Posts tagged ‘Turismo’

03/06/2011

Alentejo: mar, montanha, gastronomia e patrimonio cultural


A maior das regiões de Portugal, ocupando cerca de um terço da área total do país, o Alentejo tem se tornado cada vez mais destino de milhares de visitantes brasileiros.

Segundo António Lacerda, gerente executivo do Turismo de Alentejo, o volume de visitantes brasileiros aumentou 35% em 2010 e foi o 2º maior mercado no primeiro trimestre deste ano. “Foi um volume atípico no início deste ano, mas temos certeza que o crescimento de 2011 será ainda maior que o do ano passado”, diz Lacerda, que esteve no Brasil nesta semana divulgando o destino em workshops realizados no Rio de Janeiro, Curitiba e em São Paulo. “O visitante brasileiro vai atrás de experiências únicas, se hospedando nos melhores hotéis da região e se fartando na deliciosa gastronomia regional; é um passageiro de maior poder aquisitivo que chega a gastar o dobro do que gastam os passageiros europeus”, completa.

Paulo Machado e António Lacerda, no Workshop do Turismo de Alentejo em São Paulo

Paulo Machado e António Lacerda, no Workshop do Turismo de Alentejo em São Paulo

Paulo Machado, do Turismo de Portugal no Brasil, comentou no evento em São Paulo, que, em alguns meses de 2010, Portugal recebeu mais visitantes brasileiros que Paris. Paulo diz que o governo português reconhece a importância e procura não dificultar a entrada dos visitantes brasileiros – sem facilitar, é claro, por ter que seguir os padrões europeus na hora da imigração. “Começamos trabalhar o destino Alentejo no Brasil há apenas 2 anos e os resultados são muito promissores”, comenta Machado.

Os principais atrativos da região são o patrimonio histórico – com resquícios de ocupação pelos homens pré-históricos, da presença romana e árabe -, a gastronomia, paisagens naturais e até mesmo o turismo de aventura, rural e de negócios.

Évora: Tempo de Diana

Évora: Tempo de Diana

Mas António Lacerda recomenda ainda que o passageiro aproveite para visitar também a Espanha, criando roteiros que cruzem o Alentejo – que, mesmo grande para os padrões europeus, pode ser facilmente visitado de carro -, chegando às cidades espanholas de Servilha, Córdoba ou Granada.

Estive em Évora na minha passagem por Portugal em 2007 e recomendo a visita. O templo de Diana e a Capela dos Ossos são passeios obrigatórios!

Évora: Capela dos Ossos

"Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos", Capela dos Ossos de Évora

Sites interessantes:

28/10/2010

Oslo gastando poucas coroas


Visitando a capital Norueguesa sem gastar muito (originalmente publicado em 2009, com comentários atualizados)

Dá pra aproveitar bastante da cidade, sem gastar muito, simplesmente passeando pelo agitado centro de Oslo. Agitado e compacto, aliás!

Os noruegueses aguardam ansiosamente o verão, época em que eles podem aproveitar os poucos meses de sol e calor. Sim, calor, pois neste ano as temperaturas chegaram aos “assustadores” (não para nos brasileiros) 30°C.

Subir a charmosa ‘Karl Johans Gate’ (gate, por mais que pareça com o inglês gate/portão – em norueguês é uma das variações para rua), saindo da estação central de Oslo em direção ao Palacio Real proporciona um agradável passeio por praças e prédios históricos, como o Parlamento, a Universidade e até a Catedral, que não é muito longe, além de lindas praças repletas de esculturas. Se você tiver sorte pode encontrar uma banda tocando, como a das Forças Armadas que vi se apresentando em um coreto. Começou com um ‘big band’ do Benny Goodman, passou pelo ‘Round about midnight’ do Miles Davis e chegou em um surpreendente ‘Chega de Saudade’ dos nossos Tom Jobim e João Gilberto! Bateu a maior saudade da minha terra!!

Oslo: Karl Johans Gate

Karl Johans Gate, principal rua de Oslo, com o Castelo Real lá no fundo

Falando em esculturas – a cidade está cheia delas e também de diversas fontes – um passeio imperdível é o incrível parque ‘Vigelandsparken’, que tem um paisagismo que não deixa nada a dever em relação a outros jardins do mundo, mas com o diferencial de estar repleto, coalhado, lotado de esculturas de Gustav Vigeland. O parque é uma maravilha para curtir em um bom dia de sol (meu amigo brasileiro, Bruno, de Atibaia/SP, e que agora mora por aqui, disse que no inverno, coberto de neve, também é muito bonito…).

