Este é um dos e-mails que enviei para os participantes do meu Grupo de Estudos em Fotografia, com referências dos fotógrafos que falamos em nossa conversa semanal.
Aproveite!
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Arte | Fotografia | Viagens | Pensamentos | Curiosidades | JKScatena©
Este é um dos e-mails que enviei para os participantes do meu Grupo de Estudos em Fotografia, com referências dos fotógrafos que falamos em nossa conversa semanal.
Aproveite!
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O analfabeto do Futuro, disse alguém, não será aquele que não souber ler e escrever, e sim aquele que não souber ler uma fotografia. Mas um fotógrafo que não sabe ler suas próprias imagens não é o pior que o analfabeto? A legenda não se tornaria a parte mais importante da fotografia?
Walter Benjamin em “Pequena história da fotografia”, 1931
É perfeitamente possível levar uma vida plena e criativa sem nunca ter de se defrontar com vocabulários e tecnicalidades, por exemplo, da Semiótica, que, na melhor das hipóteses, podem parecer difíceis, e na pior delas, simplesmente irrelevantes.
O valor da teoria reside no fato de ela oferecer um conjunto de ferramentas que pode melhorar nossa compreensão de como e porquê uma fotografia funciona e o que isso significa.
Depois de 24 horas de uma desafiadora corrida fotográfica, nossos jurados Igor Spacek e Vitor Carvalho, da Incubadora de Artistas e Jaime Scatena, da JKScatena Photography elegeram as melhores fotos por tema, em cada uma das duas categorias.
A FotoMaratonaBIT! é uma declaração de amor à fotografia, promovida pela Incubadora de artistas, no 1º Festival Bit!
Vitor Carvalho
Segundo a Incubadora de Artistas, as maratonas fotográficas são apenas um instrumento artístico da Incubadora, contada por imagens, que pretende documentar, com suas multiplicidades e visões, as transformações tecnológicas em que vivemos.
Esta maratona 1ª maratona realizada faz parte de nosso BIT! Festival, reiterando sua importância como documento social e artístico a que propomos realizar em Atibaia.
Agradecemos a participação do artista Jaime Scatena pela colaboração neste processo, que está apenas começando… Parabéns a todos os participantes e ano que vem tem mais!
Igor Spacek
A oferta cultural de Nova York é praticamente inesgotável. Fora os inúmeros museus da cidade que têm fotografia em seus acervos – Metropolitan e MoMA, por exemplo, há o International Centre of Photography – ICP (onde estou estudando novamente) e ainda uma quantidade imensa de galerias de arte voltadas para a fotografia.
Resolvi seguir as dicas da TimeOut NY, que criou uma publicação com as 10 exposições fotográficas imperdíveis e vou publicar nas próximas semanas minhas impressões sobre elas. Eu até criei um mapa para me ajudar a navegar neste mar de galerias.
Comecei a fazer vídeos há pouco mais de um ano e, pela primeira vez, tive um video aceito para o Festival do Minuto. 🙂
Fiz o “I give you my sky” em dezembro/11 para um post do Multigraphias, no qual o Roberto Cambusano queria “ser o céu por 2 minutos”… só isso.
Peguei a Londres dele, o céu com palavras que falavam e ser o céu, coloquei um belo azul celeste diretamente de Atibaia e um áudio daqui do interior de São Paulo, de Jarinu, que tinha gravado para a série Cidades In(di)visíveis, também do Multigraphias.
Deu no que deu: cidades indivisíveis no desejo de sermos o céu. Clique na imagem abaixo para ver, direto no site do Festival.
Te dou o meu céu (I give you my sky)
Para inscrever no Festival do Minuto eu fiz poucas adaptações, inserindo o texto em português (que deu outra poesia ao vídeo) e os devidos créditos. Virou o “Te dou o meu céu (I give you my sky)”, foi julgado pela equipe de curadores do Festival do Minuto e foi selecionado como destaque para participar do Festival.
Assista ao vídeo e, por favor, dê sua nota através das estrelinhas – este é o voto do público.
via Festival do Minuto – Te dou o meu céu (I give you my sky).
Transcrição das anotações pessoais da palestra do Eder Chiodetto no dia da abertura das inscrições do Prêmio Brasil de Fotografia, 10/04/12.
Para saber mais sobre o prêmio, clique aqui: Prêmio Brasil de Fotografia 2012.
Este video (somente em inglês) fala de razões para se ter uma lente de 50mm.
Este tipo de lente é meio que um tabu da fotografia, mas você só vai entender o porquê quando começar a usar uma. Eu me apaixonei pela minha e tenho que dizer que é, praticamente, a única que uso na minha Pentax SLR. Até na minha Cannon S95, de bolso, eu uso a configuração que seria “equivalente” aos 50 mm.
Aqui vão as razões listadas no vídeo:
Meu ensaio Inspired, por exemplo, foi todo tirado com a minha ‘cinquentinha’. E as fotos do aniversário da Manu e do Gabriel também foram, praticamente todas, tiradas também com ela.
Eu simplesmente ADORO a luminosidade que esta lente proporciona. É uma coisa meio mágica, etérea e bastante poética.
Numa busca rápida eu achei até um grupo no Flickr que só aceita fotos tiradas com 50mm! O grupo chama Bresson 50mm, pois o Henri Cartier-Bresson, um dos fotógrafos mais conhecidos da história da fotografia, usava, principalmente uma lente 50mm na sua Leica 35mm (analógica, claro!).
Pronto, #FicaADica!
Reta final! Na quarta, 25/01, será aberta a 3ª Mostra São Paulo de Fotografia, lá na Vila Madalena.
Vejam aqui um teaser com algumas das mais de 1700 fotos da mostra:
A Mostra se firma como um dos maiores eventos de fotografia da capital paulista. O tamanho que ela está galgando não reflete num mega-hiper-compexo negócio. Pelo contrário. A Mostra tem um clima muito leve e um espírito muito da paz e da confraternização em torno da fotografia. No fundo, é a “cara” do cara que pilota tudo: Fernando Costa Netto.
