxelas e Bruxelas – Londres, não foram nada cansativas e provaram que é realmente muito simples conectar três grandes cidades européias de trem em um único dia. Tenho certeza que fazer a mesma proposta de conexão voando seria muitíssimo mais cansativo.

Para encerrar nossa viagem passamos a noite hospedados em Gloucester Park, uma alternativa muito interessante para hóspedes “long stay” em Londres, já que só aceitam permanências acima de 90 dias. É como ter seu próprio apartamento na cidade, completamente mobiliado e equipado e em localizações verdadeiramente diferenciadas, mas com serviço de hotel, como arrumadeira, lavanderia, academia, recepção/portaria etc..

Uma casa, completamente mobiliada em Londres

Uma casa, completamente mobiliada em Londres

E o apartamento ainda tem uma belíssima vista!

E o apartamento ainda tem uma belíssima vista!

O que ficamos é perto do Hyde Park, mas o Cheval Residences tem empreendimentos semelhantes em outras áreas valorizadas da cidade.

Londres - Tamisa

“Good day, sunshine!”, dos Beatles, na London Eye

“Good day, sunshine!”, dos Beatles, na London Eye

O dia seguinte começou com um passeio na London Eye; demos muita sorte com o céu lindamente azul, foi seguido de um almoço na Regent Street Food Quarter, na Heddon Street – no primeiro restaurante a quilo de Londres, o charmoso e trendy Tibit e terminou com um shopping tour na Regent Street, a primeira rua projetada para ser um centro de compras na cidade, e na Carnaby Street, o centro de compras mais cool de Londres.

Regent Street Food Quarter, uma “praça de alimentação” chiquérrima, uma ótima dica!

Regent Street Food Quarter, uma “praça de alimentação” chiquérrima, uma ótima dica!

Alguns dos companheiros de viagem retornaram ao Brasil, na business class da TAM, no final do dia, mas outros, como eu, aproveitaram para estender a estadia na Europa. Agora estou na Italia, em uma parada pessoal na busca de documentos de meus ancestrais. Depois parto para a Espanha onde vou receber meu prêmio da Comissão Européia de Turismo pelos meus blog posts neste Blog PANROTAS em Viagem – como vocês leitores já devem estar sabendo.

Aliás, encerro mais esta série com um agradecimento a equipe do PANROTAS pela oportunidade de escrever neste nobre espaço e a todos vocês leitores que me acompanharam nestas minhas jornadas durante este ano.

Um grande abraço e até as próximas viagens.

Um grande abraço e até as próximas viagens.

Originalmente publicado no Blog PANROTAS em Viagem em 30/10/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/10/30/londres-fechando-com-chave-de-ouro-a-jornada-ferroviaria/

Atualizado em 19/04/12.

03/08/2010

Paris: infelizmente não foi amor à primeira vista


Acho que foi como tentar se apaixonar por uma mulher aos prantos, de mau humor e com a maquiagem borrada. Cheguei à Cidade Luz cheio de expectativas, afinal a primeira vez em Paris deveria ser memorável, certo? Além de toda a propaganda da cidade, que é a cidade perfeita, que é linda, que é agitada. Sim, é muito bonita. Sim, é bastante agitada. Mas estava chovendo e frio… desculpe Paris, mas fiquei frustrado.

Mesmo com o tempo ruim, as vistas são lindas!

Mesmo com o tempo ruim, as vistas são lindas!

Por outro lado o hotel Fouquet’s Barrière onde nos hospedamos superou qualquer expectativa que eu pudesse ter. Aqui, realmente o luxo está nos detalhes. E no serviço. E na localização, é claro – ainda que a Champs Elysées estivesse toda molhada e fria (chorando e com a maquiagem borrada…), sentar no centenário restaurante Fouquet’s para o café da manhã, rodeado de deputados franceses e assistindo ao desfile de pedestres em uma das calçadas mais emblemáticas da cidade (quiçá do mundo) é realmente mágico.