Oslo: Vigelandsparken, Overview

Oslo: Vigelandsparken

As esculturas de Vigeland, praticamente todas de formas humanas – algumas sozinhas, outras em duplas, trios e conjuntos – representam as diversas fases da vida – do feto, passando por bebês, crianças, jovens, adultos e idosos – e também diversas relações humanas e sentimentos.

Oslo: Vigelandsparken, Sculpture

Vigelandsparken: Esculturas Humanas

Oslo: Vigelandsparken, MonolithO auge é um imenso monolito, com pessoas abraçadas, entrelaçadas, empilhadas, cercado de algumas dezenas de estátuas de pedra. Sem contar as demais, ao longo da ponte, perto do rio e uma última ao fundo, um grande círculo humano. Realmente fantástico, único e totalmente gratuito.

E este é realmente um ponto importante, já que a coroa norueguesa é uma moeda muito forte e o custo de vida é bem alto. Atualmente a cotação para o real é de cerca de R$ 1 = NKr 3,40. Mas um sorvete de casquinha, destes de máquina, custa Kn 30, ou quase R$ 10 8,70.Oslo: Vigelandsparken#4

Alem do Vigelandsparken, outras atrações gratuitas incluem:

  • Galeria Nacional: museu de arte norueguesa, principalmente, que apresenta as principais obras de Edvard Münch, pintor conhecido pelo seu quadro “O Grito”, mas que também tem obras dos contemporâneos noruegueses de Münch e de outros pintores como Picasso, Van Gogh, Manet e Monet.
Oslo: National Opera, Overview

Ópera Nacional

  • Ópera Nacional: Seu belíssimo e moderno prédio, inaugurado em 2008 é, na verdade, um “monumento social”, como descrito pelo escritório de arquitetura que o projetou, acessível no maior sentido desta palavra, já que o prédio, construído em uma área portuária em processo de revitalização (ainda não entendo porque no Brasil não temos mais destas revitalizações portuárias, tão comuns em tantas cidades do mundo!) e inteiro revestido de mármore carrara, pode ser completamente visitado por fora – o seu telhado é um grande piso em rampa e escadas, permitindo que você ande por cima de todo o prédio, como se fosse uma enorme praça com diversos níveis.
    Oslo: National Opera, Architecture

    A bela arquitetura da Ópera Nacional

    E ha até uma praia, já que dá pra ir andando até chegar na água. Vale também a pena conhecer o lobby, com sua enorme parede/escultura de madeira. O acesso se dá por passarelas que partem da estação Central de Oslo; mas ao invés de usar a passarela mais moderna, coberta, vá pela outra, mais antiga e descoberta (a sua direita, se estiver de frente para a Ópera), pois desta o ângulo para fotos do prédio da Ópera é bem mais interessante.

Oslo: Stortinget Parliament

Parlamento Nacional

  • Aker Bridge: um empreendimento imobiliário que, como muitos outros no mundo, revitalizou uma área portuária – neste caso as docas de um estaleiro – tornando-a um centro de entretenimento e residencial, com shoppingns, bares e restaurantes. Não deixe de conhecer a parte “de trás”, com lindas fontes e esculturas, além do ‘Beer Palace’ onde se pode provar uma legítima cerveja norueguesa (me disseram que, por lei, a fabricação tem que ser quase artesanal e a cerveja demora seis meses para ficar pronta). Outro item imperdível é provar o Soft Ice, o sorvete de casquinha legítimo da Noruega, uma delícia que vale as NKr 10 que se paga.
  • City Hall/Prefeitura (Oslo rådhus): O imponente prédio de tijolos vermelhos, próximo a Akker Bridge criou polêmica quando foi construído, mas já faz parte do skyline da cidade. Seu hall principal é praticamente uma praça coberta, com uma linda decoração de pinturas e murais e até uma fonte. Preste atenção ao toque do relógio da torre, principalmente nas horas cheias. Aliás, há um concerto semanal do carrilhão – busque a programação no local, que também conta com uma visita guiada, gratuita, ao prédio.
Oslo: City Hall

Prefeitura de Oslo

  • Fortaleza Akershus: o antigo castelo medieval da cidade também pode ser bastante explorado sem custo algum. Só se paga para conhecer o interior das edificações principais, mas o resto – muralhas e jardins, que proporcionam vistas bonitas da cidade, ficam abertos ate as 21h no verão.