Uma mostra fotográfica com mais de 1.200 fotos em 30 exposições de mais de 170 fotógrafos convidados!
E eu sou um deles, legal, né? Minhas fotos do Jockey Club de São Paulo estarão expostas no restaurante Che Barbaro, lá na rua Harmonia.
Os números da 3ª Mostra São Paulo de Fotografia:
- 30 exposições
- 6 curadores
- 179 fotógrafos convidados
- 38 pontos expositivos
- 8 ruas do bairro
- 1.225 ampliações fotográficas
via Olhavê.
É só dar uma olhada nos números para perceber que a Mostra São Paulo de Fotografia (MSPF) está se tornando um evento importante no já agitado calendário cultural Paulistano. É fato que não há nenhuma mostra formal e recorrente de fotografia na cidade… ou não havia, já que esta é a terceira edição da MSPF, que busca registrar fotograficamente a evolução contemporânea da cidade.
Durante a mostra irão acontecer um concurso fotográfico via Instagram, com uma viagem pra Nova York como prêmio, visitas guiadas e conversas com os fotógrafos e curadores. O evento também será usado para arrecadar assinaturas para o movimento que busca o tombamento do bairro da Vila Madalena para protegê-lo da invasão dos prédios que vem dizimando as características casas da região.
Serviço
Data: 25/01 (aniversário de Sampa) a 19/02/12
Local: 38 diferentes pontos (restaurantes, bares, galerias etc.) do boêmio bairro paulistano da Vila Madalena.
Eu fiz estas fotos durante o Grande Prêmio São Paulo de 2011, no evento “Expedição Rio Pinheiros“. A série completa de fotos pode ser vista no meu Flickr.
Se quiser ver, em primeira mão, uma exposição virtual de fotos do Jockey, clique aqui. Este Prezi demora um pouco para carregar, mas depois dá pra ver em tela cheia, como slide show ou navegando com o teclado/mouse.
Essas são as fotos que bati no tal mural do terreno dos Matarazzo, que uma empresa comprou para fazer um belo empreendimento comercial, com shopping e hotel. Vai ser de bom gosto, pode ter certeza, um novo marco na arquitetura paulistana.
Primeiro, não exatamente uma foto, mas uns GIFs:
Em seguida uma brincadeirinha canina:
Outra com sombras:
A incorporadora do empreendimento, uma parceria entre a CCP e a CCDI, está promovendo um concurso fotográfico na sua página do Facebook: as 10 fotos mais votadas vão para um juri que vai distribuir 3 máquinas fotográficas.
Vote nas minhas fotos! 😉
Achei esta notícia no British Journal of Photography.
É uma dica boa pra quem tem material de fotojornalismo, mas já aviso que a concorrência é pesada!
No concurso de 2011 eles receberam o volume recorde de mais de 108.000 fotos! A galeria dos trabalhos selecionados em 2011 pode ser vista aqui. Eu tive a chance de ver a exposição das fotos lá em Londres, no ano passado.
Neste ano também tem uma categoria de Multimídia, presente no concurso desde 2011, na qual serão admitidos trabalhos que juntem fotografia com audio, elementos visuais como video, animação, gráficos, ilustrações e textos, sem limitar-se a isso. “A competição de Multimidia foi lançada como um projeto piloto em 2011, na qual um comitê internacional selecionou os concorrentes. Neste ano estará aberta para qualquer um que queira mandar seus trabalhos”, dizem os organizadores da Word Press Photo.
Para detalhes: www.worldpressphoto.org.
World Press Photo, the world’s largest photojournalism competition, is now open for entries.
Portfolios can only be submitted online via the World Press Photo website; and while photographers have until 12 January to submit their photos, they must register for a login before 06 January at 23h59 Central European Time.
via World Press Photo now open for entries – British Journal of Photography.
O site de Arte Contemporânea Supergiba deu hoje uma nota sobre a exposição que o coletivo artístico Multigraphias vai apresentar durante os próximos dois meses em estações do Metrô de São Paulo – Artur Alvim (10/12 a 31/12) e Paraíso (10/01 a 31/01).
Seremos em 12 artistas, cada um com uma foto retratando o Feminino nas diversas cidades do mundo onde habitamos.
Esta é a minha foto: Faces, tirada em Londres no ano de 2010
Tendo como subtítulo “Fotografia é uma opinião”, e inspirada no debate de Susan Sontag em Questão de ênfase, a coletiva que o metrô de São Paulo acolhe entre dezembro e janeiro próximos, nas estações Artur Alvim e Paraíso, reúne 12 artistas em torno da presença do feminino. As imagens são provenientes de cidades tão díspares como Anápolis, Londres, Londrina, Berlim, Olinda, São Paulo, Tijuana (México), Porto Alegre e Poços de Caldas.
O que une os artistas – Elza Cohen (acima), Ísis Fernandes, Jean Sartief, Luciana Franzolin, Joelson Bugila, Jaime Scatena (abaixo), Margareth Miola, Patrícia Francisco, Rei de Souza, Viviane Gueller, Tiago Spina, Ygor Raduy, TabeaHuth e a própria curadora Gabriela Canale – é, além da participação no projeto Multigraphias, o interesse em contrastar opiniões através da fotografia.
Pessoal agora é oficial!
Estou participando desta fantástica mostra fotográfica que ocupará completamente a Vila Madalena já pela 3ª vez. Só tem fera no time de fotógrafos que vai expor por lá e eu terei a chance de expor um trabalho que fiz neste ano, com fotos do Jockey Clube de São Paulo.
A mostra será aberta no dia 25/01/12 – aniversário da Cidade de São Paulo – e ocupará diversos lugares deste que é um dos bairros mais boêmios da cidade. São bares, restaurantes, galerias, lojas e até lajes.
Cada um dos fotógrafos convidados irá apresentar um conjunto de imagens inéditas ou não, mas que enfoque obrigatoriamente alguma face de São Paulo em qualquer tempo em qualquer formato. A curadoria desta terceira edição está sendo feita pelo professor Armando Prado, Alexandre Belém, Mônica Maia e Fernando Costa Netto, que também organiza o evento.
A página oficial da mostra é esta aqui.