Cama super confortável e frutas, como pedi com antecedência

Cama super confortável e frutas, como pedi com antecedência

Aliás, a história do hotel começa com a compra do restaurante Fouquet pela cadeia Barrière, que posteriormente foi adquirindo outros prédios ao redor – 5 ao todo – que foram reformados/restaurados e interligados, chegando na estrutura atual, com 107 quartos de altíssimo luxo, dois restaurantes (o Fouquet e o Diane) e um bar, Spa com piscina e academia e a imensa suite presidencial onde Nicolas Sarkozy aguardou a confirmação de sua vitória nas eleições presidenciais.

O atendimento diferenciado começou ainda antes da viagem, já que o hotel encaminha ao hóspede um questionário de preferências no qual uma das primeiras perguntas já dá o tom: “Você gostaria que o mordomo (sim, tem um mordomo à sua disposição durante a estada) desfizesse sua mala?”. E segue com outras do tipo: quarto fumante ou não – se sim, charuto ou cigarro? -, tipo de cama e travesseiros, flores da decoração (rosas ou orquídeas? de que cor?) e até o tipo de música e de chocolate preferidos. Ao chegar no quarto o hóspede tem tudo para se sentir em casa.

Impressora à disposição no quarto

Impressora à disposição no quarto

Detalhes como wi-fi em todo o hotel, sem cobrança adicional, uma impressora à disposição no quarto, televisão na banheira – com controle remoto à prova d’água -, cofre com tomada interna, frigobar “free” e um perfume Hermès de “presente” dentre as amenities no banheiro não passam despercebidos pelos hóspedes mais exigentes. E ainda é fácil dizer que é um luxo sem o tipo de imponência que chega a incomodar. É o verdadeiro luxo, da melhor qualidade.

Televisão na banheira, com controle à prova d’água

Televisão na banheira, com controle à prova d’água

Por estas e outras a estadia em Paris – aqui, como em Berlim, passamos duas noites desta jornada ferroviária – será realmente memorável, mas eu ainda tenho que retornar à cidade para tentar me apaixonar por esta nobre dama francesa, podendo vê-la no seu maior esplendor.

Champs Elisées, uma das mais charmosas avenidas do mundo

Champs Elisées, uma das mais charmosas avenidas do mundo

Escrevo este post do trem Thalys que faz a conexão Paris – Bruxelas, Bélgica, onde passaremos o dia para depois embarcar para Londres, nossa última parada.

Originalmente publicado no Blog PANROTAS em Viagem, em 27/10/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/10/27/paris-infelizmente-nao-foi-amor-a-primeira-vista/

Para ver mais fotos de Paris, visite meu website fotográfico, em Paris << ©JKScatena Photography, ou clique no mosaico abaixo:

Paris: Mosaic

Paris << ©JKScatena Photography

 

02/08/2010

Chegando na França: Lyon e as vinicolas de Beaujolais


Chegamos em Genebra, vindos de Montreux no final da tarde de domingo, mas imediatamente pegamos um taxi para a França, onde passamos a noite. Sim, Divonne está a quinze minutos de Genebra e a única noite que passamos neste agradável castelo de origens medievais foi uma verdadeira festa gastronômica.

Na manhã seguinte voltamos a Genebra um pouco mais cedo do que o inicialmente programado para termos algum tempo para conhecer a cidade. E lá fomos nós, com apenas uma hora e meia para conhecer a cidade e fazer algumas compras, como relógios e canivetes legitimamente suíços.

Genebra, vista com bandeira suíça

Genebra, vista do relógio floral

Duas vistas da parte mais moderna de Genebra, junto ao Lac Léman (Lago Genebra)

No meu caso consegui comprar meu Swatch, mas fiquei morrendo de vontade de conhecer melhor esta linda cidade! Pude dar uma volta, bastante corrida pelas ruas da antiga cidade medieval, às margens do Lac Lemán, mas foi o suficiente apenas para dar mais vontade de voltar.

De Genebra chegamos “oficialmente” à parte francesa da viagem na capital gastronômica do país e da região de Rhône-Alpse, a bela Lyon, onde ficamos hospedados no hotel Cours do Lodge, um conjunto de quatro prédios medievais restaurados e transformados em um estabelecimento verdadeiramente diferenciado.