Um parêntese para falar do sol norueguês. No verão os dias são superlongos e as noites curtíssimas. Chega-se ao ponto de, no extremo norte do país, o sol não se por – o famoso sol da meia-noite. Vi uma montagem fotográfica em um cartão postal e é algo surpreendente. Em Oslo, nestes dias em que estive na cidade, o sol se punha perto das 22h e já voltava às três da manhã. É de deixar qualquer brasileiro confuso! Ver o dia nascer às três da madrugada, quando o sol se foi há apenas quatro horas… tem explicação, claro, mas parece mesmo inexplicável!

Oslo: Central Station tiger

Eu, brincando em uma das inumeras esculturas da cidade

Vale a pena pesquisar se a compra do Oslo Pass é interessante para o viajante. Como ele inclui todo o transporte – tram/bonde, metrô e ônibus – e outras atrações com entrada paga – Museu Munch, o do Prêmio Nobel da Paz (único dos prêmios cuja entrega não é de responsabilidade sueca), o dos Barcos Vikings, o das expedições Árticas/Antárticas, as piscinas do Vigelandsparken, entre outras, pode realmente ser um bom negócio. Ah! E também permite passear de barco pelos fiordes ao redor da cidade…

Visite Oslo – um destino fora da rota da maioria dos turistas, mas muitíssimo bonito e interessante -, principalmente no verão! Agora, no inverno, com a cidade debaixo de neve… esta eu deixo para depois!

Oslo: JKScatena

Eu com meus amigos Tone e Bruno

Originalmente publicado no Blog Panrotas em Viagem, em 08/08/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/08/08/oslo-gastando-poucas-coroas/

Veja mais fotos de Oslo, no photo.jkscatena.com, clicando no mosaico abaixo:

Oslo: Collage

Oslo @ photo.jkscatena.com

27/07/2010

Berlim – Uma visita nunca será suficiente


Estar de volta a Berlim foi uma bela surpresa para quem conheceu a (e se apaixonou pela) cidade há pouco mais de 3 meses – estive aqui de férias em julho deste ano, quando escrevi os posts: “Balada, balada, balada – em Berlim”, “Berlim de Bicicleta” e “Muro de Berlim: 20 anos depois, ainda com cicatrizes”. E a maior diferença foi em relação ao tempo – enquanto em julho aproveitei de bicicleta, inclusive, ótimos dias de sol, agora enfrentamos temperaturas sempre abaixo de 10ºC, frequentemente com chuva. Mas ainda assim pude me maravilhar com novas descobertas e rever locais interessantes nesta cidade que é uma das mais agitadas da Europa.

Berlim: Portão de Brandemburgo, a imagem do Euro alemão

Berlim: Portão de Brandemburgo, a imagem do Euro alemão

“Berlim é uma capital cheia de contrastes” diz Christian Tänzler, Relações Públicas da área de Marketing da Berlin Tourismus (www.visitBerlin.de). A cidade é uma terra de imigrantes, devido, principalmente às grandes colônias de russos, franceses e ingleses, resquício da ocupação pós-guerra, que convivem com alemães de diversas regiões do país, além de turcos, chineses e, é claro, brasileiros. “Costumo dizer que a cidade não chega nem a representar bem o que é a Alemanha devido ao grande mix de culturas e a mentalidade super aberta. É realmente uma cidade única”, concorda e completa Thomas Guss, Gerente Geral do hotel Marriot Berlim, estrategicamente localizado bem perto da Potsdamer Platz, onde ficamos hospedados.

Thomas Guss, Gerente Geral do Marriott Berlim

Thomas Guss, Gerente Geral do Marriott Berlim

E o hotel está construído literalmente sobre o muro, que na verdade não era só um, mas dois, com uma zona morta no meio, cheia de arame farpado, guardas e cachorros. “No dia seguinte à queda do muro, em nove de novembro de 1989, grandes empresas compraram os terrenos aqui da Potsdamer Platz e somente no final dos anos noventa as obras de construção destes imensos complexos foram concluídas”, explica Walter Rohr, guia do Turismo de Berlim que acompanhou nosso grupo numa caminhada nesta fria e chuvosa manhã na capital alemã. Walter se refere aos novíssimos prédios cuidadosamente concebidos para atender a todas as demandas de mercado – tem restaurantes, lojas, serviços, cinemas e residências, com uma arquitetura moderna que se tornou uma referência no skyline da cidade.