E esta é a notícia que saiu ontem (presente de aniversário!!) no Olhave, um dos principais blogs de fotografia do país:
A 3ª Mostra São Paulo de Fotografia acontecerá entre 25 de janeiro e 19 de fevereiro de 2012 na Vila Madalena.
Com o sucesso da Mostra deste ano, a terceira edição promete! O envolvimento do pessoal do bairro deve ser maior e o evento se consolida na agenda fotográfica de São Paulo.
Serão 30 exposições espalhadas por bares, restaurantes, galerias, muros, lojas, outdoors, etc… Alguns nomes já confirmados: José Bassit, Anderson Schneider, Walter Firmo, Paulo Vainer, Felipe Russo, Felipe Morozini, Felipe Bertarelli, Daniel Kfouri, Ignácio Aronovich e Louise Chin [Lost Art], Vânia Toledo, Fernando Martinho, Roberto Wagner, Lufe Gomes, Márcio Távora, Jaime Scatena, o coletivo Garapa, a agência Fotosite e uma coletiva Instagram.
Quantas fotos você acha que são publicadas no Flickr em um dia? Dez mil? Um Milhão?
Se quiser saber a resposta é só ir na exposição “What’s next“, lá em Amsterdam, e contar as fotos que o artista Erik Kessels imprimiu e espalhou em uma das salas do Foam (The Future of Photography Museum Amsterdam – All about Photography).
Como dá pra imaginar, são milhares de imagens, uma verdadeira avalanche de fotos.
“Somos expostos a uma sobrecarga de imagens hoje em dia. Este excesso se dá, em grande parte, como resultado de sites de compartilhamento de imagens como o Flickr, redes sociais como o Facebook e mecanismos de buscas baseados em imagens. Seu conteúdo mescla o que é público e o que é privado, com o que seria muito pessoal sendo abertamente e inconscientemente apresentado. Ao imprimir todas estas imagens publicadas num período de 24 horas, eu pude visualizar o sentimento de se afogar nas representações das experiências de outras pessoas” Erik Kessels
O objetivo da exposição “What’s Next” (O que será o próximo, numa estranha tradução literal) é provocar uma conversa sobre o futuro da fotografia, no décimo aniversário do Foam. Ao ver a instalação do Kessel é difícil não se sentir nostálgico em relação ao passado da fotografia e pensar em como seria compartilhar todas estas fotos em negativos… um sinal de que precisamos pensar um pouco mais na edição e seleção daquilo que publicamos.
This installation by Erik Kessels is on show as part of an exhibition at Foam in Amsterdam that looks at the future of photography. It features print-outs of all the images uploaded to Flickr in a 24-hour period…
What’s Next?
The Future of the Photography Museum Guest curators: Lauren Cornell, Jefferson Hack, Erik Kessels, Alison Nordtröm 5 de Novembro a 7 de Dezembro de 2011 Keizersgracht 609 1017 DS Amsterdam +31 20 5516500O mercado de arte muitas vezes parece tão insano quanto o mercado financeiro, até porque partilham conceitos semelhantes.
Este texto é bastante esclarecedor a respeito da recente venda da fotografia Rhein II, do fotógrafo alemão Andreas Gursky, vendida por mais de US$ 4 milhões nesta semana.
Gostei muito da parte que fala da expectativa do senso comum de que a fotografia (ou qualquer outra obra de arte) tenha que ter “beleza” – uma beleza que corresponda a seu valor em dinheiro.
No caso, aqui, o que vale não é a beleza da obra, mas seu contexto na arte contemporânea e na linha de trabalho de Gusrky.
Pra pensar.
A fotografia de Gursky não é decorativa, ela não é produzida para enfeitar paredes. Assim como a fotografia do casal Becher e tantos outros fotógrafos serialistas e conceituais. Suas fotografias são rigorosos estudos formais do mundo contemporâneo que desnaturalizam a paisagem do capitalismo contemporâneo e colocam o expectador diante da imagem de seu próprio tempo . E como é possível verificar em muitos de seus trabalhos, seu rigor formal também produz espanto e, porque não, alguma forma de beleza, que é o que se espera das obra de arte intensas.
Nos meus passeios pra buscar imagens interessantes pra mostrar para o pessoal da Semana de Arquitetura da Unicamp eu encontrei este site, que fala um pouco deste interessante artista britânico.
Gosto muito das suas pinturas – já até fiz trabalhos inspirado nele – mas as fotomontagens, colagens, ou ‘joiners’, é o tipo de trabalho que realmente mexeu comigo da primeira vez que tive contato com seu trabalho, no Museu de Fine Arts de Boston, em 2007.
Este link abaixo mostra alguns outros trabalhos do Hockney, aqui tem o link da Wikipedia sobre ele e este é o site oficial dele.
David Hockney is one of British well-known artists that I have found very inspirational with one of my finals (collage). I really like his photo collage art works, (called ‘joiners’), which are a series of individual photographed details that create a complete image. Hockney’s photographic collage examines the relationship between image/reality and space/perspective. “I’m interested in all kinds of pictures, however they are made, with cameras, with paint brushes, with computers, with anything,” said Hockney. “All of them are artifice—technology alters the way you make pictures.”
Mais uma boa review do David Pogue, do New York Times, agora falando da nova teconologia que a Sony tem colocado em suas máquinas, que permite tirar fotos panorâmicas em um click, movendo a camera em arco e a foto fica pronta, perfeita, diretamente na câmera, sem a necessidade de pós-edição.
Eu já uso a minha Canon S95 pra fazer panorâmicas – um dos meus usos preferidos, junto com o selective colour – mas tenho que editá-las no Photoshop, pra juntar as partes. O efeito fica ótimo, mas imagino que ter tudo pronto, diretamente na câmera, seja realmente mais prático!
A panorama provides a much better representation of being there than the tiny slice provided by a regular photo. You can actually scan the scene, looking around you. And when it’s printed, a pano makes a perfect piece of art on the wall. Especially over a couch.