Rue du Bœuf, na Vieux Ville de Lyon

Rue du Bœuf, na Vieux Ville de Lyon, a rua do Cours do Lodge

“Somos um dos pouquíssimos hotéis na Vieux Ville de Lyon, a área original da cidade, com um jardim interno. E temos muito orgulho disso!” diz o Gerente Geral do hotel, Franck Sciessere.

Franck Sciessere, do Cours do Lodge

Franck Sciessere, do Cours do Lodge

Céline Gomes, a francesa filha de portugueses do órgão de turismo da região de Rhones-Alpes ressalta que  o escritório de turismo pode prestar serviços de apoio para grupos, bastando entrar em contato com ela pelo e-mail celine.gomes@rhonealpes-tourisme.com. “Outra coisa que é importante falar é que o Lyon City Card – que inclui a entrada em diversos museus da cidade e o uso de todo o transporte urbano de Lyon durante sua validade, que pode ser de 24, 48 ou 72 horas – oferece comissão de vendas para os agentes e operadores”, completa Céline. Ela diz que o volume de brasileiros visitando a região não é muito grande, mas também porque eles ainda não haviam realizado grandes ações promocionais, intensificadas em 2008, aproveitando a oportunidade do Ano da França no Brasil. “Em 2008 fizemos ações em São Paulo e em Curitiba, até porque Rhone-Alpes e o estado do Paraná são regiões irmãs. E em abril de 2010 faremos um workshop juntamente com a Atout France (ex-Maison de France). Já confirmamos as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro outras duas ou três ainda dependem de confirmação”.

Fizemos um passeio guiado pelo bairro antigo de Lyon, iniciando pela Basilica de Fourvière, no alto do morro de mesmo nome, de onde pudemos ter uma vista panorâmica de toda a cidade.

Uma das praças de Lyon, vista da Basilica de Fourvière

Uma das praças de Lyon, vista da Basilica de Fourvière

“No dia da consagração da estátua dourada da Virgem Maria, 8 de dezembro, todas as casas da cidade colocaram velas nas janelas, o que deu início ao agora permanente Festival das Luzes, 4 dias nos quais diversos eventos “luminosos” enfeitam a cidade trazendo mais de 4 milhões de turistas. Este ano será de 05 a 08/12”, diz o guia Jérome Trevy que nos acompanhou.

A Virgem Dourada de Fourvière

A Virgem Dourada de Fourvière

E só mesmo com um guia credenciado para descobrirmos as passagens secretas do bairro velho, as traboules. Criadas para facilitar o trânsito dos trabalhadores da seda da Lyon medieval, existem mais de 500 destas passagens por dentro dos quarteirões, passando por dentro das casas.

Traboule de Lyon

Entrada de uma das traboules mais longas de Lyon

“Algumas delas continuam abertas para o público em geral, principalmente pelo seu valor cultural e histórico, depois de acordos entre os moradores, que tem que deixa-las destrancadas das nove da manhã as sete da noite, e a prefeitura, que passou a arcar com a limpeza e a iluminação delas”, explica Jérome que também nos contou que a área era muito degradada e desagradável até que se tornou área de proteção nacional em 1964. Em 1998 o esforço de restauração foi reconhecido pela Unesco que tornou a parte antiga de Lyon e mais uma área da “península” entre os rios Rhone e Scena patrimônio da humanidade.

Ainda no monte Fouvier, a primeira área real de ocupação cidade estão os dois anfiteatros romanos, resquícios de uma época em que Lyon era a capital romana da Gália. Entre junho e agosto de todos os anos é realizado aqui o festival “Noites de Fouvier” com apresentações musicais, de teatro e cinema.

Nosso grupo

Nosso grupo: Maria, Silvio, Jérome, Veronica, Bruna, Marco, Anita e eu, no Teatro Romano do Fouvier

Nosso jantar foi no restaurante do hotel Villa Fiorentina, uma estrela no Guia Michelin. O hotel está localizado no monte Fouvier, com uma lindíssima vista da cidade, em um prédio histórico que foi restaurado. Parte da cadeia “Relais & Chateaux” o Villa Fiorentina conta quartos de alto luxo, muito usados por turistas de negócios, mas principalmente por casais.