Árvores e fachada do Ritz Carlton iluminadas para o Festival das Luzes, perto da Potsdamer Platz, com o prédio da DB iluminado em destaque

Árvores e fachada do Ritz Carlton iluminadas para o Festival das Luzes, perto da Potsdamer Platz, com o prédio da DB iluminado em destaque

“Desde 2008 temos recebido crescentes demandas de brasileiros interessados em viajar para Berlim. Para mim a razão principal foi a boa imagem projetada pelas festas que fizemos aqui durante a copa de 2006. Acho que muita gente via aquilo tudo pela TV e começou a pensar ‘acho que visitar Berlim deve ser muito legal’. Espero que tenhamos um voo direto do Brasil quando o novo aeroporto da cidade for inaugurado em 2011”, diz Christian. O BBI – Berlim Brandemburg International está em construção na área sudeste da cidade e quando for inaugurado será o único em funcionamento, já que Tegel e Schonefeld serão fechados. Atualmente os brasileiros podem voar pela TAM para Frankfurt e pegar um trem para Berlim, em uma viagem que pode durar mais de quinze horas – onze voando e mais quatro de trem.

Chegando em Berlim – pegou sua bagagem?

Chegando em Berlim – pegou sua bagagem?

Berlim Hauptbahnhof

Berlim Hauptbahnhof

Christian comenta também que o Muro de Berlim ainda é referenciado como uma das principais atrações da cidade, apesar de apenas pequenos trechos dele estarem ainda de pé. “Temos o desafio de encontrar o equilíbrio entre a memória de algo que dividiu famílias, como a minha, e o futuro da cidade sem o muro. Chego a ficar arrepiado sempre que falo que durante anos eu e minhas irmãs ficamos impedidos de nos ver, já que uma era casada com um membro do exército soviético e outra com um inglês. A queda, há vinte anos, possibilitou nossa reunião após muitos anos separados”, completa.

Christian Tänzler, do Turismo de Berlim

Christian Tänzler, do Turismo de Berlim

Um dos trechos restantes do Muro

Um dos trechos restantes do Muro

Mas agora a cidade está em festa, com exposições e eventos por todos os lugares, da Alexander Platz à novíssima estação principal de trens, a Hauptbahnhof, onde chegamos de Frankfurt e já partimos para a Basiléia (Basel), na Suíça, nossa próxima parada. Na grande festa programada para o dia nove de novembro, crianças simularão a queda do muro com grandes peças como uma cadeia de dominós distribuídas no trajeto do muro, terminando no Portão de Brandemburgo, onde a queda da última peça acionará uma grande queima de fogos.

Nestes dias de outubro (de 14 a 25/10) a cidade está especialmente iluminada pelo “Festival das Luzes”, quando mais de cinquenta locais da cidade recebem iluminação especial e tours noturnos podem ser feitos de ônibus, barcos e até ciclo-táxis. Cerca de sessenta eventos estão previstos e os visitantes poderão votar pela Internet no hotel mais bem iluminado (www.festival-of-lights.de). Uma boa dica para apreciar este festival “de camarote” é o bar e restaurante Solar, perto da estação Anhalter Bahnhof do S-Bahn.

Bar e restaurante Solar, com sua bela vista da cidade iluminada

Bar e restaurante Solar, com sua bela vista da cidade iluminada

A cidade que teve quase dezoito milhões de pernoites registrados em 2008, com turistas alemães e do exterior não para de se recriar, renovar e se firmar como um destino cultural, com museus sendo abertos (o de Dali, perto da Potsdamer Platz, o Neues Museum, na ilha dos museus e o Palácio Schonhauser, um museu-castelo), grandes exposições (Bauhaus, no Martin Gropius e Bicentenário de Charles Darwin no Museu de História Natural), festivais anuais (musikfest e JazzFest) e novas atrações, como uma nova roda gigante, a única da Alemanha, com 185 metros de altura que será inaugurada em 2010 próximo ao Zoologischer Garten.