The city of Pompeii is a partially buried Roman town-city near modern Naples in the Italian region of Campania, in the territory of the comune of Pompei. Along with Herculaneum, Pompeii was destroyed and completely buried during a long catastrophic eruption of the volcano Mount Vesuvius spanning two days in the year AD 79.
Source: Wikipedia
Eu já tinha ouvido a respeito de dicas de cortes ( britânico David Graham comentou a respeito no workshop que deu em São Paulo em fevereiro de 2011), mas nunca tinha visto um esqueminha como este, que achei bem interessante.
Here’s a helpful illustration that shows acceptable places to crop when shooting portraits. Cropping at green lines should be fine, while cropping at red lines might leave you with an awkward looking photograph.
3″ = 3 frames de 1″ de exposição
Qual é o tempo da sua arte?
3 segundos | Palmas | Jaime Scatena
via 3″ « MULTIGRAPHIAS.
Olha que legal que o Julio escreveu sobre mim e sobre meu trabalho!!
Não é segredo que sou apaixonado por rosas, acabei de adquirir duas fotos deste artista.
Só posso é indica-lo para todos que curtem fotografia na decoração e em qualquer momento.
Apagando aos poucos um pouco de tudo | Atibaia | Jaime Scatena
via “O que o Lápis escreveu a borracha apagou” « MULTIGRAPHIAS.
Ver esta obra pela primeira vez me fez repensar qual é o papel da fotografia e o que se passa no tal “Ato Fotográfico”. Ela abre o livro homonimo de Philipe Dubois e, para mim, se tornou uma “porrada visual” muito marcante. Ainda estou mastigando a obra, com idéias interessantes de como usá-la, referenciá-la.
Ao registrar uma sequencia de fotos, apresentando as 5 em um só registro, Snow consegue nos fazer repensar o que é que a fotografia registra – será que é mesmo só aquele ‘milissegundo’ (1/1000 s), ou é possível registrar o tempo, o andar do tempo, em uma foto?
O texto abaixo é do blog SOS Fotografia, da Beth Barone.
O resultado final – com as cinco polaroides – é um trabalho que restitui a história da obra ao mesmo tempo em que a fazem. São ao mesmo tempo o próprio ato e sua memória.
O trabalho está exposto na Galeria Nacional em Ottawa. Por ficar bem na altura do rosto das pessoas o observador vê o espelho mas pouco de seu reflexo aparece já que ele está ocupado pelo auto-retrato de Snow, um rosto que esteve ali, no passado. No momento presente o expectador do trabalho se vê apenas e parcialmente pelas bordas. O trabalho é bem mais que uma simples foto: é o acionamento da própria fotografia.
via SOS Fotografia: Michael Snow e a famosa foto “Authorization”.
Conheci o trabalho do Duane há algumas semanas, quando participei da oficina de Residência Artística com o José Spaniol lá no Festival de Arte da Serrinha.
O uso que faz dos espelhos e das sequencias fotográficas é muito inteligente e bem resolvido, quase que nos obrigando a continuar olhando para as fotografias infinitamente… Muito bom mesmo.
Achei interessante a biografia dele que achei neste site, da Revista Fotografia:
O fotógrafo americano autodidata, faz uso inovador de foto-seqüências em suas obras, muitas vezes incorporando texto para examinar a emoção e a filosofia. Ele estudou design gráfico, mas não concluiu o curso porque se apaixonou pela fotografia. Começou como fotógrafo de moda, trabalhando para revistas como Esquire e Vogue, e em pouco tempo se tornou um artista de nível internacional.
Original em seus pensamentos, crenças e na execução de suas imagens, Michals conseguiu criar uma carreira brilhante ignorando – quer dizer, desafiando – os limites estabelecidos. Ele passou a vida re-analisando e re-inventando a própria natureza da fotografia.
Ao invés de descrever as realidades exteriores, Michals virou a câmera e visão para seu interior – enfrentando e tentando descrever as paisagens intangíveis de suas próprias emoções, medos, sonhos e desejos.
As suas obras são desconcertantes, quase surrealistas, utilizando frequentemente jogos de espelhos ou sequências de imagens.
“Eu estou interessado no que acontece quando morremos. Eu não sei como alguém pode estar vivo e não questionar isso. – Eu acho que é uma pergunta muito racional.” – Duane.
Oi pessoal,
Finalizei ontem o flyer/postal de divulgação da exposição.
Na frente tem uma mescla, com uma das fotos que serão expostas (Sente IV, Paris), recebendo uma intervenção com outra fotos que também serão expostas. Aqui já dá pra ter uma noção das coisas que estou aprontando: ilusão, recriação de realidades e referências à História da Arte. O que acharam?
O verso tem um texto muito legal que minha grande amiga Mônica de Ávila Todaro escreveu, junto com as informações da abertura, tudo isso montado sobre um cartão postal vintage, novamente com a idéia de recriar, reutilizar e reler.
Lembrando a todos:
E, além de ter que agradecer à Mônica pelo texto, tenho também que agradecer ao meu amigo Eduardo Uzae pela editoração final.
Agora é oficial, está lançado o projeto no Catarse.me pra arrecadar uma grana pra ajudar a financiar minha exposição aqui em Atibaia. Veja aqui: http://bit.ly/Catarse_Por-Ai.
O orçamento da montagem está hoje em R$ 4.500… sim, não é barato montar uma exposição! E ainda estou refinando os números e avaliando tudo que será preciso. Digo isso pra ressaltar que toda a ajuda será bem vinda.
Pra quem não conhece o esquema dos sites de crowdfunding (Cartase é apenas um deles, o que escolhi para este projeto, pois me identifiquei com a sua proposta), através do site do projeto qualquer um pode contribuir com a quantia que quiser – alguns sites definem um valor mínimo, outros permitem até uma ajuda moral, não financeira – aí você escolhe uma recompensa, definida pelo dono do projeto. No meu caso, as recompensas todas são ARTE, sim, para cada colaboração, além do meu sorriso e agradecimento eterno, você receberá uma peça de arte, produzida por mim e todas em séries limitadas. Ou seja, é um investimento, pois quando eu for bem famoso (tenho certeza que serei!), esta sua recompensa valerá uma boa grana. Bom né? O legítimo ganha-ganha.