Vista noturna de Lyon, a partir do Villa Florentina

Vista noturna de Lyon, a partir do Villa Florentina

A manhã do dia seguinte foi reservada ao passeio pela região vinícola de Beaujolais, onde são produzidos três tipos de vinhos – Beaujolais, Beaujolais Village e Cru, nesta ordem de qualidade – que estão dentre os mais exportados pela França e são vinhos “D.O.C.” – Denominação de Origem Controlada, ou seja só os realmente produzidos na região de Beaujolais podem receber este nome.

Michèle Callandras

Michèle Callandras nos serve um pouco de Beaujolais para degustação

A visita começou na propriedade de Michèle e Jean Callandras, um típico casal idoso francês que conta com a ajuda de diversos trabalhadores temporários na época da colheita das uvas – início de setembro – mas que toma conta de toda a propriedade praticamente sozinhos.

Jean Callandras

Jean Callandras e um dos cachos da uva Gamay, usada no Beaujolais

Aliás, na época da vindima a região recebe também muitos jovens turistas que se hospedam nas casas dos proprietários só para poderem participar desta grande comemoração que praticamente dá início a temporada francesa de vinhos. Diz-se que o Beaujolais é o primeiro vinho da temporada e que deve ser consumido ainda novo.

Passamos ainda no pequeno vilarejo de Oignt, com suas casas todas construídas com pedras douradas, o que dá um aspecto realmente único à todas as vilas desta região.

Uma das casas de Oignt

Uma das casas de Oignt

Oignt tem uma torre de vigia e uma igreja da época medieval e está virando moradia de diversos artistas que montam seus ateliês por aqui.

O almoço, no também estrelado restaurante do hotel (também Relais & Chateaux) do Chateau de Bagnols, do chef Matthieu Fontaine. O Chateau de Bagnols é um castelo medieval convertido em hotel, com instalações maravilhosas e que tem recebido mais e mais brasileiros a cada ano.

Vista externa do Chateau de Bagnols

Vista externa do Chateau de Bagnols

Um dos salões do Chateau de Bagnols.

Um dos salões do Chateau de Bagnols. Imaginem fazer uma festa de casamento aqui…

Já estamos embarcados o TGV com destino a Paris onde passaremos as próximas duas noites. Demos um pouco de sorte, já que os trabalhadores das ferrovias francesas resolveram fazer uma greve – na verdade uma operação tartaruga – exatamente hoje e o trem originalmente previsto para nossa viagem foi cancelado. Tivemos que pegar  o anterior, mas sem reservas, o que poderia nos trazer – mas não trouxe – alguns problemas. Perguntamos a alguns franceses o porquê desta greve e a resposta foi basicamente a mesma: “na verdade eu nem sei porquê, mas podemos sempre esperar entre duas e três grandes paralisações todos os anos, então não é surpresa alguma!”.

Originalmente publicado no Blog PANROTAS em Viagem em 23/10/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/10/23/chegando-na-franca-lyon-e-as-vinicolas-de-beaujolais/

30/07/2010

Na Suíça, a 2.000 metros de altura


Depois de vários dias de chuva e frio estávamos realmente merecendo um belo dia de sol e hoje o dia amanheceu perfeito (sim, com frio, mas céu azul e sol). Ao acordar em Montreux nem podia acreditar ao ver pela janela o dia nascendo com o céu completamente limpo, a cidade ainda nas sombras das altas montanhas e os primeiros raios de sol já batendo nos picos nevados do lado oposto do Lac Léman (Lago Genebra).

Amanhecer em Montreux

Amanhecer em Montreux

Saímos cedo de nosso hotel para pegar um outro trem panorâmico da GoldenPass, só que este era um pequeno trem turístico que nos levaria em um parque no alto da montanha “Les Rochers-de-Naye”, a dois mil metros de altura.