É, definitivamente, um destino a ser visitado, aproveitado e revisitado.

Hoje chegamos à Suiça, onde passaremos o final de semana visitando cidades em trechos panorâmicos de trem. O próximo post provavelmente será escrito nas “terras neutras” deste montanhoso país, certamente já vendo neve nestes frios dias do outono europeu.

Originalmente publicado no Blog PANROTAS em Viagem em 16/10/2009:

http://blog.panrotas.com.br/panrotasemviagem/index.php/2009/10/16/berlim-uma-visita-nunca-sera-suficiente/

07/04/2010

Um final de semana em Dublin


Dublin, a capital da República da Irlanda é o principal destino turístico do país e uma pequena e agradável cidade para uma escapada de um final de semana, coisa que muitos europeus fazem.

Grattan and Ha'Penny Bridges

Grattan, Millenium and Ha'Penny Bridges

Cortada ao meio pelo rio Liffey, a cidade é compacta, o que possibilita belos passeios “pelo campo” a poucos minutos do centro.

Dublin's Castle

Dublin's Castle

As principais atrações de Dublin ficam na parte sul da cidade, onde se pode visitar o histórico Castelo de Dublin, o Trinity College, o belo parque St. Stephen’s Green e o bairro de Temple Bar, onde estão os pubs e clubes da cidade. A rua Grafton St. é um passeio legal também, e prático, pois liga Temple Bar ao parque St. Stephen’s Green.

Beweley's Cafe, Dublin

Beweley's Cafe, Dublin

Aqui fica um dos cafés mais tradicionais e charmosos da cidade, o Bewley’s (78-79 Gradton St), uma excelente sugestão para o café da manhã.

O país tem um turbulento passado religioso – razão da complicada e por muito tempo violenta divisão da ilha entre o norte protestante e ainda sob domínio britânico e o sul, católico, que forma a República da Irlanda – ainda assim outras atrações incluem a Catedral de St. Patrick, o padroeiro nacional cuja data, 17 de março, é comemorada com muita cerveja em todo o mundo; e a Catedral Cristã (ambas, pela descrição do meu guia de viagem, hoje protestantes).

St. Stephen's Green

St. Stephen's Green

Passear pelas margens do Liffey, admirando as belas pontes – principalmente a de pedestres Ha’penny – que cruzam o rio é uma bela pedida. Para os admiradores de arquitetura, a dica é conhecer os prédios de Four Courts e a Custom House.

Food Market, Meeting House Sq.

Food Market, Meeting House Sq.

Ao passear  pelo bairro de Temple Bar, não deixe de visitar o pequeno mercado de comidas que acontece todos os sábados na praça Meeting House Square. Nesta mesma praça fica a Gallery of Photography, de entrada gratuita. Na Cow’s Lane, também ao sábado, acontece um mercado de roupas e acessórios de designers locais. Bem perto fica o gostoso café/doceria “Queen of Tartes” (4 Cork Hill), que é um bom local para uma parada estratégica.

Cow's Lane Design Market

Cow's Lane Design Market

Para os apreciadores da famosa (e bem forte) cerveja escura Guinness, Dublin é o paraíso, já que é aqui que ela é fabricada e é possível visitar a cervejaria – a maior da Europa, que fica a poucos minutos do centro da cidade. Ao final do passeio, no alto do prédio, pode-se tomar Guinness de graça! Mas também se pode apreciá-la em qualquer pub da cidade. Recomendo o Front Lounge (33 Parliament Street) e, ao mesmo tempo, o Back Lounge (Exchange St Upper) – na verdade é um bar só, com entrada pelas duas ruas. Perfeito para pints no final da tarde e antes de uma das baladas.

Purty Kitchen

Purty Kitchen

Para a noite, não deixe de conhecer o Purty Kitchen (34/35 East Essex Street), uma balada com 4 pisos (não espere nada gigante, mas pelo menos é bem variado), com um bar no térreo e uma pista de dança no terceiro.

The Clarence Hotel

The Clarence Hotel

E, como já aprendi que o melhor hotel é mesmo o mais bem localizado, sugiro o The Clarence (6 Wellington Quay), que é um bom hotel com uma excelente localização, bem no meio de Temple Bar. Assim você pode beber Guinnes à vontade e ainda assim consegue voltar andando para o hotel. Fora que os donos são Bono e The Edge, da banda irlandesa U2.