Só que tem um ponto muito importante: se as arrecadações não atingirem o mínimo estabelecido no projeto – para a minha exposição, defini R$ 3.000, todo mundo recebe seu dinheiro de volta e o dono do projeto não recebe nada! Por isso que coloquei um valor um pouco abaixo do orçamento da exposição, mas que será mais fácil de ser atingido e assim eu consigo receber esta ajuda (e peço ajuda pro meu pai, pra bancarmos o resto). Por outro lado, se os internautas acharem as recompensas maravilhosas, não há limite de doações.
Por isso peço: se acreditarem na minha arte, colaborem e divulguem o projeto para seus amigos. As doações estão abertas a partir de hoje até o dia 31/07.
Veja mais detalhes do projeto no Catarse clicando aqui, ou aqui no meu webiste, clicando em https://jkscatena.com.br/por-ai/.
Por Aí, uma Exposição Fotográfica de Jaime Scatena. De 24/jun a 07/ago, no Espaço Revelar (Al. Prof. Lucas Nogueira Garcez, 3062 – Atibaia/SP)
A palestra do fotógrafo britânico David Graham, parte do Workshop São Paulo Retratos, que aconteceu nos dias 4 a 6 de fevereiro em São Paulo estava recheada de dicas de como fazer um bom retrato. David apresentou, entre as dicas, diversos exemplos de retratos que ele fez nos últimos 7 anos, quando, após um grave acidente que deixou seu filho tetraplégico, ele “entrou’ para a fotografia.
Vou resumir algumas das dicas aqui, completando com comentários meus.
A abertura da palestra já deu o tom, do que é um retrato, quando ele cita um dos mestres desta arte fotográfica:
Um retrato é uma foto de alguém que sabe que esta sendo fotografado
É realmente uma afirmação importante e que acaba com aquela idéia de “roubar retratos”. Fora que, para a utilização comercial de qualquer foto na qual o tema central seja uma pessoa, identificável, é indispensável a autorização de uso da foto.
Câmeras e técnica:
Fundos (Background)
Iluminação (Light)
Vale lembrar que o conhecimento de regras é importante para saber o momento em que se pode quebrar esta regra. Fotos na praia: o sol forte tem que estar presente. Um fundo interessante que tem tudo a ver com seu modelo não precisa ser desfocado. Retratos em festas e “baladas” podem ficar mais interessantes com um flash forte. E assim por diante…
Aguardem mais dicas nos próximos dias e não deixem de ver os retratos que fiz para este projeto de São Paulo, clicando em: ©JKS Photography >> São Paulo.
Fim de ano é época de retrospectivas, de (re)descobrir como é que foi o ano que se encerra, de rever os melhores e piores momentos. De relembrar.
Pra mim o ano começou com grandes expectativas, depois de um 2009 de mudanças e viagens. No ano anterior havia deixado a engenharia para me tornar um jornalista (premiado) de turismo e pra tentar virar fotógrafo em tempo integral.
2010 foi um ano de criação:
Meu ensaio fotográfico Inspired, criado na minha temporada em Milão foi uma das experiências fotográficas mais interessantes de minha vida e estou muito satisfeito com o trabalho e com as reações de outros fotógrafos e mesmo de um galerista com quem conversei.
Foi um ano de aprendizado:
Morei em tantas casas, dormi em tantos lugares diferentes… conheci lugares e pessoas, ganhei e perdi, ri, chorei, dancei muito, curti, viajei. Amei. Amo. Em 2010 aproveitei muito a minha vida, já que ela é uma só.
O mais importante é que não perdi a esperança de crescer e me desenvolver, de evoluir. É com esta bagagem e com este espírito que me despeço de 2010 desejando um 2011 que será muito melhor que todos os anos que já passaram.
Um abraço grande a todos e até o ano que vem!
Jaime Scatena
PS1: este é o último post de 2010. Estou viajando em um lugar sem internet, telefone celular ou luz elétrica. Será que aguento? Volto à ativa nos meados de janeiro.
A minha série de fotos deste ano, a Serie10, está à venda através de meu fotosite – ©JKS Photography. Esta série de 22 fotos foi produzida durante o ano de 2010 nas diversas cidades que estive neste período.
Cada uma das fotos está disponível no tamanho 20 x 30 cm, em uma série limitada de 50 cópias cada, impressas em papel matte de alta qualidade. O site, com a tabela de preço e as fotos à disposição pode ser visto no endereço: http://photo.jkscatena.com/store/serie10-brasil/.
Clique no mosaico abaixo, ou aqui, para ver as fotos.
Click on mosaic below, or here, to see my pictures from London’s National Theatre.
Fa’ clic nel mosaico sotto, oppure qua, per guardare le miei foto del National Theatre di Londra.
Tem foto nova no photo.jkscatena.com, o meu website de fotografias.
São algumas das fotos que fiz durante curso “Arte, Aquitetura e Fotografia”, que frequentei em março deste ano na Central Saint Martins College of Art & Design, aqui em Londres.
Todas as fotos do post Inspired estão no slideshow e na galeria abaixo.
All the pictures from the post Inspired – the English version are on the slideshow and the photo gallery below.
Tutte le foto del post Inspired – la versione Italiana sono nel slideshow e nella galleria sotto.
Não havia nem saído da exposição e a vontade de produzir fotos semelhantes às de F. Woodman já havia tomado conta de mim; já sabia até o cenário, o canto do meu quarto, com o grande radiador e o piso de madeira. No mesmo dia e durante os três seguintes percorri à minha maneira, uma trajetória fotográfica que culminou nas fotos abaixo.
O trabalho de Francesca me provocou certa melancolia e no primeiro grupo de fotos busquei registrar este sentimento. Estas fotos também contam com a ausência da face – coberta, escondida -, uma das características marcantes de suas fotos. Tentei me fundir com o ambiente através do movimento, causando o efeito de borrão tanto na face quanto no corpo. Para acentuar o efeito de fusão com o ambiente, regulei a câmera para alta sensibilidade, causando o efeito de granulação da imagem.