Estação de trem de Montreux

Estação de trem de Montreux

GoldenPass Rochers-de-Naye

GoldenPass Rochers-de-Naye

O trem lembra muito aquele do Cristo Redentor carioca: pequenos vagões, sem nenhum luxo, montanha acima com ajuda do terceiro trilho – a cremalheira -, numa estrada com bastante curvas que atravessa florestas e túneis até chegar a um ponto com uma vista maravilhosa dos arredores. A diferença aqui é que a subida é muito maior e que, a partir de certo ponto, chegamos a uma altura onde a neve já não derrete sem bastante sol – as folhas começam a ficar brancas da neve do dia anterior, e as casas, e as árvores até que, já mais perto do topo, está tudo maravilhosamente branco e brilhante, refletindo o sol forte daquele céu impecavelmente azul.

Ok, admito que fiquei um tanto maravilhado, mas para quem estava vendo neve pra valer pela primeira vista é realmente a reação esperada, não é?

A chegada em Rochers-de-Naye (1)

A chegada em Rochers-de-Naye (2)

A chegada em Rochers-de-Naye

Na estação do topo tem um hotel com dois restaurantes e um parque chamado “Paraíso das Marmotas”. Este pequeno roedor, que só existe no hemisfério norte parece ter encontrado aqui em Rochers-de-Naye seu habitat perfeito, seu verdadeiro paraíso, já que aqui foi construído um parque somente para a criação e pesquisa e seus hábitos. Só que com o frio de hoje elas já estavam em suas tocas, preparando para a hibernação do inverno. E além do hotel é possível também se hospedar em Yourtes, uma reprodução fiel de cabanas mongóis para aqueles que quiserem passar pela experiência de dormir a 2.000 metros de altura. Existem trilhas que podem ser percorridas a pé, com diversos níveis de dificuldade, mas é recomendável sempre experiência prévia, pois aqui a neve e o frio são coisas sérias e ainda assim vimos muitos grupos chegando e saindo da montanha, cheios de equipamentos.

Os Yourtes de Rochers-de-Naye (1)

Os Yourtes de Rochers-de-Naye (2)

Os Yourtes de Rochers-de-Naye

Nas quatro semanas que antecedem o natal Rocher-de-Naye se transforma na casa de Papai Noel e milhares de crianças sobem aqui para visitar o velhinho barbudo. Para aquelas que se hospedam nos Yourtes um pacote especial permite que o Papai Noel em pessoa entregue presentes para as crianças numa visita surpresa (e realmente mágica) durante a noite. Os pais nem precisam se preocupar, pois podem dizer antecipadamente ao Papai Noel o que eles querem que seja falado para as crianças – um pedido especial do Papai Noel em pessoa, para que o menino seja bonzinho no ano seguinte certamente terá mais efeito.

Os panoramas daqui são realmente maravilhosos e nem o frio cortante e a neve que já devia ter seus 10 centímetros me afugentaram de ficar passeando e tirando milhares de fotos. É um passeio realmente imperdível.

Tem que enfrentar o frio para tirar fotos!

Tem que enfrentar o frio para tirar fotos!

Restaurante panorâmico, com vista para Montreux

Restaurante panorâmico, com vista para Montreux

Voltando da montanha almoçamos em Montreux antes de partirmos para a estação rumo a Genebra.

Estação Central de Genebra

Estação Central de Genebra

Mas não dormiremos nesta bela cidade às margens do lago, as em Divonne, já em território francês, mas a apenas quinze minutos de Genebra. Estamos hospedados no belo Château de Divonne, um dos charmosos hotéis da rede  Grandes Etapes Françises, que possui ao todo dez unidades neste conceito por toda a França.

Chateau Divonne, que fica na França, mas a 15 min. de Genebra

Chateau Divonne, que fica na França, mas a 15 min. de Genebra

Amanhã já partimos para Lyon no veloz trem TGV, onde iniciamos verdadeiramente a parte francesa de nossa jornada ferroviária.

Originalmente publicado no Blog PANROTAS em Viagem, em 19/10/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/10/19/na-suica-a-2000-metros-de-altura/

28/07/2010

Trens panorâmicos da Suíça, uma experiência emocionante


Tenho que admitir que não esperava me emocionar nesta viagem… na verdade não tão cedo. Sim, estou com uma grande expectativa para conhecer Paris, afinal de contas já estive na Europa dois anos seguidos e não conheço a “Cidade Luz” (e ainda tenho fresco na memória o comentário: “Se não for para Paris não pode dizer que foi para a Europa”), mas um dos trechos do GoldenPass que fizemos hoje na Suíça foi de arrancar lágrimas.