Windmill Lane - U2's old studio

Windmill Lane - U2's old studio

Atualmente não há nenhuma atração temática relacionada à banda mais famosa da Irlanda, mas o local dos antigos estúdios do U2 é quase que um ponto de peregrinação. Para se ter uma idéia, a Windmill Lane é o único local da cidade onde o grafite é autorizado e há tanta pintura sobre pintura que as paredes desta pequena rua tem uma grossa camada de tinta, tantos são os visitantes que querem deixar sua marca por aqui.

Grafton St.

Grafton St.

Outra pedida legal para uma parada para um café é o Lemon Jelly (Millenium Walkway), do lado norte da cidade. O ambiente é muito agradável e o serviço excelente. Não confunda com o Lemon Jelly (sim, mesmo nome!) do lado Norte – 11 Essex Street East, menor mas também charmoso. Tá, vale a pena visitar ambos!

St. Stephen's Green

St. Stephen's Green

E, há menos de 30 minutos de carro do centro pode-se ter uma verdadeira experiência campestre visitando o Powerscourt Estate, a casa de campo de uma poderosa família local que foi transformada em um luxuoso centro de compras com restaurante e magníficos jardins, a poucos minutos da pequena e charmosa vila de Enniskerry.

Powerscourt Estate

Powerscourt Estate

Dublin pode não estar no roteiro da maior parte dos turistas que visitam a Europa, mas, certamente é uma visita muito interessante e agradável para um final de semana. Caso tenha interesse em estender a visita, a Irlanda oferece também outros cenários e cidades a pouca distância de Dublin.

Liffey River

Liffey River

Dublin's Airport

Dublin's Airport

29/03/2010

Um dia em Manchester


Manchester é a capital inglesa da revolução industrial e a pioneira no uso de trens. As principais atrações ficam na área central da cidade que é muito agradável para um passeio a pé.

Manchester Piccadilly Train Station

Manchester Piccadilly Train Station

Train Ticket London Euston - Manchester Piccadilly

Train Ticket London Euston - Manchester Piccadilly

Partindo da estação londrina de Euston, você chegará na cidade em pouco menos de duas horas e o bilhete – fora do horário de pico de Londres: você não deve partir ou chegar na cidade entre 7h30 e 11h00 – custa cerca de £64,00 ida e volta. Esta é a principal dica, pois apenas o bilhete de ida custa £62,00. O trem, operado pela Virgin Trains Network (aqui a Virgin opera em tudo, desde ferrovias a lojas para noivas, a Virgin Brides) são confortáveis e contam com vagões Standard e First Class, sendo que no segundo o uso de wi-fi é gratuito, além de contar com uma refeição a bordo e assentos reclináveis. O upgrade para First Class nos finais de semana custa £15 e pode ser feito diretamente no trem, com o Train Manager.

Manchester Piccadilly Gardens

Manchester Piccadilly Gardens

Chegando em Manchester, você desembarca na estação de Piccadilly, que fica perto da área central, a cerca de 5 minutos a pé. Desça em direção ao Piccadilly Gardens, uma grande praça recentemente reformada. Dali a dica é descer a Market Street, uma grande área de pedestres repleta de lojas.

Manchester Town Hall

Manchester Town Hall

St. Ann Square, Manchester

St. Ann Square, Manchester

Não deixe de visitar a prefeitura (Town Hall), com seu impressionante prédio na Albert Square. Outras atrações incluem a St. Ann Square, perto da igreja de mesmo nome, e a área do Triangle, um enorme shopping center construído mantendo a fachada de um prédio histórico. Atualmente há uma roda gigante nesta praça, mas é uma atração temporária.

Se tiver interesse, visite os museus da Ciência e Indústria, repleto de motores a vapor e outras máquinas, a Withworth Art Gallery, que tem em seu acervo obras de arte contemporânea e aquarelas do artista inglês Turner e a City Art Galleries, com arte britânica e pinturas italianas e francesas.

Manchester Shambles Square

Manchester Shambles Square

Manchester também tem um histórico importante na música eletrônica, meio que um berço do tecno nos nos 80. Vale a pena buscar informações a respeito se você curte este tipo de balada.