Esta série é basicamente branco e preta, como influência muito direta do trabalho de Francesca. Por estar fazendo as fotos durante a noite, usei uma fonte de luz que proporciona um efeito interessante, mas, por outro lado, ressalta os contornos – um erro, comparando com as fotos que me inspiraram, como me ressaltou um amigo; aliás, agradeço ao Emanuele Camisassa pelo convite para ver a exposição, por me ajudar a refletir sobre o trabalho que produzi e também por me motivar a escrever este texto que registra a trajetória das fotos.
Na manhã seguinte produzi uma foto que faz referência direta a uma das fotos da exposição, mas com a minha interpretação na maneira como ela é apresentada – levemente colorida, diferente do preto e branco do original.
A voglia (vontade, em italiano) ainda não tinha sido satisfeita e produzi a série abaixo, já com as primeiras considerações de Emanuele, mas agora com a presença da face e explorando a dupla – tripla, quadrupla – exposição como maneira de fundir-me com o ambiente.
Desde a primeira série decidi usar apenas uma camisa, quando muito – me despindo voluntariamente, me abrindo à experiência sem pudor. Usei ainda aqui uma máscara – como Francesca – criando um personagem sem face, um tanto bizarro. Esta segunda série conta tanto com fotos em preto e branco quanto coloridas, mas estas últimas com uma tonalidade alterada.
Na última série de fotos usei uma lente de 50mm que gosto muito por criar uma luminosidade muito própria. Aqui explorei, além da dupla exposição, as portas de minha casa milanesa como elemento cenográfico. A cadeira, vazia, remete a um espaço não ocupado, mas que não se mostra por inteiro. Predominam aqui as fotos coloridas.
Ao final a voglia estava satisfeita. Minha primeira jornada produtiva de cunho artístico – com um tema completamente de meus trabalhos anteriores – estava concluída. Meu ego de artista também está satisfeito, com o belo e interessante resultado de minha produção. Saio desta experiência ligeiramente alterado e, de certo modo, evoluído.
O slideshow e a galeria com todas as fotos deste ensaio está aqui.
Após visitar a mostra com obras da fotógrafa americana Francesca Woodman (Denver/CO 1958 – Nova York/NY 1981) fui tomado por uma onda de inspiração como nunca mais havia tido e produzi a série fotográfica que ilustra este texto, que é uma tradução livre do folheto da exposição. Minhas impressões e motivações para criar as minhas fotos estão no post a seguir: Inspired.
Francesca começou a fotografar ainda adolescente e percorre uma trajetória intensa, mas curta, que termina com seu suicídio aos 23 anos.
Quase toda a sua produção é baseada no relacionamento entre seu próprio corpo, objeto e sujeito de seus cliques e de seu olhar. De si própria não propõe uma visão idealizada, heróica ou carregada de qualquer significado particular; ao contrário, sua imagem é sempre inserida no cenário como se deste fosse parte. Geralmente seu corpo é coberto pela pintura da parede, joga com a própria sombra, aparece e some através portas e janelas, se esconde atrás dos móveis e objetos; a luz mais a faz perder consistência do quer exalta-la. “Me interessa a maneira como as pessoas se relacionam com o espaço. A melhor maneira de faze-lo é registrar suas interações com as fronteiras destes espaços. Comecei fazendo isso com ‘fotografias fantasmas’, pessoas desaparecendo em uma superfície plana…”.
Um traço recorrente e de grande expressividade é a ausência da face, cortada no enquadramento, escondida por máscaras, pelo próprio cabelo, por uma torção do corpo. “Uso a mim mesma como modelo por uma questão de conveniência. Estou sempre disponível”.
Nascida em 1958, filha de um pintor e de uma ceramista, Francesca se inscreve em 1972 em uma escola particular para garotas, a Abbot Academy, uma das poucas com cursos de arte – nesta época começa a fotografar, usando seu quarto como estúdio e cenário. Sob a influência de uma das professoras, a fotógrafa Wendt Snyder McNeill, cursa a Rhode Island School of Design (RISD, Providence/EUA) a partir de 1976 – ambienta agora suas fotografias no local onde reside, um grande apartamento semi vazio em um antigo prédio industrial.
Entre 1977 e 78 estuda em Roma/Itália na sede européia do RISD com a amiga Sloan Rankin, onde realiza sua primeira exposição individual. No outono de 1978 retorna a Providence, onde conclui os estudos na RISD, obtendo o título de BFA em Fotografia e se transfere para Nova York. Em janeiro de 1981 é publicada a edição impressa de “Some disoriented interior geometries” (Synapse Press, Philadelphia), um dos seis cadernos fotográficos elaborados durante sua permanência em Roma. No dia 19 do mesmo mês abandona voluntariamente a vida.
Francesca Woodman. Milão – Palazzo della Ragione; 16 de julho a 24 de outubro de 2010.
Na comemoração dos 50 anos de fundação do MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova York) foi montada uma mostra intitulada “A Arte dos anos 20” principalmente porque com este tema seria necessário recorrer a todos os departamentos do museu – Cinema, Fotografia, Arquitetura e Design, Estampas e Livros Ilustrados, Pintura e Escultura.
(Abrindo um parêntese é interessante ver como os departamentos do MoMA estão divididos. A Arquitetura junto com Design, Fotografia e Cinema em áreas distintas e nenhuma menção direta à artes Clássicas, como Poesia e Teatro. Fazendo um paralelo com as “7 Belas Artes” – Poesia, Teatro, Música, Escultura, Dança, Pintura e Cinema – como a 7ª arte, aqui a Fotografia nem é mencionada, estando talvez inserida no Cinema)
Esta mostra deixou uma forte impressão de que a atividade estética da década de 1920 estava completamente dispersa pelos diversos meios. Mais que isso, as artes em maior ascenção eram a fotografia e o cinema, os pôsteres de agitação e propaganda e outros objetos com design prático.
A arte neste momento era dominada pelo movimento modernista (ou Modernista, como definido por Greenberg), que pode ser, para uma visão da fotografia e de certa maneira, dividido em três linhas de desenvolvimento: as Vanguardas Históricas, a Agenda Moderna na Fotografia e a Nova Objetividade Alemã.