 

Niklaus Mani da GoldenPass

Niklaus Mani da GoldenPass

 

O GoldenPass é, na verdade, uma associação de “marketing e vendas” de três ferrovias diferentes, separadas por uma questão técnica: a distância entre trilhos, conhecida como bitola ferroviária. A rota Lucerna (Luzern) – Montreux é bastante conhecida e nem é tão longa, mas por diferença na bitola tem que ser feita por três trens diferentes, com baldeações nas estações de Interlaken e Zweisimmen, o que pode ser um pequeno transtorno para viajantes cheios de bagagens pesadas. Aqui fica a primeira e mais importante dica para viajantes de trem: só carreguem um volume (e mais uma bolsa de colo ou mochila) e mesmo assim, não muito pesada, já que na enorme maioria dos trens você carrega sua própria bagagem. “Testaremos um protótipo de equipamento no ano que vem e esperamos que em 2013 já tenhamos um trem que possa alterar sua distância entre rodas para poder circular em trilhos com diferentes bitolas. Assim, o mesmo equipamento poderá seguir o trajeto inteiro, numa viagem única de três horas”, diz Niklaus Mani, da área de Marketing da GoldenPass Line. “E o Swiss Pass, comercializado pela RailEurope é realmente o melhor jeito de aproveitar toda a malha ferroviária suíça, já que cobre todos os trechos e também o transporte público das cidades. Na GoldenPass só seria necessário pagar uma taxa extra para os assentos VIP do trecho Zweisimmen – Montreux”, completa. E estes assentos VIP são realmente especiais, já que ficam exatamente na frente do trem, sem nada mais entre o para brisas e o trilho. Segundo Niklaus, nenhum outro trem do mundo tem assentos como estes.

 

Nos assentos VIP não há nada à sua frente

Nos assentos VIP não há nada à sua frente

 

Saímos da Basiléia (Basel) pela manhã e logo chegamos a Lucerna para iniciar esta viagem panorâmica.

 

Estação Central da Basiléia – Basel BSB – na noite em que chegamos

Estação Central da Basiléia – Basel BSB – na noite em que chegamos

 

“Como a segunda classe dos trens já é muito boa, poucos pagam o adicional da primeira classe, mas estes vagões oferecem diferenciais interessantes”, comenta María Corinaldesi, da RailEurope. E ela está certa! Tem um vagão com vidros até o teto, oferendo muito mais espaço para visualização das belíssimas paisagens dos alpes suíços.

 

Uma breve parada em Lucerna – menos de meia hora para dar uma olhada na cidade

Uma breve parada em Lucerna – menos de meia hora para dar uma olhada na cidade

 

 

Vagão panorâmico com vidros até o teto: só na 1ª Classe

Vagão panorâmico com vidros até o teto: só na 1ª Classe

 

Em Interlaken fizemos a primeira troca de trens – malas para baixo e para cima – e começamos a subir os alpes. E logo na subida uma bela surpresa para alguns de nós, já que começou a cair uma neve fina.

 

A neve já começa a cobrir as estações

A neve já começa a cobrir as estações

 

A segunda troca em Zweisimmen é de precisão de relógio suíço, já são somente sete minutos entre a chegada do trem que em de Interlaken e a saída do que vai para Montreux – mas dá tempo e funciona tranquilamente! E este último trecho é o mais bonito e emocionante.

 

Troca de trens em 7 minutos: só na Suíça…

Troca de trens em 7 minutos: só na Suíça…

 

Chegando próximo a cidade de Gstaad – “uma das estações de esqui mais caras da Suíça”, segundo María – a vista dos Alpes, com montanhas e árvores já cobertas de neve em panoramas cinematográficos que se revelam aos poucos nas curvas da estrada é realmente de tirar o fôlego e de arrancar algumas lágrimas – pelo menos minhas. Fiquei realmente emocionado com a beleza de tudo isso e de poder ter a sorte de apreciar uma maravilha como essa.