Rainbow @ Manchester University

Rainbow @ Manchester University

16/11/2009

Blog PANROTAS recebe prêmio CET em Portugal


Do original do Portal Panrotas (www.panrotas.com.br):
http://bit.ly/9tW9un

JKScatena: Prêmio CET2009

Paulo Machado, Jaime Scatena e Nuno Pinha (Pestana)

Paulo Machado, presidente da CET América Latina e diretor do Turismo de Portugal no Brasil, Jaime Scatena, premiado pela colaboração com o Blog PANROTAS em Viagem, e Nuno Pina, do Pestana/Pousadas de Portugal

A Comissão Européia de Turismo na América Latina entregou ontem (09/11/2009), em cerimônia realizada no Restaurante Cozinha Velha, em Queluz (Sintra, Portugal) os diplomas do Prêmio de Jornalismo 2009, entre eles o do blogueiro do Blog PANROTAS em Viagem, Jaime K. Scatena.

“Este prêmio de jornalismo, o único do tipo nos quatro grupos de trabalho da CET no mundo, é importante para reconhecer o trabalho e a dedicação dos jornalistas brasileiros que divulgam informações turísticas sobre a Europa.” diz Paulo Machado, presidente da CET/AL para o biênio 2009/11 e que acompanha o grupo nesta viagem-prêmio, com apoio da Tam e Pestana/Pousadas de Portugal.

(…)

Estiveram presentes à cerimônia de ontem à noite o diretor de Marketing do Grupo Pestana/Pousadas de Portugal, Nuno Pina (o grupo hospedou-se na Pousada de Queluz) e, Nuno Madeira, do Turismo de Portugal, representando o secretário de Estado de Turismo do país, atualmente em viagem a Londres para participar da WTM.

Nuno Madeira ressalta a importância da imprensa na divulgação de destinos de forma isenta e autêntica, muito diferente do marketing realizado pelos órgãos de turismo oficial, opinião compartilhada por Paulo Machado que também diz que esta é a terceira vez que Portugal sedia a premiação e que é a primeira edição com sedes compartilhadas entre dois países, no caso junto com a Espanha. (…)

“Estou muito feliz por ter tido meu trabalho reconhecido, principalmente por ter começado a escrever para a PANROTAS neste ano. Antes eu só fazia as fotografias de diversas reportagens e suplementos, mas desde junho comecei a escrever também as matérias e esta série de posts no Blog PANROTAS em Viagem foi minha estreia nesse importante canal de comunicação” diz nosso blogueiro premiado, Jaime K. Scatena. “Buscar dicas legais das cidades que conheci nas minhas férias na Europa deu um tom diferente à viagem, já que ficava procurando temas, fotos e lugares legais para depois escrever os posts.”, completa.

Para o editor-chefe da PANROTAS, Artur Luiz Andrade, “o reconhecimento do Blog PANROTAS Em Viagem comprova e renova uma das principais características da PANROTAS, que é estar sempre inovando, sempre buscando estar presente nos diversos canais de comunicação com o trade e também com o público final, já que o blog recebe diversos comentários e perguntas de viajantes e já que este ano a editora lançou sua primeira revista para o público final, a Vamos Lá Viagens”. “Ficamos felizes de o júri do prêmio da CET ter reconhecido o Blog PANROTAS Em Viagem, que está no meio de seu segundo ano e as dicas do blogueiro Jaime Scatena, que estão muito boas e inclusive foram parar no segundo número da Vamos Lá Viagens. Parabéns também aos demais agraciados, especialmente Karen e Gustavo, que, infelizmente, não puderam comparecer à viagem-prêmio”, finaliza Artur Andrade.

Os outros jornalistas que receberam o prêmio nesta noite foram Cecília Motta (Melhor Reportagem Europa, do Diário da Região), Marcelo Medeiros (Melhor Reportagem de TV, da Rede TV) e Tales Azzi (Melhor Trabalho Fotográfico, da Revista Viaje Mais). Os prêmios dos demais jornalistas que não puderam comparecer serão entregues no Brasil para Gustavo Alves da Silva (Melhor Reportagem Jornal Impresso, O Globo) e Karen Abreu (Melhor Reportagem de Revista Impressa, Revista Viaje Mais).