As Vanguardas Históricas abrangem todos os movimentos “-ismos” desta época, como o abstracionismo, construtivismo, cubismo, dadaísmo, surrealismo e fauvismo, por exemplo. É muito interessante notar que nas colagens dadá (por se considerarem uma oposição aos movimentos formais, o dadá não deveria nem receber a terminação -ismo…), surrealistas e construtivistas a fotografia era usada meramente como matéria, como um material a mais a ser utilizado em suas obras. A fotografia, o papel impresso com uma umagem, era recortada e rasgada e posteriormente colada nas obras, com sua devida inserção conceitual.
Por outro lado, a Nova Objetividade Alemã – desenvolvida principalmente na Alemanha, mas com representantes também na França – a fotografia era usada meramente com a finalidade documental, sem qualquer áurea artística.
Alfred Stieglitz, por sua vez, traçou a Agenda Moderna da Fotografia, conduziu uma campanha para aceitação da fotografia como arte inserida em um clima de modernismo e traduziu a auto-referência modernista da pintura para a auto-consciência da fotografia. Stieglitz era um galerista ameircano que acabou por trazer a Marcel Duchamp, um dos mais fortes representantes do Modernismo, para os Estados Unidos. Ironicamente, a fotografia mais conhecida de Stieglitz representa uma das obras mais marcantes de Duchamp – “A Fonte” (um urinol invertido assinado por um pseudônimo de Duchamp, R. Mutt).
Duchamp merece um comentário à parte, pois soube muito bem circular no meio artístico e teve enorme influência nos artistas posteriores. Dá para dizer que ele soube jogar uma partida de xadrez com maestria, movimentando as peças (suas obras) no tabuleiro (sistema da arte da época).
As novas fotos de hoje em photo.jkscatena.com são de Dublin, cidade onde passei um final de semana há alguns dias atrás.
Vocês já devem ter visto o post descrevendo esta viagem, que está em:
https://jkscatena.com.br/2010/04/07/um-final-de-semana-em-dublin/
De qualquer maneira, tem fotos no site que não estão no post.
Criado em 1º de dezembro de 2009, mas com as primeiras imagens publicadas somente durante o mês de janeiro de 2010, o meu website dedicado à fotografia – ©JKS Photography – acaba de publicar a foto número 100.
A foto abaixo, que batizei de “Frozen Time” foi a centésima imagem a ir ao ar.
Escolhi esta foto por ela ser uma de minhas preferidas já há algum tempo, mas é de uma série que eu pouco visito e que ainda não tinha colocado nada no site – fotos da minha viagem de trem pela Suíça. Esta, especificamente, que cria um belo contraste entre a fonte e a fachada do Museu de Arte de Lucerna, onde uma Roda Gigante é refletida, é uma foto que mostra bem meu estilo de registrar contrastes entre elementos que passariam batidos por outros fotógrafos.
©JKS Photography em números (na madrugada do dia 10/02/2009):
– 95 posts – mais quatro que foram publicados na manhã de 10/fev, mais o 100º.
– 564 visualizações
– Dia mais movimentado: 25/jan/2010, com 153 visitas (quase 1/3 do total)
– Visitas médias diárias: 13 em janeiro e 25 em fevereiro (até agora)
– Foram usadas 66 categorias e 203 tags nos posts
Gostou? Divulge, por favor!
Um grande abraço,
Jaime K. Scatena
Já tem foto nova no fotojks.wordpress.com, saídas do forno!
Na verdade são fotos da viagem de 2009 para a Áustria, mas ainda não publicadas. E, por hoje, apenas um pedaço da série de Salzburg tá ido ao ar. Amanhã tem mais.
As 8 fotos colocadas hoje já estão lá no fotojks.wordpress.com
Nesta seleção eu termino com as imagens que usei nos meus Posteres e Postais de 2009. Aliás, acabei de lembrar, que preciso divulgar que estas, especificamente, já estão à venda (e algumas até vendidas).
Vou preparar uma página explicando tudo isso.
A recém inventada fotografia – através do “cruzamento” das descobertas de Daguerre e Talbot (veja em Historia-da-fotografia-1839) – veio bem ao encontro da procura crescente por parte da classe média de imagens de todos os tipos.
Em 1854 (apenas quinze anos após aos anúncios de 1839) os cartões de visita com imagens já eram muito populares e qualquer pessoa podia tirar seu retrato de forma simples nos inúmeros estúdios fotográficos que proliferavam nas grandes cidades.
Pode-se dizer que a disseminação da técnica fotográfica foi o equivalente, para a imagem, ao papel que a imprensa teve na escrita, promovendo a transição para a cultura atual, a cultura da Onipresença da Imagem.
Em 1888 George Eastman aparfeiçoou a primeira máquina Kodak, desenhada para uso do seu recentemente patenteado filme de rolo, dando início a fase de industrialização do processo fotográfico.
Entretando, neste momento, há a dificuldade de estabelecer a fotografia como arte. A foto é nada mais que um processo mecânico – máquina fotográfica – que aciona um processo químico no filme, sem a verdadeira “Mão do Artista”, pelo menos como este era concebido até então. Como comparar um “clique” que gera uma imagem com um pintor ou escultor? Baudelaire foi um dos primeiros críticos à “Arte Fotográfica”, chegando a afirmar que a foto acabaria com a pintura, quando o que se viu foi exatamente o oposto: livre da função de retratista, a pintura foi liberada para a exploração artística.
Inseridos no movimento Pictorialista desta época, alguns fotógrafos bem que tentaram estabelecer-se como artistas. Entretanto, a maioria de suas obras retomavam temas artisticamente e esteticamente antigos, ultrapassados, praticamente “descolados” dos movimentos artísticos vigentes até então, o que dava mais peso aos críticos que argumentavam contra a fotografia artística. William Lake Price é um exemplo de artista pictorialista que preparava cenários e realizava montagens fotográficas retratando eventos históricos. O público até que gostava de suas fotografias, mas críticos diziam que, no máximo, davam a impressão que a cena fotografada poderia estar em qualquer palco. Diferente da pintura, que recebeu louros por retratar momentos históricos, a fotografia, ao fazer o mesmo, só exaltava a falsidade por trás desta intenção.