 

A emoção é grande com a incrível vista dos panoramas alpinos

A emoção é grande com a incrível vista dos panoramas alpinos

 

O trem começa então sua descida a Montreux, o balneário da Riviera suíça muito famoso pelo seu festival de Jazz. Esta é nossa parada de hoje e conseguimos apreciar um pouco do clima da cidade ao visitar o bar “Harry’s”, filial do original nova iorquino, onde ouvimos uma ótima e eclética cantora que misturou em seu repertório uma versão jazz de “Billie Jean”, sua interpretação de “My Way” e até “Virtual Insanity” do Jamiroquai.

 

Harry’s Bar de Montreux – “Billie Jean” em levada jazz

Harry’s Bar de Montreux – “Billie Jean” em levada jazz

 

Agora vou descansar (escrevo este post às 00h30 no fuso suíço), pois amanhã vamos subir – de trem, claro – uma montanha de 2.000 m de altura, almoçar em Montreux, pegar um trem para Genebra e dormir na França.

Originalmente publicado em 17/10/2009, no Blog PANROTAS em Viagem:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/10/17/trens-panoramicos-da-suica-uma-experiencia-emocionante/

27/07/2010

Berlim – Uma visita nunca será suficiente


Estar de volta a Berlim foi uma bela surpresa para quem conheceu a (e se apaixonou pela) cidade há pouco mais de 3 meses – estive aqui de férias em julho deste ano, quando escrevi os posts: “Balada, balada, balada – em Berlim”, “Berlim de Bicicleta” e “Muro de Berlim: 20 anos depois, ainda com cicatrizes”. E a maior diferença foi em relação ao tempo – enquanto em julho aproveitei de bicicleta, inclusive, ótimos dias de sol, agora enfrentamos temperaturas sempre abaixo de 10ºC, frequentemente com chuva. Mas ainda assim pude me maravilhar com novas descobertas e rever locais interessantes nesta cidade que é uma das mais agitadas da Europa.

Berlim: Portão de Brandemburgo, a imagem do Euro alemão

Berlim: Portão de Brandemburgo, a imagem do Euro alemão

“Berlim é uma capital cheia de contrastes” diz Christian Tänzler, Relações Públicas da área de Marketing da Berlin Tourismus (www.visitBerlin.de). A cidade é uma terra de imigrantes, devido, principalmente às grandes colônias de russos, franceses e ingleses, resquício da ocupação pós-guerra, que convivem com alemães de diversas regiões do país, além de turcos, chineses e, é claro, brasileiros. “Costumo dizer que a cidade não chega nem a representar bem o que é a Alemanha devido ao grande mix de culturas e a mentalidade super aberta. É realmente uma cidade única”, concorda e completa Thomas Guss, Gerente Geral do hotel Marriot Berlim, estrategicamente localizado bem perto da Potsdamer Platz, onde ficamos hospedados.

Thomas Guss, Gerente Geral do Marriott Berlim

Thomas Guss, Gerente Geral do Marriott Berlim

E o hotel está construído literalmente sobre o muro, que na verdade não era só um, mas dois, com uma zona morta no meio, cheia de arame farpado, guardas e cachorros. “No dia seguinte à queda do muro, em nove de novembro de 1989, grandes empresas compraram os terrenos aqui da Potsdamer Platz e somente no final dos anos noventa as obras de construção destes imensos complexos foram concluídas”, explica Walter Rohr, guia do Turismo de Berlim que acompanhou nosso grupo numa caminhada nesta fria e chuvosa manhã na capital alemã. Walter se refere aos novíssimos prédios cuidadosamente concebidos para atender a todas as demandas de mercado – tem restaurantes, lojas, serviços, cinemas e residências, com uma arquitetura moderna que se tornou uma referência no skyline da cidade.