15/09/2009

Surpresa em Salzburg – Hangar 7


Originalmente postado em 05/09/2009 no:

Surpresa em Salzburg – Hangar 7

Esta inusitada – para mim completamente inesperada! – atração é da “parte nova” de Salzburg (pessoal, estou pulando as dicas de Roma, que estão quase prontas, para mandar alguns posts em “real time” aqui da Áustria… mas não se preocupem, que tenho dicas bem legais da Cittá Eterna), se distanciando do padrão cultura-música clássica-Mozart já bastante conhecido (e de que trataremos depois).
Poucos sabem que o dono da marca de bebidas energéticas Red Bull mora aqui em Salzburg e que adora aviões (e tudo mais de radical, mas aviões é uma paixão pessoal), tanto que tem sua própria coleção de aeronaves. E para abrigar seus “mimos” construiu dois hangares, um para manutenção, o Hangar 8, e outro, o Hangar 7, que é um misto de museu aéreo e galeria de arte, com bares e um restaurante, na área do aeroporto de Salzburg, W. A. Mozart.
A estrutura é impressionante, toda de metal e vidro, supermoderna e de ótimo bom gosto, projetada por um arquiteto austríaco, o mesmo que está projetando a nova sede corporativa da Red Bull, nos subúrbios aqui de Salzburg. O Hangar 7 tem no piso térreo a área de exposição de aeronaves, que é rodeada por uma galeria de arte (HangART-7). No alto tem um bar, suspenso bem no topo da estrutura, com piso de vidro, chamado Threesixty (360), mas também conhecido por Sky Bar pelo pessoal daqui, aberto ao público todas as noites.
Na galeria de arte contemporânea HangART-7 as peças ficam suspensas em grande painéis que lembram asas de aviões – três vezes ao ano toda a exposição muda, com a proposta de ser uma plataforma inovadora para artistas “emergentes” de algum país ou cidade do mundo – atualmente são oito italianos.
Outro bar, Carpe Diem Louge Café no térreo, é mais tradicional e serve todos os produtos da marca (além do energético que temos no Brasil, eles têm aqui uma bebida chamada Simply Cola – a versão deles da Coca Cola -, três com sabores exóticos e um tipo de água gasosa também com sabor), além de cafés, drinques e petiscos (finger food).
Já o bar Mayday, no primeiro piso, além da vista privilegiada, é todo high-tech, com garçons e aviões virtuais animados que interagem com os copos e itens colocados sobre o bar. Conta também com um Cigar Louge com confortáveis poltronas de couro, além de uma decoração caprichada para os fumantes.
O restaurante Ikarus tem uma programação com chefs convidados que vêm ao Hangar 7, preparam um menu especial, ensinam a preparação para o chef executivo local e sua equipe e depois vão embora. Durante todo o mês este ménu é servido e no mês seguinte chega um novo chef com outras receitas. Em novembro todos os chefs do ano retornam para um evento especial (para um público seleto, com arrecadação de fundos para causas sociais) num jantar de 13 pratos! O brasileiro Alex Atala participou da seleção de 2006 e a lista de 2010 está sendo guardada a sete chaves!
E, como os aviões participam de shows aéreos por todo o mundo (já passaram pelo Rio de Janeiro) e também passam por manutenções – todos estão em condições de voo, mesmo aqueles das décadas de 1930 e 1940, restaurados e, em alguns casos, reconstruídos – todo o local está sempre em constante mudança. Os aviões mudam, o menu do restaurante e a HangArt também. Faz parte da filosofia da marca de “ser a energia por trás da mudança”. E o público pode voltar várias vezes e ver sempre coisas novas.
Os bares e o restaurante são abertos ao público geral mas, para o restaurante – noites e finais de semana principalmente – é necessário enfrentar uma fila de reserva entre quatro e seis semanas. O local não recebe grupos turísticos, privilegiando os visitantes individuais e famílias e é muito frequentado por viajantes com algum tempo livre antes de seus voos no aeroporto, que é muito pró0ximo. E, é claro, pelo público descolado de Salzburg!
Alias, se quiser chegar com seu jato próprio – o que ocorre com certa regularidade, principalmente durante o anual Festival de Salzburg – é só entrar em contato com a equipe do Hangar 7, que providencia todo o trâmite com a torre de controle do aeroporto, o local de estacionamento em área própria deles, além de eventuais reabastecimentos e manutenções.
O lugar é uma surpresa. E um show.
Jaime Scatena
Fotógrafo e engenheiro
Especial para o Blog PANROTAS Em Viagem
PS Como há restrição para fotógrafos, as fotos aqui usadas são do site do Hangar 7