Segundo Argan, só seria possível surgir uma Fotografia (artística) de alto nível estético quando os fotógrafos deixassem de se envergonhar por serem fotógrafos e não pintores e buscassem o valor estético na estrutura intrínseca da própria prática fotográfica.
Um paradigma interessante pode ter sido traçado exatamente nas experiências e práticas fotográficas sem verdadeiro intento artístico, já que os registros desta época – um tempo agitado pela Revolução Industrial e a intensa criação das mais diferentes máquinas – tem hoje um grande valor artístico.
Diferente de muitos outros, E. Muybridge e E.J. Marey propuseram uma ruptura conceitual ao tentar fotografar o movimento com suas fotografias com múltiplas câmeras, as de alta velocidade (um triunfo da engenharia, nos obturadores, e da química, nos filmes rápidos) e o uso da luz estroboscópica.
Segundo Janson, em “História Geral da Arte“, as fotografias de Muybridge e Marey refletem o novo ritmo de vida da idade da máquina, transmitindo o sentimento tipicamente moderno de dinâmica. Rebecca Solnit diz que Muybridge, ao dividir o segundo “fotograficamente”, praticou uma ação tão dramática como a divisão do átomo.
Estavam abertos os caminhos para a revolução artística da fotografia, principalmente pelas vanguardas modernistas, nos agitados anos 1920 (The Roaring Twenties).
Texto criado a partir de anotações da primeira aula e bibliografia sugerida do curso “Arte Como Fotografia”, ministrado por Denise Gadelha, em 19/01/2010.
Imagens provenientes da Wikipedia e Internet.
A data oficial da invenção da fotografia é considerada 1839, ainda que, tecnicamente ela já existisse há algum tempo. Só que neste ano considera-se que ela tenha, realmente, alterado a experiência humana.
Em 1839, na França, Louis-Jacques-Mandé Daguerre apresentou o protótipo do que seria a primeira máquina fotográfica que, em questão de meses, já tinha se espalhado pelo mundo, democratizando o ato de se retratar.
Antes era necessário comissionar uma pintura, uma obra de arte, algo que estava ao alcance de poucos, devido a seu alto custo. É só lembrar que que durante a Idade Média apenas a rica Igreja possuía bens suficientes para produzir suas obras de finalidades catecistas – a religião era o único motivo artístico existente e isso durou séculos.
Muito antes, no Renascimento, iniciou-se a retomada da figura humana como motivo artístico, o Humanismo colocando o homem no centro das atenções. Pode-se também dizer que o surgimento da ciência e seus cientistas (e alquimistas) também começa a pavimentar a estrada que possibilitou a invenção da fotografia alguns séculos mais tarde. Ainda assim, numa Itália dominada pela forte mão da Igreja Católica, o tema central continuou sendo religioso por muito tempo, ainda que a representação do Homem tenha se tornado muito mais fiel e real, além dos primórdios do uso da Câmera Escura para o retrato fiel de paisagens.
Já no Renascimento Setentrional – países baixos – o protestantismo e a existência de ricos mercantilistas viabiliza o comissionamento de retratos pessoais destes poderosos homens e suas famílias.
Grandes representantes deste movimento são Rembrandt e Van Eyck, o segundo extrapolando qualquer barreira ao pintar o quadro “O Casal Arnolfini“, de 1434, no qual insere, ao fundo da sala, um espelho que reflete toda a cena por trás, incluindo o próprio artista na obra, lembrando ao observador que tudo aquilo que está representado não passa de um simulacro da realidade.
Com conceitos semelhantes, a pintura espanhola da mesma época também é marcada por grande naturalismo, naturezas mortas e paisagens. Velazquez pode ser considerado um dos maiores representantes do Renascimento Setentrional na Espanha e seu quadro “As Meninas“, de 1656 novamente insere o artista na obra – neste ele se pinta no momento em que está realizando o retrato dos reis, estes colocados no lugar do observador.
No século XIX surge também o conceito de História, esta com H maiúsculo e os artistas da época passam a afirmar que “o presente é História”. Com isso aparece a necessidade de registro histórico, juntamente com a noção de Heroísmo, que veio do movimento artístico vigente, o Romantismo.
Voltando a 1839, os retratos das primeiras “máquinas fotográficas” dependiam de longa exposição – chegando a 12 minutos! – mas a evolução a partir daí foi muito rápida. No mesmo ano William H. F. Talbot anuncia seus experimentos do novo processo fotográfico positivo-negativo, com impressão em papel, constituindo, junto com a metodologia de Daguerre os princípios básicos da fotografia que ainda usamos hoje.
Texto criado a partir de anotações da primeira aula e bibliografia sugerida do curso “Arte Como Fotografia”, ministrado por Denise Gadelha, em 19/01/2010.
Imagens provenientes da Wikipedia.
Abriu ontem (18/jan/2010), no MuBE – Museu Brasileiro de Escultura (www.mube.art.br) a exposição “Olhar Ubano”, com fotografias de edifícios residenciais e comerciais de diversas cidades do país.
A exposição conta com fotos dos profissionais Bob Wolfenson, Cássio Vasconcellos, Fabio Correa, Marcos Prado, Renata Castello Branco e Ucha Aratangy, que apresentam imagens de empreendimentos imobiliários da cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Goiania.
O texto de abertura da exposição afirma que “em meio à pulsão das cidades os fotogáfos buscam a beleza e o diferencial no espaço e no tempo, seja a partir de um ângulo ou de um momento ideal. É uma incessante busca por uma visão que vai além dela mesma e da própria realidade. A fotografia não é assim um mero registro documental, que rouba um pedaço e atesta um acontecimento, mas uma imagem reveladora de sentidos e relações”.
Aqui tem mais sobre os fotógrafos e também algumas fotos da exposição:
http://brookfieldincorporacoes.blogspot.com/2010/01/os-fotografos-do-olhar-urbano.html