Árvores e fachada do Ritz Carlton iluminadas para o Festival das Luzes, perto da Potsdamer Platz, com o prédio da DB iluminado em destaque

Árvores e fachada do Ritz Carlton iluminadas para o Festival das Luzes, perto da Potsdamer Platz, com o prédio da DB iluminado em destaque

“Desde 2008 temos recebido crescentes demandas de brasileiros interessados em viajar para Berlim. Para mim a razão principal foi a boa imagem projetada pelas festas que fizemos aqui durante a copa de 2006. Acho que muita gente via aquilo tudo pela TV e começou a pensar ‘acho que visitar Berlim deve ser muito legal’. Espero que tenhamos um voo direto do Brasil quando o novo aeroporto da cidade for inaugurado em 2011”, diz Christian. O BBI – Berlim Brandemburg International está em construção na área sudeste da cidade e quando for inaugurado será o único em funcionamento, já que Tegel e Schonefeld serão fechados. Atualmente os brasileiros podem voar pela TAM para Frankfurt e pegar um trem para Berlim, em uma viagem que pode durar mais de quinze horas – onze voando e mais quatro de trem.

Chegando em Berlim – pegou sua bagagem?

Chegando em Berlim – pegou sua bagagem?

Berlim Hauptbahnhof

Berlim Hauptbahnhof

Christian comenta também que o Muro de Berlim ainda é referenciado como uma das principais atrações da cidade, apesar de apenas pequenos trechos dele estarem ainda de pé. “Temos o desafio de encontrar o equilíbrio entre a memória de algo que dividiu famílias, como a minha, e o futuro da cidade sem o muro. Chego a ficar arrepiado sempre que falo que durante anos eu e minhas irmãs ficamos impedidos de nos ver, já que uma era casada com um membro do exército soviético e outra com um inglês. A queda, há vinte anos, possibilitou nossa reunião após muitos anos separados”, completa.

Christian Tänzler, do Turismo de Berlim

Christian Tänzler, do Turismo de Berlim

Um dos trechos restantes do Muro

Um dos trechos restantes do Muro

Mas agora a cidade está em festa, com exposições e eventos por todos os lugares, da Alexander Platz à novíssima estação principal de trens, a Hauptbahnhof, onde chegamos de Frankfurt e já partimos para a Basiléia (Basel), na Suíça, nossa próxima parada. Na grande festa programada para o dia nove de novembro, crianças simularão a queda do muro com grandes peças como uma cadeia de dominós distribuídas no trajeto do muro, terminando no Portão de Brandemburgo, onde a queda da última peça acionará uma grande queima de fogos.

Nestes dias de outubro (de 14 a 25/10) a cidade está especialmente iluminada pelo “Festival das Luzes”, quando mais de cinquenta locais da cidade recebem iluminação especial e tours noturnos podem ser feitos de ônibus, barcos e até ciclo-táxis. Cerca de sessenta eventos estão previstos e os visitantes poderão votar pela Internet no hotel mais bem iluminado (www.festival-of-lights.de). Uma boa dica para apreciar este festival “de camarote” é o bar e restaurante Solar, perto da estação Anhalter Bahnhof do S-Bahn.

Bar e restaurante Solar, com sua bela vista da cidade iluminada

Bar e restaurante Solar, com sua bela vista da cidade iluminada

A cidade que teve quase dezoito milhões de pernoites registrados em 2008, com turistas alemães e do exterior não para de se recriar, renovar e se firmar como um destino cultural, com museus sendo abertos (o de Dali, perto da Potsdamer Platz, o Neues Museum, na ilha dos museus e o Palácio Schonhauser, um museu-castelo), grandes exposições (Bauhaus, no Martin Gropius e Bicentenário de Charles Darwin no Museu de História Natural), festivais anuais (musikfest e JazzFest) e novas atrações, como uma nova roda gigante, a única da Alemanha, com 185 metros de altura que será inaugurada em 2010 próximo ao Zoologischer Garten.

É, definitivamente, um destino a ser visitado, aproveitado e revisitado.

Hoje chegamos à Suiça, onde passaremos o final de semana visitando cidades em trechos panorâmicos de trem. O próximo post provavelmente será escrito nas “terras neutras” deste montanhoso país, certamente já vendo neve nestes frios dias do outono europeu.

Originalmente publicado no Blog PANROTAS em Viagem em 16/10/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/10/16/berlim-uma-visita-nunca-sera-suficiente/